No último dia 3, o jornal Folha, já tinha anunciado a decisão do presidente Lula de lançar a candidatura do ministro Alexandre Padilha ao governo de São Paulo pelo PT. Este blog fez a matéria específica sobre o tema no mesmo dia. Volto ao assunto, porque o fato é relevante para o xadrez político não só no estado de São Paulo, mas também na vida nacional.
O PT fará hoje o lançamento informal da pré-candidatura do ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo em 2014. O palco será
um encontro estadual do partido em Bauru (330 km da capital), com a
presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fonte: Folha.
Comentário.
O atual governador Geraldo Alckmin, até o escândalo do suposto envolvimento do seu nome e de seus antecessores no caso METRO de São Paulo, era nome imbatível para a sua reeleição. O PT vazou informações sobre documentos que Siemens teria assinado no CADE denunciando a existência de propinoduto naquele órgão, para colocar em dúvida o seu favoritismo.
Apesar de, ainda o assunto estar no terreno de investigações, pela Polícia Federal, MPF e MP Estadual, a imprensa de modo geral faz o jogo político do PT, dando como praticamente único assunto em evidência no momento. Isto parece que tem 2 objetivos, que cito na sequência.
Na próxima semana, dia 14, inicia o julgamento dos recursos sobre a decisão de condenação dos envolvidos no processo de número 470, denominado de "mensalão". Os principais réus são os membros do PT, ao começar pelo ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu. O Banco Rural envolvido na operação de lavagem de dinheiro sofreu liquidação extra-judicial já há alguns dias. Dá a nítida impressão de querer tirar o foco das notícias sobre o julgamento do mensalão.
O lançamento da candidatura do Alexandre Padilha ao governo de São Paulo com apoio explícito do presidente Lula, me parece com propósito de ocupar o espaço vazio deixado pelo atual governador Geraldo Alckmin, mais preocupado em dar explicações sobre o caso METROduto. Isto para quem tem muitos anos de janela para a vida política, parece um jogo montado. O presidente Lula é capaz disto.
Isto tudo me parece, também, que faz parte do jogo político maior, onde o próprio presidente Lula é protagonista. Com candidatura fortalecida do Lindberg Faria, PT, contra o candidato apoiado pelo Sergio Cabral e agora Alexandre Padilha, PT, no maior colégio eleitoral do estado de São Paulo, pode carrear votos importantes para o seu projeto político de retornar ao Palácio do Planalto.
Dentro do jogo político do Lula, Alexandre Padilha não precisa necessariamente ganhar o governo de São Paulo, ele quer mesmo é ampliar o espaço perdido pelo PT no estado de São Paulo. Os votos no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral, é importante para o seu projeto político.
Deverão, nos próximos meses, virem acontecer costuras de apoio à sua candidatura, nos demais unidades da federação. Essa altura do momento político, o presidente Lula não vai subir no mesmo palanque da presidente Dilma. Pelo contrário, passará ao largo. No fundo, no fundo, a incapacidade da presidente Dilma de resolver questões políticas e econômicas interessa demais ao Lula. Assim ele sairá como como única alternativa do PT em permanecer no poder.
Tem gente que não acredita no retorno do Lula. Tem gente que aposta no desgaste do Lula com o episódio da Rosemary. Tem gente que o loby que ele faz para empreiteiras desgastam a imagem do Lula. Tem gente que acha que mensalão vai influir na popularidade do Lula. Isto tudo, é crença da classe pensante do País, como que faço parte. Mas o povão, nem está aí. O povão pode não gostar da Dilma, mas gosta do Lula. Fazer o que?
Por outro lado, os partidos da oposição são muito fracos. A oposição quer posar de donos da moralidade pública, onde está o erro e está pagando alto preço por isso. A moralidade é comportamento pessoal e individual, não é comportamento coletivo. O PSDB joga pedras com telhado de vidro. O PT faz o mesmo jogo, jogando pedras com telhado de vidro. Enquanto isto, o Lula, faz o seu jogo pessoal e individual. Por enquanto, legalmente, ele tem ficha limpa. Não estou a discutir a legitimidade da sua candidatura.
Se bobear, Alexandre Padilha será governador de São Paulo e Luís Inácio Lula da Silva será presidente do Brasil. Acordemo-nos à tempo! Não quero em outubro de 2014, acordar-me no Burindi, África.
Ossami Sakamori
Comentário.
O atual governador Geraldo Alckmin, até o escândalo do suposto envolvimento do seu nome e de seus antecessores no caso METRO de São Paulo, era nome imbatível para a sua reeleição. O PT vazou informações sobre documentos que Siemens teria assinado no CADE denunciando a existência de propinoduto naquele órgão, para colocar em dúvida o seu favoritismo.
Apesar de, ainda o assunto estar no terreno de investigações, pela Polícia Federal, MPF e MP Estadual, a imprensa de modo geral faz o jogo político do PT, dando como praticamente único assunto em evidência no momento. Isto parece que tem 2 objetivos, que cito na sequência.
Na próxima semana, dia 14, inicia o julgamento dos recursos sobre a decisão de condenação dos envolvidos no processo de número 470, denominado de "mensalão". Os principais réus são os membros do PT, ao começar pelo ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu. O Banco Rural envolvido na operação de lavagem de dinheiro sofreu liquidação extra-judicial já há alguns dias. Dá a nítida impressão de querer tirar o foco das notícias sobre o julgamento do mensalão.
