A presidente Dilma Rousseff cancelou ontem todos os seus compromissos
oficiais e passou o dia no Palácio da Alvorada, sua residência oficial,
se recuperando de uma faringite e de uma gripe. Desde terça-feira, ela reduziu a quantidade de compromissos oficiais. Na quarta-feira, manteve-se reservada na residência oficial antes de
viajar a Salvador, onde se encontrou com o ex-presidente Lula em um
evento do PT. Fonte: Folha.
Ontem, ela tinha previsão de receber a bancada do PT do Senado no
Palácio do Planalto, mas cancelou a audiência no início da tarde. A ideia da equipe da presidente é que ela se poupe para ir no próximo
domingo ao Rio de Janeiro, onde comparecerá à última missa do papa
Francisco no Brasil. Fonte: Folha.
Comentário.
A fragilidade da saúde da presidente Dilma nos preocupa muito. É a segunda recaída neste ano. A presidente Dilma, praticamente não deu expediente no Palácio do Planalto nessa semana, conforme notícias. O quadro da economia do País requer atenção especial, o momento, no meu entendimento, é crítico. Precisamos da presidente exercendo suas funções em plenitude.
As contas externas do Brasil está numa situação preocupante. O dólar está sendo contido à custa de intervenções sistemáticas do Banco Central do Brasil, há mais de 1 mês. O quadro da economia mundial requer atenção, apesar do bom desempenho dos EEUU e do Japão. A China, o nosso principal parceiro comercial, está com economia em ligeira desaceleração. O déficit, tanto em Balança Comercial como no Balança de Conta Corrente estão deficitários. Qualquer bobeada, o dólar pode disparar.
A inflação está sendo contido à custa de aumento de taxa Selic, o que é um equívoco. O mês de julho foi favorecido pela redução de tarifa de transporte coletivo nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o que ajudou puxar inflação para patamar de quase estabilidade. No entanto, no mês de agosto não tem setores com deflação para compensar a alta da inflação. Quais novas medidas serão tomadas até o final do ano?
Ainda, no segundo semestre os reajustes de combustíveis deverão ser considerados, sob pena de colocar Petrobras numa situação de compasso de espera, adiando o Plano de Investimento da Companhia programado para o período entre 2013/2017, além de deteriorar a saúde financeira da estatal. Como Dilma vai contornar esta situação, não sabemos, ainda.
Todos os fatores, de antemão, dão para serem considerados como problemas difíceis de serem resolvidos. Além de tudo o mês de agosto, poderá ser marcado com novas manifestações nas ruas. Isto vai ser mais uma dor de cabeça para presidente Dilma. A popularidade da Dilma vem despencando. Esperemos que o quadro não chegue ao da ingovernabilidade. Esperamos que Dilma, saiba sair-se da situação.
O sistema de governo do País é presidencialista, isto dá pouca margem para o mandatário, titubear-se. Sobretudo, no olho do furacão da crise política/econômica, exige-se muito da disposição e saúde da presidente da República. Dilma terá que encarar a realidade e enfrentar a crise com o todo vigor mental e físico, de frente. O País, na situação que se encontra, não se permite medidas de adiamento de soluções, para inúmeras demandas reclamadas nas manifestações das ruas.
Desejo, sinceramente, que a presidente Dilma melhore de saúde e retome tão logo a atividade da presidência, na sua plenitude. O povo brasileiro tem pressa em ver as suas demandas serem atendidas.
Ossami Sakamori
e-mail: sakamori10@gmail.com
4 comentários:
É assim, caiu no PT, fica na "capa do Batman", é a maldição do PT. Dilma está mal de saúde? Tudo bem, ela se trata no Sírio e Libanês, com nosso dinheiro e faz companhia ao José genuíno...
A saúde do Brasil é o que me preocupa. O recuo da China foi também uma das responsáveis pela bancarrota das empresas de fachada do Eike Batista. A Petrobrás, a inflação, os juros, o aumento do desemprego... é muita coisa pra Dilma, ela não vai aguentar o tranco.
No Rio de Janeiro, o tambor de ressonância do Brasil, os protestos não param, ao contrário do resto do Brasil, que, agora, está calado. Mas o barulho vai voltar para o Brasil todo.
Com saúde ou não Dilma terá de enfrentar as manifestações num país doente.
Que diferença faz ela estar ou não trabalhando? Desde quando ela tem capacidade para enfrentar os problemas apontados?
O "poste" revela toda a sua incapacidade para administrar esse país. Acho que Dilma está sendo "fritada" por Lula. Na verdade, ela teria apenas um mandato tampão para a volta triunfal do cacique Lula. Acontece que ela foi longe demais na popularidade. A partir de agora o malfadado "volta Lula" retorna com toda a força.
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