Nada como um dia atrás do outro. As entidades, as três mais representativas da classe industrial do Brasil, saiu em coro, para criticar o governo Dilma, sobre a política econômica equivocada. Antes tarde do que nunca. Vejam os trechos pinçados do jornal Folha e meus comentários.
Folha. Normalmente após um aumento de juros, empresários da indústria e do
comércio saíam em coro para criticar o que chamavam de miopia e de
radicalismo do Banco Central para controlar uma possível expectativa de
inflação. O discurso agora é outro: a inflação é fato, e não mais expectativa. E a
culpa é do governo, que não faz a lição de casa nem corta os próprios
gastos para permitir ao país ter juros menores.
Folha. "Não precisou combinar nada. CNI, Firjan e Fiesp fazem parte do mesmo
grupo. É o grupo que espera, há dois anos, o governo dizer que o pior já
passou e que agora vai melhorar. Não dá para melhorar fazendo o de
sempre. O que vamos fazer diferente? Cortar gasto para aumentar o
investimento", disse André Ribeiro, economista da Firjan.
Comentário.
Demorou mas caíram na real. As críticas ainda são pontuais e não traduz ainda a crítica sobre o equívoco generalizado da politica econômica (sic) da Dilma. Mas é bom começo. Até que enfim criaram coragem de criticar sobre fatos consumados. Este blog vem fazendo isto desde fevereiro de 2012, dada da inauguração, sobre o erro sistêmico da política econômica do governo Dilma.
Critiquei durante todo este tempo, a ausência de agentes privados ou empresários no debate sobre o erro sistêmico da política econômica (sic). Embora tardia, as entidades como CNI - Confederação Nacional da Indústria, Firjan - Federação das Industria do Rio de Janeiro e Fiesp - Federação das Indústrias de São Paulo, em tom uníssono resolveram mostrar a que vieram.
Só para lembrar aos leitores e a elas próprias entidades de classe, que o setor industrial que representava 26% do PIB no início do governo Lula, hoje não representa mais do que 13% do PIB. Grande parte da culpa da desindustrialização e do encolhimento do setor, deve-se à própria adesão sistemática da própria classe à política econômica equivocada dos governos Lula e Dilma.
Vamos apenas lembrar para refrescar a memória de que as entidades de classe, antes poderosas, perderam espaço de interlocução com o governo, desde que adotou apostura da adesão automática à decisão do poder constituído. Bons tempos eram aqueles que a voz de uma destas entidades balançava o gabinete presidencial.
Bons tempos do posicionamento do Fiesp, pós Theobaodo de Nigris. Tinha voz ativa, dava o norte para a equipe econômica do governo fazer o planejamento estratégico do setor. O atual presidente Paulo Skaf era um cara que todos respeitavam pelo seu posicionamento, mas este também aderiu. Quantas vezes, antes, eu me debruçava para ler os seus comentários. Mas, infelizmente, aderiu ao governo Dilma para viabilizar o seu projeto político de ser alternativa para o Geraldo Alckmin, virando boneco de marionete da Dilma.
Do texto acima, conclui-se que a inflação é fato e não mais expectativa. A segunda conclusão é de que governo deve cortar os gastos correntes e aumentar os investimentos. Coisa óbvia, que qualquer estudante de economia enxerga. Eu mesmo elegi como um dos 7 pecados capitais de um político, gastar apenas o que pode. Ainda, assim continua ainda com o pensamento equivocado de que juros baliza inflação. Não, os juros são termômetros, não remédios!
Folgo em saber que não estarei mais sozinho, escrevendo, escrevendo, sempre apontando o equívoco da política econômica do governo Dilma. Sim, me recolherei no meu devido canto, apenas para fazer coro às críticas do governo Dilma como todo, se de fato as entidades de classe, qualquer que seja do setor produtivo, mostrarem para o País para que vieram.
Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?
Ossami Sakamori
Um comentário:
Skaf foi um engodo mesmo, fazendo cara de bonzinho, com sorrisinho e tudo mais. Tem q tomar vergonha, isso sim
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