domingo, 6 de julho de 2014

A ressaca da Copa está por vir!


O Banco Central divulgou dados sobre o estoque de financiamento para compra de automóveis por pessoas físicas, que recuou pelo 17º mês consecutivo em maio, para R$ 193 bilhões.  Esse é o menor valor histórico registrado pela nova pesquisa do BC, que teve início em março de 2011. 

Os números do mês de junho deve repetir os do mês de maio, em função de Dilma ter mandado esticar o programa de redução do IPI que terminaria no mês de junho passado até final do ano.  Com a realização da Copa, muitas decisões das pessoas físicas tem sido postergado para pós Copa.

O desânimo tomou conta das revendedoras de veículos que vendem cada vez menos.  A redução de IPI lá atrás tinha criado mercado para atender as classes emergentes que nunca tinha comprado carro "zero".  Parece que a bolha já estourou.  O mercado de automóveis está procurando patamar de equilíbrio.  O mercado só deverá retomar no final do ano, próximo de expirar o incentivo fiscal do governo, segundo a avaliação das próprias revendas.  

O ruim é que as montadoras, de há algum tempo, vem sendo o motor do setor industrial.   Montadora em desaquecimento, puxa o crescimento do setor industrial para baixo. Notadamente no segundo trimestre deste ano, o reflexo do desaquecimento no segmento das montadoras vem puxando os demais setores segmentos industriais para baixo.  

Isto tudo é resultado da política econômica (sic) equivocada do governo Dilma.  A presidente Dilma, seguindo o plano emergencial do Lula de 2009, em razão da crise financeira mundial, estimulou o "crédito fácil e barato".  Quem não se lembra da oferta de crédito da Caixa Econômica pela atriz Camila Pitanga?  Isto tudo, chegou à exaustão.  O povo não aguenta mais endividar-se.  O povo já comprometeu em empréstimos e financiamentos mais do que 50% da sua renda.  Não, não há mais espaço para expansão de crédito.

Assim como o segmento de veículos, os demais setores, também vão seguindo no mesmo rumo.  O comércio em geral, está vendendo cada vez menos.  Só teve aquecido o mercado de televisores nos meses de maio e junho por conta da Copa, segundo as Associações Comerciais do País.  O ícone de venda do varejo, Magazine Luíza fechou 9 lojas no mês de maio.  Isto apenas mostra a queda de vendas do varejo.


Pelo quadro desenhado, não há perspectiva de melhora no comércio em geral.  Apenas, setorialmente, os segmentos ligados ao agro-negócios continuam aquecidos.  Isto parece, pelos resultados apresentados, não compensar a queda em outros setores da economia do País.  O País caminha para crescimento pífio neste ano.  O PIB do ano deve terminar abaixo de 1%.   Há chance grande de País, tecnicamente, entrar em recessão.  Configura recessão, se repetir por 2 trimestres consecutivos crescimento do PIB negativo.  

Ironicamente, o evento Copa que tem trazido alegria para o povo, tem contribuído para o crescimento negativo por conta dos meios feriados decretados pelo governo nos dias dos jogos da seleção brasileira.  Em term de economia como todo, conforme já demonstrei aqui, antes da realização da Copa, o efeito do evento é negativo.  A Copa vai contribuir com crescimento do País, negativamente.  Só ganharam com a Copa os fabricantes de televisão, bebidas e hotelaria.  


A Copa termina no próximo domingo, felizmente.  A festa vai acabar no próximo domingo, ganhando ou perdendo a seleção brasileira.  A euforia vai acabar logo.  Quando o povo sentir a realidade da economia, isto tudo vai ser como ressaca de festa.  Não, não sou pessimista.  Sou realista.  São os número que comprovam os equívocos da política econômica da Dilma, alertado por este blog nos mais de 1.200 artigos. 

 Crédito da imagem: Extra - Globo

A ressaca da Copa está por vir!

Ossami Sakamori






6 comentários:

Ednaldo Ribeiro Santos disse...

PARABÉNS, DISSE TUDO QUE EU GOSTARIA, MAS NÃO SEI DIZER, ARREBENTOU AMIGO

nivio ribera disse...

Vamos aguardar o término dessa copa, que trouxe prejuízos incalculáveis para o nosso país e acompanhar o comportamento do povo, que pela minha ótica são as mais pessimistas possíveis, após acordar dessa anestesia geral e enfrentar a realidade dos fatos.

AnaMedeiros disse...

Assustador, mas é a nossa realidade.Parabéns pela excelente colocação!

Anônimo disse...

As montadoras adoram o Brasil! Os subsídios são muitos, porém não são repassados ao consumidor. Obviamente que há uma grande cadeia de negócios envolvida e é claro, o Governo é o maior beneficiário no final de tudo. Ganha no IPVA, em todos os tributos e é claro que ele quer que o preço dos carros esteja lá em cima! As montadoras não fazem nada para serem competitivas e abaixar os preços. Um Chery na Colômbia custa R$ 8000,00 enquanto o mesmo carro no Brasil custa R$ 25000,00. É evidente que um dia o sistema implode e é o que vai acontecer!

Anônimo disse...

Se as montadoras e dilma descessem radicalmente os estupidos e putativos impostos que recaem sobre cada carro, certamente que as montadoras não tinham estoques nenhuns!
Mas a ganância de dilma e os lucros das montadoras rebentaram com a economia.

Anônimo disse...

"Candidatos a presidente querem gastar R$ 1 bilhão

O gráfico ao lado é da Folha de S. Paulo, Ele lista os nomes e os valores que cada candidato pretende gastar nas eleições. A gaúcha Luciana Genro, PSOL, prevê desembolsar R$ 900 mil.

A campanha à sucessão de Dilma Rousseff (PT) pode chegar a um valor que se aproxima de R$ 1 bilhão, segundo pedidos de registro de candidatura entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral.

(...)"

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