terça-feira, 5 de novembro de 2013

Economia BR, 5/11/2013. Dólar dispara!

Manchete de todos jornais e TV de hoje: dólar dispara!  Que bobagem!  Tudo isto era previsível desde o início do governo Dilma.  Só não enxergou quem não quis.  País de gentes, formadores de opinião, incompetentes!  Isto é apenas começo do fim.  Fim do governo de fantasia, de faz de conta, de mentira!

Inaugurei este blog, por não concordar com a política econômica do governo Dilma.  Isto foi há 1 ano de 8 meses!  Eu já disse inúmeras vezes de que o efeito de uma medida na política econômica acontece ao longo de no mínimo 6 meses.  Até demorou para acontecer fatos já previstos.  Dilma começou o governo com o erro sistêmico na política econômica (sic).  Partiu de uma premissa de atendimento à uma situação de emergência.  

O Lula pegou a crise financeira mundial de 2008.  Justificava a tomada de atitude de emergência, repito, de emergência.  Essas medidas fundamentavam em superar a crise com ativação do mercado interno para manter índice de desemprego baixo e criar uma bolha de consumo para ativar a economia interna.  Tinha a justificativa da crise de 2008.  

Basicamente, as medidas eram manter o dólar depreciado artificialmente para dar poder aquisitivo ao real, moeda nacional.  Manteve o dólar depreciado, além da conta.  Reduziu impostos de montadoras e de linha branca.  Tudo justificado, para plano de "emergência".  Instituiu o PIS, que nada mais é que Bolsa Empresário, com juros altamente subsidiados.  Deu de mão beijada para alguns poucos empresários empréstimos com juros subsidiados a 3,5% ao ano, para, teoricamente, manter os empregos.  O último número do PIS somavam nada menos que R$ 419 bilhões. Somado a R$ 20 bilhões liberado nos últimos meses, a soma vai a R$ 439 bilhões, sem considerar os encargos capitalizados,

A Dilma poderia ter feito um plano econômico de médio e longo prazo, saindo do plano emergencial do Lula.  Mas, não.  Dilma aprofundou na intervenção do Estado na economia.  Manteve o dólar engessado.  Manteve o PIS, que chamo de Bolsa Empresário. Manteve incentivo ao consumo com continuação de incentivos do IPI para veículos e linha branca.

De quebra, manteve o engessamento do dólar como âncora da inflação.  Deu no que deu.  As importações cresceram, as exportações minguaram.  Os gastos de brasileiros, no item de turismo cresceu assustadoramente, influindo significativamente na balança de conta corrente.  A balança comercial minguaram para o lado brasileiro.  Só faltam 2 meses do ano de 2013, para fechar o saldo positivo à favor do Brasil.

Dilma, para manter a popularidade com intenção de enfrentar as eleições de 2014, tenta segurar a inflação com aumento da taxa Selic, juros básicos do Tesouro Nacional.  Eu já disse aqui no blog que Selic não é remédio,  mas sim, é termômetro da economia.  A taxa Selic nos níveis de hoje, o Brasil gasta em juros sobre dívida bruta do Tesouro Nacional, acima de R$ 300 bilhões.  Os juros representam cerca de 25% da arrecadação do governo federal.  

O governo de antes (FHC) e de agora (Lula & Dilma) não conseguem pagar nem mesmo o total dos juros devidos.  Isto vem rolando desde época do FHC e Lula.  A dívida do Tesouro que FHC entregou para Lula era de 28% do PIB, o Lula já entregou para Dilma próximo de 50% do PIB.  Com Dilma acontece como na época dos seus antecessores, não consegue sequer pagar juros da dívida pública federal.  Dilma rola a dívida renovando o capital acrescido de parte de juros que não consegue pagar.

Com situação descrita acima, FMI já percebeu.  Os organismos internacionais como OCDE e agências de classificação de riscos, já perceberam também, que o Brasil é uma furada.  O Brasil perdeu credibilidade no mercado internacional de capitais.  Hoje, o Brasil virou a "bola de vez" negativamente.  Estamos feio na fotografia.  Isto é como efeito dominó.  Os principais organismos internacionais já demonstraram desconfiança, então, o resto do mercado representado pelos investidores diretos (IED) e investidores especulativos vão atrás.  As palavras e pronunciamentos oficiais já não funcionam.

Esta situação lembra bem a saída do Plano Cruzado do presidente Sarney.  No final do mandato do Sarney, a inflação bateu 80% ao mês.  Espero que episódio como este nunca volte.  E não voltará.  As urnas encarregarão de sepultar de vez as figuras dos presidentes Lula & Dilma!

Lula & Dilma, voltarão a cuidar das suas próprias famílias à partir de 31/12/2014!

Ossami Sakamori 

4 comentários:

Daniel Cohen disse...

Caro Saka,...

O descontrole é generalizado. Não há um só setor da economia que funcione dentro de um ordenamento lógico e previamente planejado, já que todas atitudes são meramente emergenciais e eleitoreiras. A incompetência é patente e latente.

Com tudo isso, não tenho a tua visão quanto aos resultados das eleições. Infelizmente ainda teremos, a meu ver, mais um turno de PT a azucrinar a nação. Só uma tragédia tira o PT do poder. Pedir por ela, seria pouco patriótico da nossa parte.

Mas estou certo, de que viveremos momentos muito difíceis, pois somos reféns de uma estatização incompatível com as tendências mundiais.

Isso é um claro retrocesso institucional.

Alvaro Coutinho disse...

Grande Saka san, sinceramente, quase 67 anos de existência tem me ensinado que ser coerente em uma terra que prima pela incoerência talvez não seja o melhor trilheiro... rsr...
Talvez que melhor fosse ter ficado quieto na beira do rio, pegando um ou outro peixe pra comer, contemplando a natureza... bem longe desse nosso confuso universo que festeja e homenageia o poder... rsr... Sempre textos instigantes e coerentes, os teus. Valeu Campeão!

Unknown disse...

Pobre do país que depende do humor do dólar para sobreviver. A Argentina optou por este modelo de economia dolarizada e está indo para o buraco. O Brasil ainda não caiu porque ainda tem muita lenha para queimar, mas um dia a casa cai...

Anônimo disse...

Caro Sakamori

Lula & Dilma, não voltarão jamais a cuidar das suas próprias famílias a partir de 31/12/2014 porque os mais de 50 milhões que recebem algum tipo de asistencialismo, vão querer continuar sempre a receber.