Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Economia BR I. Por que não saimos do PIBinho?
Já vou avisando que esta matéria não é para quem milita na área econmômica, que insistem em pensamento ortodoxo. Estou cansado de ouvir teorias e teorias, análises e análises, sempre baseados em premissas equivocadas. Vou tentar mostrar aos leigos, que é a maioria da população, o que está acontecendo com a economia no Brasil e por que não conseguimos fazer o PIB crescer nos mesmos níveis de países emergentes.
Ponto número 1. A política econômica da presidente Dilma é intervencionista, ao mesmo tempo que quer praticar as teorias neo-liberais (sic) de livre concorrência. A establidade da moeda é conseguido às custas de intervenções em diversos pontos nevrálgicos da economia, como o câmbio e tarifas administradas. Esta política iniciou-se após a crise financeira mundial de 2008, com orientação do ainda presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles. Valeu a medida para a época.
Ponto número 2. O equívoco da política econômica (sic) da Dilma é dar continuidade da solução provisória adotadata pelo Henrique Meirelles, no momento de extrema gravidade em 2008. O mundo já vem se adaptando aos novos tempos. Os principais atores globais já tomaram medidas que aos poucos vem surtindo efeito na economia real. Os EEUU voltaram a crescer ao nível de antes da crise, nos níveis de 2,5% ao ano. O Japão, também, com nova política econômica implementada no início deste ano, prevê crescimento de 2,5% ao ano, após quase 2 décadas de estagnação. A Alemanha está paulatinamente saindo da crise financeira que também a abateu.
Ponto número 3. A presidente Dilma acaba de determinar que o Banco Central cuida da inflação e o ministro da Fazenda o crescimento econômico. É uma tremenda besteira que ela fez. Da maneira como está, o Banco Central vai pisar no freio do crescimento e o ministério da Fazendo o acelerador. A consequência é que um efeito mata o outro. Dessa maneira, não conseguimos segurar a inflação e nem tão pouco o crescimento do PIB. É uma atitude "bipolar" que não é permitido na área econômica. Vai desaguar em "estagflação", isto é inflação com crescimento pífio do PIB.
Ponto número 4. Não se faz economista como antigamente. Não há economista que alerte o "erro sistêmico" da política econômica da Dilma. Os ícones dos empresários, nem piam porque são beneficiários do Bolsa Empresário, com juros subsidiados a 3,5% ao ano. Os analistas econômicos, se é que eles são, só comentam sobre taxa Selic, que é apenas 1 dos muitos mecanismos da política monetária. Paramos de olhar o horizonte, só olhamos onde vamos pisar no dia de amanhã. Viramos todos lobotomizados à serviço da nossa rainha Dilma Rousseff. Tudo pela reeleição dela em 2014.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
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