terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

BOLSA MISÉRIA É PROGRAMA DE "EXSCLUSÃO" SOCIAL


Enganei-me em números, ao apresentar os beneficiários do Bolsa Miséria, que engloba todos os programas sociais do governo Dilma. Tinha entendido que era 19,5 milhões de chefes de famílias, mas não era, são 22 milhões de chefes de famílias com "sub-emprego", porque o programa contempla pessoas com renda "per capta" inferior a R$ 70,00.  As minhas conclusões seguem após o noticiário do Estadão, em itálicos.

O governo vai anunciar nesta terça-feira, 19, em cerimônia no Palácio do Planalto, a retirada de 22 milhões de brasileiros da miséria. A presidente Dilma Rousseff também deverá assinar Medida Provisória garantindo um complemento em dinheiro para 2,5 milhões de pessoas com renda per capita inferior a R$ 70 - patamar estabelecido para o enquadramento na faixa de extrema pobreza. Fonte: Estadão.


O benefício é para pessoas que recebem o Bolsa Família, mas possuem renda per capita inferior a R$ 70 e, além disso, não se encaixam nas regras do programa Brasil Carinhoso, que só contempla quem tem filhos de até 15 anos. Fonte: Estadão.

Por meio do Brasil Carinhoso, saíram da situação de extrema pobreza 16,4 milhões de pessoas. Outras 3,1 milhões ultrapassaram essa condição com o reajuste no valor do Bolsa Família, levando em consideração o número de filhos e a ampliação dos benefícios concedidos a famílias incluídas no programa. Agora, com os 2,5 milhões beneficiados pelo complemento de renda - variável até alcançar o patamar de R$ 70 per capita --, o governo baterá o bumbo na marca de 22 milhões. Fonte: Estadão.

Na solenidade com o slogan "O fim da miséria é só um começo", de autoria do marqueteiro João Santana, Dilma apresentará números para mostrar que está cumprindo a promessa de erradicar a pobreza extrema. O tema vai embalar sua campanha à reeleição, em 2014. Fonte: Estadão.

Conclusão.

Não tiro o mérito dos programas sociais do governo federal.  A existência de 22 milhões de famílias vivendo no "sub-emprego" já é um fator de sub-desenvolvimento do País.  E por essa e outra que o IDH, índice de desenvolvimento humano, do País está sempre disputando posição de média para baixo entre todos os países do mundo.  

A minha crítica, não se refere propriamente aos programas sociais do governo federal, pagos com dinheiro do contribuinte.  Estes programas sociais já existem há 10 anos e o que me chama atenção é de que o número de beneficiados aumenta a cada ano.  Para alguns isto é bom sinal, mas para mim, isto é péssimo indicador.  

Rateando o dinheiro disponíveis para diversos programas, grosso modo R$ 22 bilhões, distribuído para 22 milhões de beneficiários, representa R$ 1 mil per capita ano.  O número representa um adicional de menos de R$ 100 mês, para cada chefe de família. Curiosamente, é o que muitos políticos gastam para "comprar votos" dos seus eleitores.  

O governo denomina os programas de "programa de inclusão social". Para mim, estes programas, é uma marca de "exclusão social", porque escravizam os beneficiários com "esmolas".  Não existe, nenhum programa de "saída" aos programas Bolsas Misérias.  Isto tudo é muito semelhante aos antigos "currais eleitorais" dos coronéis de usinas de açúcar nos tempos longínquos.  Isto é um retrocesso!

Alguns leitores, me disseram que o governo federal tem programas de capacitação como PRONATEC, PROUNI e bolsa de estudos para 100 mil estudantes no exterior.  Estes programas são para os estudantes que terminaram o ensino fundamental.  Não são programas de "saída" dos programas sociais.  A maioria dos beneficiários dos programas sociais são "analfabetos funcionais".  

A saída dos Bolsas Misérias, na minha visão, seriam aquelas semelhantes desenvolvidos pelos sistemas S, mantido com contribuição dos empresários comerciais, industriais ou rurais.  Se realmente, a intensão do governo é "incluir" socialmente deveria fortalecer os programas já existentes no sistema S, sem gastar R$ bilhões e R$ bilhões.  Creio eu, só assim, estará o governo tirando os miseráveis da zona de "exclusão" da sociedade.  Pensem nisto, seriamente!

Para mim, as Bolsas Misérias, são programas de "exclusão" social.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12

2 comentários:

Unknown disse...

Brilhante como sempre Sakamori!Com toda certeza é "exsclusão" social!Retrato de governo Populista do quanto mais miserável o povo mais fácil de manipular e se perpetuar no poder!Assim também se faz uma ditadura!Se o País fosse governado por "Homens" e não por ratos tirariam o Brasil da miséria em poucos anos! Poderíamos começar pela exploração do Nióbio por exemplo, não vamos falar disso!! Enfim!!Tudo bem teremos "Copa do Mundo" a politicagem do "Pão(duro) e Circo"!

FERNANDO CANTANHEDA disse...

ELA SE APROVEITA DA MISERIA E DA IGNORANCIA DA MAIOR PARTE DA POPULAÇÃO E MANTEM CADA VEZ OS POBRES COITADOS MAIS E MAIS MISERAVEIS E FAMINTOS COISA TIPICA DE UM GOVERNO COMUNISTA E DOMINADOR E AO INVÈS DE DAR SAÙDE EDUCAÇÃO EMPREGOS DIGNOS O SUBJULGA IMPIEDOSAMENTE OS TORNANDO DEPENDENTES DE SUAS FALSAS BENESSES DISTIBUINDO DIVERSOS TIPOS DE BOLSAS E FAVORES OS ENGANANDO QUE ESTÃO LIVRES DA MISERIA E EM ALGUNS CASOS OS PROMOVENDO A CLASSE MEDIA EMQUANTO ARRECADA SEUS VOTOS E SE REFASTELA NO PODER SUJO E CORRUPTO