Hoje, resolvi escrever aqui a diferença da política monetária dos países desenvolvidos e dos países emergentes como o Brasil. O Estadão, tradicional jornal, publicou notícia sobre a política monetária da Zona de Euro, obviamente conduzida pelo Banco Central Europeu. Na sequência faço comentários.
Numa decisão inesperada, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu nesta
quinta-feira, 7, sua taxa básica de juros para nova mínima histórica, a
0,25%. Os juros correndo na zona do euro eram de 0,50%. Fonte: Estadão.
De acordo com dados preliminares, o índice de preços ao consumidor
(CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve alta anual de 0,7% em
outubro, depois de avançar 1,1% em setembro. A meta de inflação do BCE
está fixada um pouco abaixo de 2%. Fonte: Estadão.
Comentário.
Referindo-me a Zona de Euro. Segundo notícias, a inflação dos últimos 12 meses terminado em outubro foi de 0,7%, sendo que a meta está fixada um pouco abaixo de 2%. Como pode perceber a inflação corrente, está ligeiramente abaixo da meta estabelecida. No Brasil, a inflação está acima do centro da meta que é de 4,5%, chegando próximo do "teto" da meta de 6,5%.
O que eu quero chamar atenção não é propriamente sobre índice de inflação, mas sobre a taxa básica de juros. A Zona de Euro, com a inflação estando bem abaixo da meta, no nível de 0,7%, baixou a taxa básica de juros para 0,25%. Não só Zona de Euro, mas EEUU ou Japão, trabalham com juros bem abaixo da inflação. No Brasil, ao contrário, está sempre bem acima da inflação. No Brasil de hoje, a inflação medido pelo IPCA está próximo de 6% mas a taxa básica de juros Selic está em 9,5% com tendência de alta nas próximas reuniões do COPOM.
Lembrando que a taxa de juros básico, só aumenta a dívida pública federal, seja líquida ou bruta. O Brasil não consegue honrar sequer o pagamento de juros devidos, anualmente. O País precisa gerar superávit primário (saldo da receita menos despesas do setor público) para tentar acalmar o mercado financeiro internacional. Para poder rolar o principal do capital mais a diferença de juros que não consegue honrar, o Brasil precisa pagar juros cada vez mais alto para atrair investidores especulativos.
Repito novamente, se for preciso 300 vezes, de que a taxa de juros básicos Selic é apenas termômetro que mede a confiança dos investidores nacionais e internacionais. Selic não é remédio para conter a inflação. Vamos dizer, que a taxa Selic mede grau de desespero do País para atrair financiamento da sua dívida pública. Assim começou a quebra do Portugal, da Grécia e da Espanha. Espero que a presidente Dilma acorde a tempo!
Ossami Sakamori
4 comentários:
Brasil, mau pagador, vai ter, um dia, de honrar suas dívidas, quando isso acontecer, vamos estar mergulhados numa crise pior que a grega, irlandesa e portuguesa. Ainda não sei que rótulo vamos ganhar quando a crise explodir... Na Europa, os países ferrados são chamados pejorativamente de PIIGS, aqui podemos chamar nossa crise de derrocada bolivariana. Acho que é por aí o lance...
Antes de FHC deixar a Presidência do Brasil reuni-se com todos os candidatos que concorriam a eleição para presidente. O que FHC recomendou aos candidatos? Será que não existe algum acordo impublicável com outros países? Será que somos tão "burros" assim a ponto de elevar a taxa de juros para pagarmos mais caros aos credores? Tem alguma coisa errada aí.....ah, tem!
Estou com MUITO MEDO !
Bom Dia! O pior é que pintam um País em crescimento, com sucesso notável, onde tudo dá certo, o "País das Maravilhas" duma "Alice, a louca"! Nada nesse País funciona! E começaram a lançar mão das táticas de Hitler, massificar a propaganda mentirosa e enganosa que a "Alice" está no topo, pesquisas mentirosas... Pena dos sem noção!
Postar um comentário