sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Marina Silva é mais um fake?

Notícias dos jornais de ontem deram destaque sobre a suspeita de fraudes na coletas de assinaturas para a fundação do partido Rede Sustentabilidade da Marina Silva.  Para quem não se lembra, Marina Silva foi integrante do PT e foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula.  

Marina Silva, deixou o PT e ingressou no PV e lançou-se candidata à presidência da República contra Dilma Rousseff, PT, porém, apoiou-a no segundo turno das eleições de 2010.  Obteve expressiva votação no primeiro turno e deu apoio decisivo à Dilma para se eleger presidente da República.  Ela se revelou pró Lula.

Não tendo espaço no PT para candidatura à presidência da República em 2014 pelo PV, Marina Silva, tenta registrar um novo partido denominado de Rede Sustentabilidade.  O novo partido, segundo sua própria afirmativa, não teria apoio de grandes corporações e nem teria comprometimento com grupos econômicos.

Ainda, segundo notícias na imprensa, os apoiadores da Rede Sustentabilidade já teriam desembolsado quase R$ 1 milhão, para coleta de assinaturas para fundação do novo partido.  Para formação de novo partido, segundo TSE, seria necessário de no mínimo de 450 mil assinaturas.  Até a última notícia, TSE teria validado cerca de 250 mil assinaturas.  

Contrariando a filosofia do novo partido de não representar grupos econômicos, dão conta de que a fundação do partido está sendo financiado pelos empresários ligados ao grupo econômico Natura e Itaú.  É mais ou menos como Greenpeace que é financiado pelas grandes corporações transnacionais.  O discurso é um, mas a prática é outra.  

Contrariando também, a filosofia do partido Rede Sustentabilidade de não ter máculas como os partidos que antes participou, o PT e PV, segundo Marina Silva de probidade administrativa, a imprensa divulga série de supostos fraudes nas coletas de assinaturas para criação do seu novo partido.  Dizem que é obra do PT para impedir a criação do novo partido.  O discurso passa, mas duvido que os TREs estejam trabalhando para o PT.  

A virtual candidata à presidência da República do virtual partido Rede Sustentabilidade, não goza de saúde perfeita.  Isto é de conhecimento público, doença proveniente de ingestão de metais pesados.  Mesmo na campanha de 2010, Marina Silva, não conseguia sequer ficar de pé por período prolongado, por conta da saúde frágil.  Questão de saúde não é defeito, mas é importante que presidente da República tenha saúde mais que perfeito, porque exigirá uma agenda muito pesada no exercício da presidência da República.    

A Marina Silva, defende o crescimento sustentável do País, mas nunca vi ela defendendo programa de despoluição do Rio Tietê ou despoluição da Baia de Guanabara.  Tão pouco ouvi ela defendendo a ampliação da rede de esgoto sanitário, sobretudo em grandes centros urbanos.  Nunca vi, ela questionando sobre construção de favelas nas encostas nas regiões serranas. Parece me que ela entende da Floresta Amazônica e preservação da natureza, mas nunca ouvi proposição dela no tocante aos efluentes químicos de indústrias poluidoras do País.  

Tudo leva a crer que Marina Silva seria mais uma figura que vai fazer muita espuma no lugar de tratar dos temas mais cruciais para o País como os problemas explicitadas acima. Problemas de desmatamentos da Amazônia, se resolve com policiamento ostensivo e efetivo da Polícia Federal e Florestal, em cumprimento do Novo Código Florestal.  

É provável como temas importantes das áreas importantes para a vida econômica e cotidiana do Pais, não conste do programa do novo partido, porque estes temas não poucos votos para muita luta.  Pouco vai se fazer em dar solução para as grandes indústrias poluidoras, porque estes são alguns financiadores da sua campanha presidencial.

As últimas notícias dão conta de que a Marina Silva, prepara um plano B.  Plano B seria encontrar um partido de aluguel para lançar a sua candidatura à presidência da República.  Neste ponto, Marina Silva é obstinada, ela é uma pessoa soberba, se acha a salvadora da pátria.  Aliás, os marqueteiros dela apostam nisto: Marina Silva, a única salvadora da pátria.  Atitude semelhantes às velhas figuras da política brasileira: Janio Quadros e Fernando Collor.  

Engraçado.  A semelhança dela Marina Silva com a presidente Dilma.  Ambas gostam de espuma, ambas são soberbas, ambas se acham salvadora da pátria, uma rotula como ecologista e outra como gerentona.  Marina Silva é de auditório, Dilma também.  Marina gosta de holofotes, Dilma também.  Dilma não gosta de cheiro do povo, a Marina também.  Nunca vi Marina no meio do espreme, espreme, na rua, a mesma situação nunca vi a da Dilma.  

Ambas, Marina e Dilma acreditam na força de imagem criada pelos marqueteiros.  Ambas vendem a figura do "fake" das redes sociais, isto é, a figura que parece mas não é. O  Brasil já está com saco cheio desse tipo de gente, vamos botar gente competente para governar o País, só isso!  Chega de politicagem e de politiqueiros!

Marina Silva é mais um fake?

Ossami Sakamori 

6 comentários:

Fernando disse...

Querido Saka,

Sempre que posto aqui é para elogiar seu excelente trabalho nesse blog.

Mas permita-me discordar veementemente de sua posição quanto à Marina Silva.

