terça-feira, 19 de março de 2013

PETROBRAS. NOVO ESTELIONATO US$ BILIONÁRIO?


Graça Foster, presidente da Petrobras, já anunciava em outubro do ano passado a dificuldade de vender os ativos "filé mignon" do Golfo do México. Já dizia o jornal Estadão do dia 28 daquele mês:

O plano de negócios de 2012 a 2016 prevê vendas de ativos no valor de US$ 14,8 bilhões, a maior parte em 2012. A dificuldade para vender os ativos é sentida no Golfo do México, nos Estados Unidos, onde a Petrobrás negocia com empresas de petróleo de vários países uma complexa parceria para seus 175 blocos de exploração de petróleo. Fonte: Estadão.

Estamos no fim do mês de março de 2013 e nenhuma notícia sobre a venda dos ativos do Golfo do México.  Pelo que tudo indica não é bem a complexidade do negócio, mas sim, o problema está no preço de referência.  Sem dúvida que os ativos do Golfo do México são considerados "filé mignon" devida a capacidade comprovada de produção dos poços off shore daquele Golfo.

Vejo dois problemas que impedem a venda dos tais ativos.  O primeiro problema é semelhante àquele dos poços do OGX Petróleo do menino Eike Batista, a falta de "reavaliação" de cada ativo.  A produção do petróleo é dinâmico, tem começo, meio e fim.  O fim de cada poço é inexoravelmente "seco" ou em outros termos capacidade esgotada.  E a pior situação é o poço não corresponder à produção prevista.  

O valor de US$ 14,8 bilhões é o valor contabilizado pela Petrobras, que corresponde ao valor de aquisição dos direitos de 175 blocos de exploração.  Nada garante, depois de anos de aquisição, que os referidos ativos estejam com o "valor presente" a mesma daquele de aquisição.  Poderia estar maior ou menor.  Pelo que vejo, como não há comprador pelos US$ 14,8 bilhões, o valor "reavaliado" deve estar bem menor.  O buraco pode estar bem abaixo!

O que me faz pensar é que a mesma administração que comprou os ativos do Golfo do México, comprou a refinaria do Pasadena nos EEUU, um verdadeiro escândalo que deu à Petrobras prejuízo potencial de US$ 1 bilhão, numa refinaria que vale US$ 200 milhões.

Se foi a mesma administração que comprou a refinaria do Pasadena, é provável que tenha havido "superfaturamento" de US$ bilhões na compra de ativos do Golfo do México.  Guardada mesma proporção da falcatrua do Pasadena, podemos estimar uma maracutaia de US$ 10 bilhões!  Como os negócios internacionais, até devido a sua complexidade, não são auditadas pelo TCU, mas tão somente pelos auditores independentes, contratados pela Companhia, de repente, o ativo filé mignon, pode ser um belo do "carne de pescoço".  Tomara que eu esteja errado!

Está cada vez mais próximo de o contribuinte, ter que arcar com mais uma, entre outras, o prejuízo bilionário, produto de estelionato, como aquela do grupo OGX do menino Eike Batista, agora, da antes gloriosa Petrobras.  

Ministro Joaquim Barbosa, as falcatruas no Brasil, acontecem ao luz do dia, sob proteção das filigranas legais.  Os assuntos só sobem para o STF, quando os prejuízos bilionários são consumados.  Enquanto isso, os estelionatários tem livre trânsito no centro do Poder da República, e seus coadjuvantes posando de salvadores da pátria.  Preciso dar nomes para os bois ou vacas?

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12

3 comentários:

Unknown disse...

Administração da Petrobrás na minha modesta visão está além de corrupção e incompetência, está para esquizofrênicos em surto psicótico ou seja incapazes de dimensionar os resultados dos desmandos! e muito pouco preocupados.

Cadinho RoCo disse...

Na realidade o desgoverno Dilma é um poço incomensurável de incompetência pra todos os lados, segmentos e intenções.
Cadinho RoCo

Tio Dé disse...

A competência alardeada pelos "descobridores do Brasil" está na arte de roubar e deteriorar os ativos brasileiros, não importando de é uma reserva financeira, uma empresa, ou uma avaliação estratosférica de algum investimento. São mestres do mau feito, e professores nas artes da corrupção sem limites, com enfase no emburrecimento nacional, comprando deslavadamente a opinião dos brasileiros pobres que são obrigados a permanecer no arreio governamental, por comodidade, preguiça, esperteza, ou simplesmente falta de oportunidade produtiva, ou seja: Emprego ! A desindustrialização está ai para quem quiser procurar emprego em muitas áreas, na industria principalmente.
Depois saem fazendo propaganda de altíssimos índices de aprovação de um governo mascarado e enganador. Querem concorrer com Jesus Cristo de qualquer forma !