quarta-feira, 3 de julho de 2013

Economia BR, dia 3. BOVESPA despenca!

O índice Bovespa fechou ontem, nos 45.228 pontos, menor nível desde 22 de abril de 2009, quando bateu nos 44.888 pontos. Foi a maior queda percentual diária desde 22 de setembro de 2011, quando a desvalorização foi de 4,83%.

As ações da OGX do menino Eike Batista caíram 19,64%, cotado a R$ 0,45, afetadas por relatórios de bancos que cotaram o preço-alvo de suas ações para R$ 0,10.  Eis o resumo da ópera de ontem.


Infelizmente, não tem muito a comentar, no dia 3 do mês crucial para economia brasileira.  O índice Bovespa, apenas, representa o clima que vive o mercado financeiro brasileiro.  Para entender melhor o quadro, seria conveniente os amigos leitores, lerem a série Brasil BR, dia x, que escrevo desde segunda feira passada.  O x corresponde ao dia do mês de julho.

A queda da bolsa brasileira deveu-se pela onda de pessimismo que reina no mercado acionário brasileiro.  As notícias ruins das empresas do menino Eike Batista, anunciadas pelos bancos, classificando a OGX como uma das primeiras da lista com risco de dar calote no mercado, influiu negativamente no índice Bovespa.  

Os investidores estrangeiros estão vendo notícias sobre onda de protestos nas ruas, tal qual acontece no Egito, pelo menos aos olhos dos especuladores estrangeiros, fez com que eles iniciassem o movimento de venda dos ativos no Brasil.  Os especuladores tem aversão aos riscos, depois de terem perdido muito dinheiro com a crise da Grécia e do Chipre.  Naqueles países, além de terem que fazer alongamento do prazos, tiveram que amargar o deságio em títulos do governo, no caso de Grécia e deságio nos depósitos à vista no caso de Chipre.  

O Brasil já deu calote, default, nos títulos do Tesouro no governo Sarney, no dia 20 de fevereiro de 1987.  Tem um ditado que diz: gato escaldado tem medo de água fria.  Pois, os especuladores estrangeiros estão como gato escaldado.  Qualquer movimento atípico do governo brasileiro, desconfia em dobro.  E o governo Dilma tem dado demonstração de incompetência para administrar o País, sobretudo diante do quadro de crise social, demonstrado pelos movimentos de ruas.  

Os especuladores estrangeiros, começaram a vender as ações das companhias brasileiras, independente da saúde financeira de cada empresa.  O movimento deve dar continuidade nos próximos dias.  A liquidação financeira das vendas das ações de ontem se dará na próxima sexta-feira.  Dia em que os especuladores estrangeiros comprarão dólares para remeter ao país de origem ou para um porto mais seguro como Bolsa de Nova York.  Na sexta-feira, o dólar estará pressionado pelas razões expostas.  O Banco Central deverá entrar intervindo no mercado vendendo o Swap Cambial, como sempre faz, nestas ocasiões.  

Como podem ver, o mercado financeiro global é totalmente interligado e funciona on line.  Presidente Dilma está no tempo de que a economia do país funcionava quase independente do resto do mundo, pois vive afirmando que o Brasil é uma ilha de prosperidade e imune ao que acontece lá fora.  Dilma administra o País como uma lojinha R$ 1,99, literalmente.  Não enxerga um milímetro à sua frente.  Pelo plano econômico (sic) equivocado, comprova o que estou a afirmar.

O Brasil é um Titanic a navegar nos revoltos mares do estreito de Magalhães.  Qualquer descuido da nossa capitã Dilma, o Titanic vai à pique engolido, agora, pelos mares revoltos onde não se vê um iceberg para indicar uma pista.  Estou a observar o cabo Horn, embarcado que estou no Titanic da Dilma. 

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado e não militante do PDT.  E-mail: sakamori10@gmail.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente!
Forte abraço
Mauro

Eli Reis disse...

Sakamori:

Estou administrando um paradoxo:

Quanto mais lúcidos e felizes seus comentários,
mais irracional e terrível é a nossa situação, como brasileiros.

E não podemos fazer como naquela piada em que o comandante diz ao passageiro para abandonar o navio que está afundando e ele responde que não se importa já que o navio não é dele.


Eli dos Reis