O lançamento da candidatura do Alexandre Padilha ao governo de São Paulo com apoio explícito do presidente Lula, me parece com propósito de ocupar o espaço vazio deixado pelo atual governador Geraldo Alckmin, mais preocupado em dar explicações sobre o caso METROduto. Isto para quem tem muitos anos de janela para a vida política, parece um jogo montado. O presidente Lula é capaz disto.
Isto tudo me parece, também, que faz parte do jogo político maior, onde o próprio presidente Lula é protagonista. Com candidatura fortalecida do Lindberg Faria, PT, contra o candidato apoiado pelo Sergio Cabral e agora Alexandre Padilha, PT, no maior colégio eleitoral do estado de São Paulo, pode carrear votos importantes para o seu projeto político de retornar ao Palácio do Planalto.
Dentro do jogo político do Lula, Alexandre Padilha não precisa necessariamente ganhar o governo de São Paulo, ele quer mesmo é ampliar o espaço perdido pelo PT no estado de São Paulo. Os votos no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral, é importante para o seu projeto político.
Deverão, nos próximos meses, virem acontecer costuras de apoio à sua candidatura, nos demais unidades da federação. Essa altura do momento político, o presidente Lula não vai subir no mesmo palanque da presidente Dilma. Pelo contrário, passará ao largo. No fundo, no fundo, a incapacidade da presidente Dilma de resolver questões políticas e econômicas interessa demais ao Lula. Assim ele sairá como como única alternativa do PT em permanecer no poder.
Tem gente que não acredita no retorno do Lula. Tem gente que aposta no desgaste do Lula com o episódio da Rosemary. Tem gente que o loby que ele faz para empreiteiras desgastam a imagem do Lula. Tem gente que acha que mensalão vai influir na popularidade do Lula. Isto tudo, é crença da classe pensante do País, como que faço parte. Mas o povão, nem está aí. O povão pode não gostar da Dilma, mas gosta do Lula. Fazer o que?
Por outro lado, os partidos da oposição são muito fracos. A oposição quer posar de donos da moralidade pública, onde está o erro e está pagando alto preço por isso. A moralidade é comportamento pessoal e individual, não é comportamento coletivo. O PSDB joga pedras com telhado de vidro. O PT faz o mesmo jogo, jogando pedras com telhado de vidro. Enquanto isto, o Lula, faz o seu jogo pessoal e individual. Por enquanto, legalmente, ele tem ficha limpa. Não estou a discutir a legitimidade da sua candidatura.
Se bobear, Alexandre Padilha será governador de São Paulo e Luís Inácio Lula da Silva será presidente do Brasil. Acordemo-nos à tempo! Não quero em outubro de 2014, acordar-me no Burindi, África.
Ossami Sakamori
7 comentários:
Infelizmente seria muito sombrio esse futuro que vc nos mostra.... Como poderíamos mudar isso?
Prezado,
Mandando investigar o DNITduto de R$ 1,4 bilhão que elegeu Dilma. Quem deu ordem foi Lula e quem executou foi a Dilma. Um processo para fazer os dois menos reluzentes!
Concordo contigo. Lula é candidato, mas só aparece depois de outubro por causa da lei eleitoral (Dilma não poderá + sair do PT e candidatar-se por outro partido devido à anualidade. O que podemos fazer? Votar no "menos ruim", e rezar...
PS: Serra me parece candidato. Eduardo Campos também...
Sakamori San:
BURUNDI é forte!
E, Lula deu sorte para nosso pais!
Conseguimos passar por uma crise internacional sem grandes sobre-saltos, crescemos e nos divertimos , que nunca antes neste pais , e aí , vinha êle!
Duro tem sido conviver com os que estão aí, atualmente!
Além de falta de competência, imobilizou-nos e tem gerado tanto prejuizo ao pais!
Ninguém melhor que você para dize-lo, não é?
Francamente não vejo com maus olhos, a possibilidade do Lula voltar!
Tenho curiosidade, em saber como terminará o embate PSDB/ PSB, pois são familiares na relação!
O PSDB, a continuar sua postura elitista e covade de enfrentamento, terminará como meu saudoso PFL, que dedicou sua existência ao PSDB de FHC!
Enfim, estando no Sirio , fazendo uma quimio, desculpo-me por discordar do nobre amigo, desejando- lhe um grande dia!
Ah! RONALDO tem gostado dos seus emails e, como não poderia deixar de ser, colocado nosso Gabinete à sua disposição na PRR 1a Região!
Um grande abraço do seu irmão evadmirador,
MARKITO DE SOUZA
Amigo Markito,
Tenho saudades do carinho da sua família! E da bacalhoada! Fico honrado com o tratamento que Ronaldo me dispensa.
Quanto ao Sírio, você faz jus, afinal contribuiu para usufruir dos benefícios. Nada contra. Faço referência dos eleitos pelo voto. Eles não são servidores do governo.
Espero que você, volte à normalidade tão rápido possível para saborearmos uma bela bacalhoada.
Sempre à sua disposição! Honrado sou pela sua companhia!
PT sabe fazer seu marketing, e adora desgastar seus adversários, para mim nenhuma surpresa.
Pelo amor de Deus! São Paulo não merece alguém que não faz nada pra melhorar a Saúde Pública no Brasil. Imagina como Governador! Misericórdia! Sou do Estado do Rio de Janeiro, e fico perplexa como gostam de iludir o povo pensando nas próximas eleições. Quem poderá salvar o nosso Brasil??
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