O tamanho do pepino!
Eu nem ia publicar mais matérias sobre economia, mas volto a esta página para tecer os meus comentários sobre os últimos pronunciamentos dos presidenciáveis. Está havendo um equívoco e um otimismo exagerado quanto às propostas apresentados pelos candidatos da oposição.
Vamos deixar claro que desde 15 de fevereiro de 2012, escrevi 1.200 matérias tecendo críticas à política econômica (sic) da Dilma e a forma de administração do País. Difícil pontuar ou pinçar algumas matérias de relevância dentre estas, mas a minha crítica sobre a política econômica da atual administração é bastante clara.
O que me espanta é que os atuais postulantes ao cargo de presidência da República, não apresentam a diretriz da política econômica para os próximos 4 anos. Apresentam metas, mas não apresentam instrumentos para realizá-la.
As falas dos candidatos da oposição, normalmente, são diagnóstico da situação econômica do País. Isto, nós já estamos careca de saber. Crescimento do PIB pífio, inflação alta, déficit da balança de conta corrente, política fiscal frouxa. Isto tudo, resultado da política econômica equivocada da Dilma. Isto tudo está nos jornais. Não precisa os candidatos à presidência apontar o quadro do "pessimismo econômico".
Um fato está claro, de que apesar do diagnóstico negativo, a Dilma defende a condução da atual política econômica, criticando os opositores e a própria imprensa de "pessimismo econômico". Está claro que com a Dilma, a política econômica (sic) atual vai continuar. Nunca foi dito pela Dilma sobre a correção do rumo que quer tomar para sair do quadro do "pessimismo econômico".
Os candidatos da oposição, não apontam onde está o erro da política econômica que terminou em clima de "pessimismo econômico". Acusam aleatoriamente que após eleições virão os "tarifaços", como energia elétrica e combustíveis, caso a Dilma vença a eleição presidencial. Se candidato da oposição vencer, terá que colocar os "tarifaços" no decorrer do ano de 2015.
Prontificam genericamente, os candidatos da oposição, o equilíbrio fiscal, meta de inflação mais rígida, balança de conta corrente equilibrada, crescimento do PIB ao entorno de 5% ao ano e incremento no investimento industrial. Tudo maravilha, só não falam como fazê-los. Só não falam onde buscar o dinheiro para promover as mudanças requeridas. Falar é fácil, difícil é fazer.
Venho apontando como o equívoco principal da política econômica, o câmbio controlado. O dólar está defasado. O governo Dilma, explicitamente, desvaloriza o dólar, com medidas do Banco Central como emissão de títulos de dívida do BC, denominado de "swap cambial tradicional". O que os candidatos à presidência falam sobre o tema? Nada falam. Não falam porque a correção do câmbio é uma medida dura, porque acaba com a "sensação do poder de compra" do real.
Outra medida importante que não está na pauta dos candidatos é sobre as tarifas administradas. Querendo ou não, sendo Dilma ou não o próximo presidente, terá que promover o "tarifaço" nas contas de energia elétrica e nos preços de combustíveis. Isto também são medidas que acabam com a "sensação de bem estar" da população. Sobre estas medidas, nada falam os candidatos da oposição.
Outra questão importante na pauta do futuro presidente é sobre a infra-estrutura do País. O Brasil está carente de infra-estrutura, sobretudo, nos modais de transportes. A forma como vai financiar a infra-estrutura não estão sendo apontada pela Dilma e nem pelos candidatos da oposição. A infra-estrutura é um dos principais componentes do custo Brasil, que inviabiliza as exportações.
Resumindo. Os candidatos prometem, tanto faz Dilma como os candidatos da oposição, "mundos" e "fundos", sem mostrar à população quais são custos para sair do "pessimismo econômico". Explica-se, anunciar remédios amargos, para consertar o equívoco da política econômica (sic) da Dilma e fazer o País crescer 5% com inflação baixa e com equilíbrio fiscal, certamente, não trará votos para os candidatos.
Quem vai apresentar propostas melhores?
Por enquanto, todos candidatos estão me devendo as medidas que irão tomar para promover a "mudança do País" que tanto o povo pede.
Ossami Sakamori
3 comentários:
Parabéns mais uma vez. São por essas e várias outras razões que tenho dúvidas sobre qual o melhor candidato para solucionar o problema da nossa economia. Como você bem destacou, não é uma tarefa fácil. Certamente aquele que for eleito terá que tomar algumas medidas duras para ajustar as contas e colocar o país no trilho do crescimento econômico com inflação baixa.
Concordo totalmente consigo, e ainda mais quando diz que candidatos da oposição, não apontam onde está o erro da política econômica! Não apontem por que não querem! Se apontarem, terão que resolver se eleitos, como não serão eleitos por causa da maravilhosa e fraudolenta urna eletrônica que por aqui fez carreira, será mais fácil cricarem a vaca bulgara!
E o tamanho do pepino, olha aí, por que ela não se assume como è: sapatão que è!
"Brasil tem 1º déficit primário de junho e coloca meta do ano mais distante
BRASÍLIA (Reuters) - O setor público brasileiro registrou déficit primário de 2,1 bilhões de reais em junho, o primeiro resultado negativo para esses meses, empurrando para ainda mais longe o cumprimento da meta fiscal para o ano.
(...)
Só em maio e junho passados, o setor público registrou déficit primário de 13,146 bilhões de reais, o que "torna o atingimento da meta (do ano) mais distante e difícil e exigirá maior esforço do governo em obtê-la", acrescentou Maciel. "Não significa que não seja possível atingi-la. O Tesouro trabalha para isso"."
http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKBN0G01Y220140731
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