sábado, 16 de março de 2013

Bolha IMOBILIÁRIA V. PDG vai para O BURACO!


O estouro da bolha imobiliária começando dar sinais no mercado financeiro.  Como já foi dito aqui no blog, o processo de maturação de uma incorporação imobiliária leva no mínimo 3 anos à partir da aquisição do terreno.  O estouro da bolha, também, não acontece como pirâmide de cartas.  Leva algum tempo, para a população perceber.  O mercado financeiro corre na frente.  Hoje, vou tratar do ícone do mercado imobiliário, a empresa PDG e ligeiramente sobre o MRV. 

A PDG, maior incorporadora do país, era comandada por um presidente que queria sair e um sucessor que não queria ficar. Por quase seis anos, a dupla formada pelos cariocas José Antonio Gra­bowsky e Michel Wurman virou o mercado imobiliário brasileiro de pernas para o ar. Fundadores da incorporadora PDG, ambos vindos do mercado financeiro, os executivos imprimiram à empresa um ritmo de tirar o fôlego. Fonte: Exame. 

A dupla viveu um período conturbado, e no pior momento possível — foi no último ano, afinal, que os resultados se deterioraram e ficou claro que haveria pela frente um árduo processo de reestruturação. O estopim da crise, que acabaria com a parceria e destruiria anos de amizade, foi a sucessão de poder na maior incorporadora do país. Fonte: Exame.

Comentário.

Quando o mercado está em alta, todo santo ajuda.  Qualquer empresa, mesmo as mal estruturadas, ganham dinheiro adoidado.  Foi o caso da PDG, veio do nada, cresceu e ganhou muito dinheiro.  Foi o caso de empresas como a MRV, outro ícone do mercado imobiliário.  Sintomaticamente ambas empresas passam por dificuldades estruturais.  O mercado financeiro apontam sinais de alerta.  

No caso da MRV, o valor máximo das ações histórico foi em 18/10/2010 - R$ 16,66.  No dia 12/3/2012 - R$ 11,80.  No último pregão, 15/3/2013, despencou para R$ 9,83.  Deve ser anúncio de mal de resultado financeiro.  A CEF chegou a suspender novos financiamentos para a empresa, por conta de problemas no MT.  Vamos orar para que se segure!

O caso da empresa PDG, os números são mais graves.  O pico de cotação das ações ocorreu no dia 2/6/2010 - R$ 10,79 e no fechamento de sexta-feira, 15/3/2013 - R$ 2,90.  Significa que as ações da PDG vale hoje 34% do valor de 2010, sem descontar a inflação.  Tudo leva a crer que vai continuar caindo.  No jargão do mercado financeiro se chama "mico", este tipo de ações.  

Tirando o problema de prejuízo sofrido pelos acionistas minoritários, sobra um problema maior que é a entrega das chaves para os compradores de apartamentos das empresas citadas.  Os apartamentos que estão em fase final de construção, tem possibilidade de serem entregues aos compradores.  Os compradores de apartamentos em fase inicial de construção, tem grande chance de ficar com o "mico" na mão.  Não vão receber os imóveis prometidos, apesar de terem pagos a "entrada".

Lembro-me o episódio que ficou bastante conhecido há alguns ano, o caso "Encol".  A empresa PDG está a meio caminho de virar o caso "PDG".  A CEF é fiador do negócio imobiliário.  A presidente Dilma, tanto quanto CEF é fiadora do negócio da PDG.  Para que a PDG não vire um caso "PDG", talvez seria solução CEF intervir na administração da PDG, como legítima parte, por ser financiadora dos empreendimentos, antes que seja tarde.  Não adianta Dilma, fingir de morto!  

Ministro Joaquim Barbosa, os escândalos de malversação de uso de recursos públicos, ocorrem assim como descrito, à luz do dia, escancaradamente.  Seria de conveniente, instar o MPF a abrir investigação preventiva para que milhares de mutuários, não paguem, novamente, pelos erros cometidos pelos agentes públicos e privados, num verdadeiro conluio.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12

2 comentários:

Unknown disse...

É urgente que o Joaquim Barbosa ordene a investigação...

Unknown disse...

Inconformada

Para Joaquim Barbosa ordenar a investigação é preciso chegar ate ele e alguem deve fazer isso.