A dívida pública brasileira monta em R$ 2,6 trilhões, correspondente a 59% do PIB. Estão de fora nessa conta, os títulos da dívida que ficam no Tesouro para dar liquidez ao sistema, ou seja, títulos do governo que ficam na tesouraria para fazer o caixa do dia a dia. O montante está acima do que fiz referência neste blog ou seja 55% do PIB. O próprio Banco Central reconhece que, conforme metodologia adotada em convenções internacionais, o estoque da dívida pública é maior do que 59% do PIB. Segue comentário meu, na sequência à notícia.
Um cálculo diferente do Banco Central para a dívida pública bruta mostra
montantes menores, mas confirma a piora dos resultados nos últimos
quatro anos. Por essa metodologia, introduzida em 2008, o endividamento de União, Estados e municípios se elevou de 57% para 59% do PIB. Fonte: Folha.
Lançada há quatro anos em caráter temporário para combater efeitos da
crise econômica internacional, a política de reforço aos bancos oficiais
já acumula um impacto na dívida pública do país equivalente a 7,8% do
PIB. No final de 2008, o dinheiro injetado pelo Tesouro Nacional em suas
instituições financeiras chegou a pouco mais de R$ 40 bilhões. Ao fim de
2012, o total equivalia a R$ 407 bilhões. Fonte: Folha.
"Esses ativos (os créditos contra os bancos federais e as reservas
em dólar) têm baixa rentabilidade", diz estudo de Josué Pellegrini,
consultor do Senado Federal. E há ainda o perigo de os financiamentos concedidos pelos bancos
federais serem malsucedidos e resultarem em inadimplência. Esses números não contabilizam os títulos do Tesouro mantidos pelo BC
para a gestão da política monetária --ou seja, para serem negociados com
o objetivo de regular a quantidade de dinheiro na economia. Fonte: Folha.
Comentário.
O número contestado por alguns dos meus leitores, sobre o tamanho do Bolsa Empresário, também, estou completamente certo, são R$ 407 bilhões, pouco acima da minha estimativa de R$ 400 bilhões. Segundo informações do próprio BNDES, 70% do montante são destinados para grandes empresas e 30% para os micros, pequenos e médios. As migalhas são distribuídos entre 165 mil tomadores de empréstimos.
Chamo atenção para o fato de que o montante do Bolsa Empresário em 2008, era de R$ 40 bilhões, segundo o próprio Banco Central. Este instrumento de estímulo à industrialização (sic) é do presidente Lula, que inaugurou o Bolsa Empresário em 2009, com finalidade de sair da crise financeira internacional de 2009. De lá para cá, foram injetados recursos novos, no montante de R$ 360 bilhões, para os "Batistas" e amigos dos presidentes Lula e Dilma, a juros subsidiados de 3,5% ao ano, enquanto o Tesouro paga a um custo médio de 11% ao ano ao mercado.
Concordo, também, com a opinião do consultor do Senado Federal, de que os recursos injetados nas instituições financeiras oficiais, poderão vir a causar perdas, pelos empréstimos malsucedidos e pelas inadimplências. São os famosos empréstimos aos "Batistas", que poderão resultar, no mínimo, em perdas parciais. E a dança das inadimplências e perdas já vai ser inaugurada com as empresas do menino Eike Batista, va reestruturação que está a ser proposta pelo BTG Pactual do André Esteves à pedido dos presidentes.
Normalmente o Banco Central divulga para a população a dívida líquida, no conceito dele próprio, que após várias "gambiarras" chegam num montante pouco acima de R$ 1,9 trilhões. Sobre o número maquiados que o governo Dilma, calcula o índice de envidamento sobre o PIB, que estão aquém de 40%, para mostrar à população. Número para enganar aos próprios economistas do governo e fora dele. Os meus críticos, querem comparar este número com o que costumo trabalhar, ou seja o número de endividamento bruto de 59%. Não se fala mais nisso e pronto!
Brasil da Dilma deve R$ 2,6 trilhões!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
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