Está em risco o desfazimento da fusão entre a companhia Oi e a operadora portuguesa Portugal Telecom. Amanhã é dia D para definição do futuro do grupo Oi/Portugal Telecom. Está marcada Assembléia Geral do grupo controlador da Portugal Telecom a PT SGPS para a venda dos ativos da operadora de telefonia para a empresa francesa Altice.
O caso está sendo visto com olhar de lupa pela CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Portugal, sobretudo em função da estranha simbiose entre o grupo Portugal Telecom e o recém liquidado Banco Espírito Santo pelo Banco Central português, o Banco de Portugal.
A operadora Oi brasileira depende muito da venda dos ativos da Portugal Telecom para a própria sobrevivência. A Oi brasileira, pós fusão, depende da venda dos ativos da Portugal Telecom para a operadora francesa Altice para aliviar os seus passivos, sobretudo em $ dólares americanos e participar do "pool" de empresas para compra dos ativos da TIM a ser fatiada.
Para entender a gravidade do assunto que será tratado na Assembléia de acionistas do Portugal Telecom, primeiro pela proposta de venda da operadora portuguesa ao grupo Altice representa $ 7,4 bilhões de euros ou equivalente a R$ 22,3 bilhões, na cotação de ontem. Observando que a falida Banco Espírito Santo tem 2% de participação nos ativos do Portugal Telecom. E sobretudo, lembrando que há possibilidade de postergar a decisão sobre a venda ou ainda PT SGPS resolver reverter a fusão Oi/Portugal Telecom. Tudo pode acontecer na Assembléia de amanhã.
A entrada de dinheiro na Oi é crucial para aliviar o seu endividamento que representava no balança trimestral de 2014, em 46,2 bilhões com prazo médio de vencimento para 4,3 anos. Não inclui nesta dívida, os empréstimos tomados junto ao BNDES pelos controladores Jereissati e Andrade Gutierrez na privatização e na capitalização das companhias que deu origem ao grupo Oi. A companhia é altamente endividada e os controladores em relação à operação Oi, também.
A Oi precisa urgente desse dinheiro da venda de ativos da Portugal Telecom para continuar no mercado comprando parte do ativo da TIM na área de telefonia 4G. Se a Oi não comprar parte dos ativos da TIM no que se refere à concessão da telefonia 4G, na minha opinião, pode fechar as portas poque estará fora do mercado nos próximos 2 anos.
A Oi neste momento, necessita urgentemente de fazer caixa com a venda dos ativos da Portugal Telecom sob pena de entrar em processo de degradação financeira. Se a Assembléia de acionistas, amanhã, resolver vetar a venda da operadora para Altice e de quebra votar pelo desfazimento da fusão com a brasileira Oi, a operadora brasileira poderá figurar como mais uma empresa que irá ao pronto socorro do BNDES, seguindo a mesma trilha das empresas OGX e do JBS/Friboi.
Ossami Sakamori
10 comentários:
Vamos aguardar, mas o BNDES não é para projetos de investimento?
Seria,mas,como é sobejamente sabido é usado para financiar portos e empreendimentos,dentro e fora do Brasil,para atender interesses dos amigos da(o)rainha(rei).
Empresas e governos conseguem fazer caixa muito, muito mais facilmente que as pessoas...e lá vamos nós cobrir mais um rombo.
Oi não fechará as portas...
Se não vender os ativos, ela que será fatiada e absorvida pelas outras operadoras. O que não é bem fechar as portas, mas pode ser chamado assim.
Abraços.
Mais outro elefante branco a ser pago com nossos impostos.
Sakamori:
Não é esse "imblóglio" que envolve o episódio daquela mala de dinheiro da amiga do ladrãozão?
Estou em dúvida...
Tudo faz lembrar essa lambança.
Tem cheiro,cor e textura...
Tem, tem sim,mais uma vez tem cheiro a merda.
Tenho a impressão que alguma coisa vai mudar de nome. Abraços Saka
Senhor Ossami
Existe um pequeno erro no seu artigo, quando escreve:
"Se ex-presidente daquele país Cavaco e Silva foi preso..."
Foi não. Ele è o atual presidente de Portugal. Quem foi preso e continua sem direito a liberdade condicional, è o ex-primeiro ministro socialista (PS - Partido Socialista) José Socrates.
Respeitosamente
anônimo
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