domingo, 13 de janeiro de 2013

GUIDO MANTEGA SERÁ DEMITIDO, EM BREVE


O Banco Central (BC) promoveu em 2012 a maior redução porcentual nos depósitos compulsórios desde 1999. Considerado um dos principais seguros do País contra crises de falta de liquidez, o compulsório caiu de R$ 448,542 bilhões em dezembro de 2011 para R$ 348,514 bilhões no fim do ano passado, uma redução de 22%. Em termos nominais, a queda de R$ 100,028 bilhões é a maior da série histórica iniciada em 1994 pelo BC. Compulsórios são recolhimentos que os bancos precisam fazer ao BC sobre os recursos depositados, uma forma que o governo tem para regular a quantidade de dinheiro em circulação na economia. Fonte: Estadão.


Na tentativa de retomar o crescimento do País, o Banco Central, devolveu ao sistema bancário para utilização em crédito ao consumidor, R$ 100 bilhões.  Dilma atendeu aos reclamos do setor financeiro privado, na contrapartida que exigiu para que as instituições bancárias cobrassem juros mais baixos.  

Exigiu, reclamou, gritou para baixar os "spreads" bancários, a parcela de taxa que é acrescido ao custo de captação, mas teve que ceder.  O que não estava claro, quando do sistema bancário privado ter acompanhado a baixa de juros dos bancos oficiais, como o processo ocorreu bastidores do poder.  Está claro, agora, com o relatório do BC de que a Dilma teve que abrir "mão", sendo delicado com ela, para conseguir seduzir o sistema financeiro privado.   

O que me intriga ainda mais, o fato de Dilma ter segurado o aumento de combustíveis na bomba, ter segurado a flutuação do dólar no patamar de R$ 2,00, ter baixado os juros Selic para 7,25% e ainda ter despejado no mercado consumidor esse montão de dinheiro, R$ 100 bilhões e ter incentivado o CréditoBarato e CréditoFácil, ainda assim, não ter alcançado a meta do crescimento de 4,5% para o ano de 2012.  As minhas conclusões não são nada boas.  

Todas essas manobras, fizeram parte da política econômica, que eu diria política financeira, da presidente Dilma no ano passado. Apesar de todas medidas tomadas, ter alcançado o crescimento pífio do PIB em 1,0% no ano, demonstra claramente que há um "erro sistêmico" na política econômica (sic) da Dilma.  Além do crescimento pífio do PIB, Dilma conseguiu desorganizar e desalinhar, a economia como um todo.  Conseguiu a proeza de deixar Petrobras e Eletrobras em situação de geração de caixa num patamar crítico e perigoso.  

Com a política financeira adotada pelo ministro Mantega e pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, deixou para o início deste ano, um "dilema" para a presidente Dilma.  Durante o ano de 2012, gastou-se quase todas as munições da política financeira, restando poucas manobras para serem executadas.  Além de tudo, terá a dura tarefa de "alinhar" os diversos componentes da política econômica, como câmbio, combustíveis e tarifas públicas.  Ou amargaremos mais um ano de crescimento pífio, ao invés de PIBão bem grande (sic). 

Não tem mais clima e nem espaço político para segurar o ministro Mantega e nem tão pouco o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.  Dentro deste quadro, o Lula vai voltar à cena.  Lula vê como saída, a troca do comando da economia, para ele próprio se candidatar ao cargo de presidência da República em 2014.  As primeiras conversas neste sentido deverão acontecer nos próximos dias.  Henrique Meirelles deverá ser chamado de volta ao governo, para ajudar a sair deste impasse. Quem viver, verá!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12

3 comentários:

daniel disse...

Sr Sakamori e leitores, a volta do Lula já estava programada antes dele colocar a Dilma como Presidente da República. Dilma é só uma ponte. Quem usa a ponte é Lula. Ele transita entre a vida privada(ex-presidente) e o palácio (Brasília). Na verdade, quem governa mesmo é Lula.
Quando Lula terminou os 2 mandatos, elaborou essa trama para voltar. Se deixasse a equipe econômica dele no governo da Dilma, no final do mandato dela tudo poderia se dessaranjar(de propósito) para dar um ar de. -Nossa, falta Lula aquí. E aí ele voltaria. E olha que pode até vencer a eleição pois a maioria é analfabeta política. Tomara que até lá, ele seja processado em alguma coisa, das muitas que deve à justiça.

Anônimo disse...

O tempo dirá ou não:

PEDRO S. MALAN

Coincidência ou não, vale o simbolismo: o governo federal escolheu dois 7 de Setembro (2009 e 2012), dias de nossa Independência, para anunciar mudanças importantes nos regimes de concessão nas áreas de petróleo e energia elétrica.

Daniel Cohen disse...

Ele já não apita nada! Tem um acordo para ficar até abril, quando servirá de propaganda, como o min. da economia que mais tempo ficou no cargo.
Fora isso, hoje a Dilma nem bom dia da a elle!!!

Lembro-os que esse imbecil, cansou de escrever artigos, dizendo que o plano real não duraria um ano. Agora "no pudê" fez de tudo para que suas previsões dessem certo! Um completo asno!