Há uma discussão no meio das redes sociais de que estes instrumentos de comunicações não chegam às classes sociais de baixa renda. Pode ser. Não sou sociólogo, nem cientista político, mas provável que a teoria esteja correta. No entanto, as eleições não ocorrem como matemática e nem como ciência. Minha vivência de 50 anos me mostra isto. Eleições não se ganha na véspera!
Movimento de massa é uma coisa imprevisível. A própria eleição do Lula em 2002 foi uma surpresa. Um operário ser presidente da República foi apenas "mote" da campanha. Naquela ocasião, o povo estava a exigir um "salvador da pátria". Exigir mudança de rumo com relação ao FHC em 2002. A conjuntura econômica estava com tendência de inflação voltar. O povo estava assustado com privatizações da era FHC. O povo estava assustado com possibilidade de desemprego.
Hoje, a conjuntura econômica se parece muito com o último ano do governo FHC. A economia está completamente desorganizada. Houve equívoco na formulação da política econômica (sic). O povo está sentindo na pele. O país está parando. O crescimento do PIB está pífio. O nível de contratação de trabalhadores está cada mês menor. A inflação do bolso está presente nos supermercados.
Sim. O alcance das opiniões postadas aqui ou nas redes sociais não tem dimensão que se deseja. O que decide eleições é o desgaste do modelo de administração petista. Os 12 anos da administração petista, promoveram ascensão da classe D e E para o mercado de consumo. Mas isto, já ficou como uma espécie de "direito adquirido". Sabe o povo que, qualquer um dos candidatos que se eleger não vai tirar o "direito adquirido", o bolsa miséria. Não adianta Dilma pregar o terrorismo!
O povo quer a mudança do rumo do País. Basicamente, o que o povo quer, não é o tão combatido por mim, o fim das roubalheiras e assalto aos cofres públicos. Isto o povo menos esclarecido, nem liga. O povo das classes de menor renda e de escolaridade menor, nunca foram prioridades dos serviços públicos essenciais. Isto eles sabem. Sabem também, que nenhum deles, vai mudar o "status quo". Sabem eles que os donos do dinheiro vão continuar mandando no País, seja quem for o eleito.
O que decide nas eleições de outubro é o desejo da mudança. O desejo da mudança em ver crescimento do País, o desejo de ter melhores rendas, o desejo de ter inflação controlada. O povo sabe que votar no PT é continuidade. O povo sabe que votar na Dilma é continuidade do baixo crescimento e de criação de menos empregos. Isto é o diagnóstico da situação político social do País no momento.
A rede social está cumprindo o seu papel. No entanto, assim como os candidatos aos cargos públicos, nós das redes social devemos descer do palanque e ir à luta. À esta altura, pouco vale a semântica. O que vale é ensinar o povo a votar. Ensinar o povo a digitar o número dos candidatos da oposição. Só isto! Não adianta em nada colocar os petistas ou petralhas nos #cercadinhos.
Digite 20 e vote no Pastor Everaldo!
Digite 40 e vote no Eduardo Campos!
Digite 45 e vote no Aécio Neves!
Para senadores, vote em número da preferência ou vote nulo ou branco!
Para deputados federais, vote em número da preferência ou vote em branco!
Para governador, vote em candidato da preferência!
Para deputado estadual, vote em candidato da preferência ou vote em branco!
Não adianta em nada criticar os candidatos da oposição. Se querem mudança no País, critiquem a Dilma e sua turma. Vejam bem quem faz parte da turma da Dilma. Orientem o povo a não votar neles!
Eleições é como vento da primavera. Isto tudo, vai soprar, no momento certo para o lado das oposições. Perde tempo quem aposta na continuidade. Perde tempo quem se dedica ao fogo amigo. As oposições unidas terão que chegar no segundo turno! Não se iludam, achando que um dos candidatos nominados acima, vai ganhar no primeiro turno da eleição presidencial.
A luta continua!
Ossami Sakamori
Um comentário:
Olá, Sakamori.
Seu artigo é interessante, mas, na minha opinião, comete um erro ao enfatizar a necessidade de votar em "alguém que não seja do PT" para presidente, votar em alguém "de sua preferência" para governador... e, ao mesmo tempo, considerar "recomendável" o VOTO NULO/BRANCO para os cargos legislativos (senador, deputado federal e estadual).
Não me parece democraticamente muito saudável subestimar a importância do Legislativo, que, inclusive, serve ou pode servir para contrabalançar os desmandos do Executivo (seja sob petistas, tucanos, ou o que for).
Além disso, para os cargos do Legislativo temos, realmente, MUITO MAIS OPÇÕES do que na eleição para os cargos do Executivo (onde quase que só temos uma ridícula "disputa" entre "o esquerdista 1 versus o esquerdista 2 versus o esquerdista 3 versus..." - e onde o voto nulo até faria mais sentido). E me parece grande bobagem desperdiçar o voto que pode eleger alguns parlamentares que prestem, que podem fazer a diferença nesse quadro calamitoso da política naiconal.
No Brasil, infelizmente há esse foco excessivo, quase exclusivo, na disputa presidencial (em que a galera vibra e briga mais apaixonada do que torcedor de futebol, acreditando que seu candidato querido é "tudo de bom", contra o "tudo de ruim" adversário..), e essa tendência, nociva, a achar que o "resto" (eleição para o Parlamento) não importa, que tanto faz...
Depois de bastante descaso e desatenção na hora do voto, vem a bomba costumeira: um bando de parlamentares ridículos aprovando tudo quanto é barbaridade, e as lamúrias do "eleitor inocente", que chora "esse Congresso é uma vergonha!"
Abs.
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