Você provavelmente nunca prestou atenção aos discursos de Marina Silva pois todos os assuntos que você nunca viu ou ouviu ela falar ela já falou.

Leia o programa de governo proposto por ela na campanha de 2010. Ela foi a única a propor quadros técnicos para todos os ministérios, e nisso destoou demais dos partidos convencionais que loteiam ministérios entre os apoiadores.

Quanto ao apoio à Dilma no segundo turno de 2010, é uma mentira que você comprou não sei de quem. No segundo turno Marina foi bem clara que defendia uma agenda sustentável e se comprometeu a colocá-la na mesa de discussão entre Dilma e Serra, não apoiando nenhum dos dois.

Estive como observador no grupo de estudos Movimento nova política, e lhe informo que a Marina foi a pessoa que menos queria a criação de um novo partido político. O foco do grupo foi procurar alternativas ao falido sistema político brasileiro, e por fim, após muitos congressos debatendo o tema, a conclusão foi de que a criação de um partido político era a única maneira de interferir efetivamente no quadro atual. Marina participou do PT desde sua criação, e alertava sobre sua preocupação quanto a recaírem nos mesmos erros de rumo que o PT teve.

Na minha valiação pessoal, Marina, assim como Heloísa Helena, Cristóvam Buarque e muitos outros, tentaram o quanto puderam levar adiante as velhas bandeiras do partido. Quando você cria algo e vive aquilo durante anos, acaba sendo relutante a entender que a realidade mudou, e que o grupo de Dirceu e Lula aboliu a democracia interna, as prévias, e transformou tudo na quadrilha que você tanto denuncia. Como ministra, ao ter sua voz contra o desmatamento tolida por interesses excusos, parou de compactuar com aquilo e tomou outros rumos. O mesmo que o seu colega de partido Cristóvam Buarque com a educação.

Nesse processo que resultou na Rede Sustentabilidade, Marina inclusive rejeitou várias vezes todos os rótulos de salvadora da pátria, citando firmemente que não queria uma "aglutinação de Marina", fazendo referências à aglutinação de Sócrates, afirmando categoricamente que os ideais da causa eram importantes, não as pessoas. Ela humildemente se dispôs a ficar à frente do movimento por aclamação dos companheiros(fãs?), deixando claro que apoiaria qualquer um que fosse escolhido para a tarefa. Esse posicionamento é totalmente destoante dos egocêntricos políticos que temos por aí.

Ninguém é perfeito. Mas se tem alguém com um discurso inovador é a Marina. Eu daria a ela uma chance sim.

E te desafio a provar os pontos em que te desmenti.

Com respeito e admiração,
Fernando.

sakamori10@gmail.com disse...

Prezado Fernando,

Quem sou eu para aceitar o desafio sobre sua opinião contrária à minha. Eu não participo politicamente em nenhum partido nos últimos 15 anos. Eu apenas construo minha opinião, através de que são informados pela grande imprensa. Se a grande imprensa é cooptada ou não, não tenho capacidade de distinguir.

A democracia é feito de opiniões diferentes. Respeito muito a quem apresenta argumentos e teses contrárias, como você o faz aqui, com muitos dados e fatos.

Com respeito e admiração!

Sakamori

Anônimo disse...

Parabéns, Saka. Suas opiniões coincidem as minhas. Eu também acho que, na política brasileira, todos são fakes. Fingem trabalhar em prol da população, mas só querem saber de enriquecer e desfrutar das mordomias do poder. O povo que se dane. São todos "farinha do mesmo saco". Enquanto formos comandados por estes 3 poderes corruptos, estamos perdidos e sem futuro... Ass.: Old_Monster.

Anônimo disse...

Com certeza você não conhece a Marina. Sou do Acre e garanto a você que alguém que andou por todos os locais mais pobres, fez partes das associações de base e ao contrário de você, conhece a situação de pessoas humildes no mundo real (não em um blog na internet) e colocou a própria vida em risco nos EMPATES (pesquise sobre isso e aprenda sobre os absurdos que acontece nesses "Brasis" afora) merece pelo menos um respeito e não uma simples nota mal intencionada. É triste ver tanto preconceito enraizado.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Marina Silva é tão fake quanto o também presidenciável Eduardo Campos. A diferença é que Marina tem mais conteúdo do que Aécio e o já citado governador de Pernambuco. O grande problema de Marina é a sua posição política, é conservadora, mas defende pautas progressistas; vem de uma origem popular, mas tem um discurso elitista; é evangélica, mas conta com o apoio da elite intelectual - cineastas, artistas da MPB e etc - e financeira - economistas e banqueiros; é articulada, mas isso não agrada aos seus eleitores evangélicos, que preferem um discurso mais fácil.
Fake mesmo, na verdade, é o seu partido, A Rede. Entretanto, acho nojenta a articulação do PT - e seus aliados - que quer acabar com o partido de Marina antes mesmo dele nascer. Por outro lado, não é muito interessante uma figura como Marina, tão querida pela nossa "Intelligentsia", querer criar um partido num momento em que a sociedade repudia todos os partidos, com toda a razão.
Marina é vítima dela mesma. Marina não tem partido e muito menos um discurso definido. Se Marina optar pelo voto evangélico, perde voto da elite; se ela escolher a elite, perde voto da população neopentecostal, que ainda vota no PT. Marina criou um beco sem saída para ela mesma.