domingo, 28 de julho de 2013

Economia BR, dia 28. Brasil é uma pré-Espanha?

Saiu maioria dos índices referente ao mês de junho ou seja do primeiro semestre de 2013.  Os números de junho reforçam a tendência que já vinha ocorrendo já no final de maio.  O Brasil está entrando na estagnação.  Economia é como trem em movimento, tanto para acelerar o crescimento ou para desacelerar não acontece repentinamente.  Não funciona como freio ou acelerador de carro.  Os economistas dizem que as medidas tomadas hoje, repercute nos 6 meses subsequentes.  

A inflação de alimentos e de produtos de consumo, subiram no primeiro trimestre por conta das medidas de estímulo ao crédito e afrouxamento monetário tomado no segundo semestre do ano passado.  Vocês devem se lembrar da indecisão da presidente Dilma no ano passado, onde ela defendia ainda como prioritário a expansão do consumo ao invés de medida de combate à inflação.  Deu no que deu!

A Dilma ainda está indecisa, para a nossa desgraça.  Ela está com um olho voltado para inflação e outro para eleições do próximo ano.  Não sabe o que fazer.  A Dilma é totalmente incompetente para administrar o País.  Ela não é gerentona como foi passado a imagem para a população.  Pela política econômica (sic) equivocada, nota-se que a Dilma não conhece nem a macro economia e nem a micro economia.  Não entende do mercado financeiro nacional e tão pouco o mercado internacional.  

A presidente Dilma se assessora de pessoas incompetentes e covardes.   A sua equipe econômica composta pelo ministério da Fazenda, Banco Central, BNDES e Petrobras, é de uma incompetência de sair lágrimas dos olhos.  A equipe da Dilma, ao mesmo tempo incompetente é covarde!  A equipe econômica, em tese, se não fugiu da escola, tem pelo menos embasamento teórico para elaborar uma boa política econômica e financeira.  Quero crer que eles tem conhecimento teórico pelo menos, mas não tem a coragem suficiente para implementá-la.  Se são covardes, pior ainda, estamos no mato sem cachorro!

Feito as considerações iniciais básicas e essenciais, passo os comentários dos últimos números.

1. Geração de emprego. A geração de emprego vem caindo paulatinamente.  O Brasil deve gerar menos de 1 milhão de empregos neste ano, diante de aumento da população não menos que 2 milhões de pessoas.  O País precisa de no mínimo 1,5 milhões  de novas vagas de trabalho para atender a demanda que população que todos os anos entra no mercado de trabalho.  

2.  Índice de desemprego.  O índice não guarda relação direta com o número de criação de novos empregos, mas de certa forma, reflete o quadro geral do mercado de trabalho.  Pela primeira vez, após tendência declinante de desemprego, o índice ficou acima de 6%.  Por enquanto não é alarmante, mas é preocupante.

3. Inflação.  O índice de mês de julho que está mostrando em níveis de estabilidade, sobretudo por conta de tarifas do transporte coletivo nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, que em relação ao mês de junho houve queda ou seja deflação.  Explico, no mês de junho entrou como aumento, mas no mês de julho entra como redução.  Descontado o efeito tarifa do transporte coletivo é de aceleração da inflação.  Os efeitos do aumento do dólar dos níveis praticados até maio que foi de R$ 2,00 ficou estável no mês de junho em R$ 2,25.  Somente o efeito dólar, deve adicionar ao índice de inflação até o final do ano em cerca de 3%.  Adicionado o efeito dólar aos atuais níveis, o índice de inflação no final do ano ficará próximo da minha projeção de 9,0% para este ano.

4. Dólar. A tendência do dólar é ascendente.  O dólar deve apreciar ainda mais, devido ao déficit da Balança Comercial e Balança de Conta Corrente, excluído ingresso de capital estrangeiro.  A projeção do Banco Central é que o Brasil feche a conta Balança de Conta Corrente deficitário em cerca de R$ 85 bilhões, segundo última previsão.  Se o ingresso do capital estrangeiro, seja em forma de capital especulativo ou seja em forma de Investimento Estrangeiro Direto (IED) não alcançar os R$ 85 bilhões, o Brasil apresentará depois de alguns anos Balança de Pagamentos de resultados positivos, resultado negativo.  Isto abala a credibilidade do País.  Vai acender sinal amarelo nas notas de crédito ou de confiança dos investidores estrangeiros.  Digamos, uma situação pré Espanha.  

5. Pelo diagnóstico apresentado acima, o crescimento do País em forma de PIB será muito menor do que o Banco Central projeta, de 2,5% e menor ainda do que o mercado projeta, de 2,3%.  Eu mantenho, por enquanto, sem ajustamento, para o PIB de 2013 em 1,5% para o ano de 2013. 

6. O tradicional jornal Estadão e sua equipe levantou o número de endividamento dos brasileiros, incluído empresas estatais junto ao setor bancário, num montante de R$ 2,5 trilhões.  O endividamento do cidadão brasileiro, genericamente, ficou em 57% do PIB.  Lembrando que o governo Lula, pegou a administração com o nível de endividamento do setor bancário grosso modo em 23% do PIB, mostra que o brasileiro está cada vez mais endividado.  Isto parece uma pré Espanha! 

Os números apresentados aqui são inquestionáveis, não havendo necessidade de abrir espaço para contestações.  

Resumindo, Brasil é uma pré-Espanha? Receio que sim.

Ossami Sakamori
e-mail: sakamori10@gmail.com

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