Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
segunda-feira, 4 de março de 2013
BRASIL. PIB PER CAPITA EM 2012 FOI DE 0,1%!
O PIB per capita, o líquido do crescimento, descontado o aumento populacional, foi de 0,1% em 2012. Crescimento que considero como estagnação, pois é quase zero. Os outros países emergentes, inclusive os nossos vizinhos latino americanos, batem de longe o crescimento do PIB brasileiro. Vejam as explicações sobre o PIBinho, mas que não justificam, se considerarmos que o Brasil faz parte do bloco dos países emergentes.
Diante da crise global que atingiu mais a Europa, grande parceiro comercial do Brasil, as exportações cresceram apenas 0,5%, numa taxa inferior à do PIB. Já as importações (que contribuem negativamente para o PIB, pois retrataram uma produção de bens e serviços realizada em outros países) também tiveram crescimento modesto: 0,2%. Folha.
O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país. Em valores, o PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país) somou R$ 4,4 trilhões no ano passado. Folha.
O PIB per capita (resultado da divisão do PIB pela população do país) cresceu apenas 0,1% no ano passado. "Em 2012, o crescimento populacional foi maior do que o crescimento do PIB", disse o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto. Folha.
Para o Brasil, a consequência negativa mais palpável da nova conjuntura global foi a interrupção da escalada dos preços das commodities, ou seja, dos produtos primários de exportação como soja e minério de ferro. Antes de marolinhas ou tsunamis, o país surfava no boom das commodities, que sustentava recordes sucessivos das exportações e dava impulso ao crescimento da produção e da renda. Fonte: Folha.
O ministro Mantega vem dizendo que a tendência do crescimento do PIB em 2013 é de alta. Ele se refere à tendência da curva de crescimento do PIB demonstrado no terceiro e quarto trimestre do ano de 2012. Raciocina ele, que se mantido a mesma tendência, o crescimento do PIB no ano de 2013 será em torno de 3%.
Acontece que no mês de janeiro, as contas externa do Brasil se deterioraram provocando déficit em transações correntes que ficou em US$ 11,371 bilhões, pior resultado desde 1947. E para completar o Brasil criou apenas 28,9 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, pior resultado para o mês desde 2009. São apenas, alguns dados que contradizem a expectativa do ministro Mantega.
Chamando atenção, novamente, o Banco Central, deu guinada no controle informal do câmbio, voltando a apreciar o dólar, em dezembro de 2012, voltando a balizar na banda informal entre R$ 1,90 e R$ 2,00. A depreciação do câmbio, leva o País a incrementar importações e diminuir o volume de exportações. Importações implica em PIB negativo, porque a riqueza é produzida lá fora.
O controle de câmbio, mantendo o real apreciado nos atuais níveis, vai trazer consequências desastrosas sobre a economia do País. Os produtos primários e manufaturados que alavancam o crescimento do PIB, vão definhando. O crescimento do setor de serviços, devem acompanhar o crescimento do setor primário e industrial. Enquanto isto, com incremento de importações por conta do dólar depreciado, provocarão PIB negativo.
As declarações da presidente Dilma de que o Brasil vai crescer pouco, mas de forma segura e sustentável, chega a ser uma afirmação ridícula, pois o crescimento real, per capita em 2012 foi de apenas 0,1%. Tudo indica que o PIB deste ano repetirá, na melhor das hipóteses, igual a do ano passado. Vamos torcer que o crescimento deste ano, per capita, não seja negativo.
PIB per capita de 2012 foi de 0,1% ao ano.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
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Um comentário:
concordo plenamente que foi uma resposta, no mínimo, ridícula da presidente Dilma sobre o (não) crescimento do PIB. Falta de vergonha deixa-me indignada.
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