segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ACORDA DILMA! versão 21.01.2013


Comentei sobre bomba relógio que a Dilma, armara, na economia brasileira, há 3 dias.  Reclamei também, sobre ausência de declarações dos dirigentes das classes produtoras do Brasil, na mesma matéria.  Enfim, o Estadão, publica declarações de dirigente de algumas entidades expoentes do País, alertando sobre o perigo da inércia da equipe econômica da presidente Dilma.  Para não bater de frente com a Dilma, as frases são ditas de formas suaves, mas que no seu conteúdo mostra a mesma preocupações que postei na minha matéria anterior.  Vejam o que eles disseram.


"Se a economia seguir um padrão fraco como o de 2012, a desaceleração alcança o mercado de serviços e aí podemos ter uma contaminação do mercado de trabalho", avaliou o gerente executivo do Núcleo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. De janeiro a novembro de 2012, a indústria registrou queda de 0,2% no emprego na comparação com 2011. O dado negativo, porém, foi compensado pelo desempenho do comércio e dos serviços. Fonte: Estadão.

"Mas já em novembro e em dezembro, tivemos um crescimento menor do emprego, por isso o governo tem de dar um impulso", comentou o presidente da Confederação Nacional dos Serviços (CNS), Luigi Nese. "Acho que, no primeiro trimestre, a economia não se recupera." Fonte: Estadão.

O mesmo alerta foi feito pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central (BC). "Se tivermos fraqueza na indústria e os investimentos não acontecerem, o emprego pode sofrer", observou. Fonte: Estadão.

E dão a receita para sair da situação, embutido como um dos gargalos o problema da taxa de câmbio, embora tenha colocado como quarta prioridade, se obedecido ordem de colocação como prioridade.  Para os "neo-socialistas" do governo, a declaração do Castelo Branco, deve ter soado no ouvido como discurso pró-elitista, de burguesia, de gente da direita e assim por diante.  Veja o que disse Castelo Branco, executivo da CNI.

Na avaliação dele, para que esse cenário se concretize, é "crucial" que sejam adotadas medidas para o aumento da competitividade, como o custo de infraestrutura e da energia elétrica, além da desoneração da folha e de taxas de câmbio e juros mais favoráveis. Só assim, acredita Castelo Branco, o "espírito animal" dos empresários despertará. "O investimento é resposta à perspectiva de lucratividade." Fonte: Estadão. 

Levei muita cacetada na matéria anterior. Desde o rótulo de "pró-elitista" e também sobre minha suposta ignorância em matéria de bem estar social da população.  Não ligo.  Não deleto nenhum comentário, mesmo que contra a minha opinião. Assim é feito a democracia, acredito eu.  

No entanto, quero justificar a minha preocupação sobre a economia, sob ponto de vista da classe produtiva brasileira.  A classe produtiva englobando a classe trabalhadora compõe 60% do PIB, que por sua vez sustenta os 40% do PIB dos gastos dos governos, municipais, estaduais e União Federal.  É o setor produtivo privado e a classe dos trabalhadores é que contribuem com os pesados impostos, cerca de 40% do PIB, para que a máquina do governo possam funcionar.  Matar o setor produtivo é matar a "fonte" de financiamento do setor público.  Tem um ditado popular: matar galinha dos ovos de ouro.

Discurso atrasado este de taxar o setor produtivo e classe de trabalhadores de "pró-elitista" ou coisa que valha.  Se a Dilma, presidente, vai na onda dessa turma, o Brasil, fatalmente caminhará em direção ao abismo intransponível.  Espero que não siga. Desejo que não compactue com esse tipo de discurso "neo-socialista" dos militantes, em cargos em comissão, do governo federal.

Acorda Dilma!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12

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