domingo, 25 de janeiro de 2015

Dilma leva o Brasil para o buraco!


A grande mídia noticia com destaque o saldo recorde negativo da balança de conta corrente do ano passado, mas não explica os motivos que levaram a isto e nem como são cobertos este déficit. A grande mídia que é formadora de opinião pública, não comenta, fica apenas na divulgação de números frios.

Sinto na obrigação de apresentar meu comentário sobre o tema, já que a grande mídia não o faz. 

A balança de conta corrente fechou o ano de 2014 com déficit de US$ 90,9 bilhões, o maior desde 1947, quando iniciou a série histórica. O fato por si só, já atesta a gravidade do resultado. O mais crítico é que a balança de conta corrente foi agravado com o déficit da balança comercial que foi de US$ 3,9 bilhões. Explico, tradicionalmente, o déficit da balança de conta corrente é sempre amenizado com o resultado positivo da balança comercial.

Vamos explicar o que é a balança de conta corrente, grosso modo, para os leigos. A balança de conta corrente é resultado do total de receitas do País menos o total de despesas em relação ao exterior. Engloba nesta conta o total de exportação e o total de importação de produtos. Além do comércio exterior, entra na balança de conta corrente, o pagamento de juros da dívida externa, os serviços de seguros e fretes, pagamento de royalties, assistência técnica e outros. Entra na balança de conta corrente, os gastos em turismo de brasileiro no exterior e ingresso de dólares de turistas estrangeiros.

Falando português claro, o Brasil gastou em 2014, além do que produziu a marca histórica de US$ 90,9 bilhões. O País gastou mais do que tem capacidade de produção. É triste ver país emergente como o Brasil produzir déficit na balança de conta corrente. Isto é marca de um país atrasado, que tem necessidade de comprar produtos às tecnologias. Isto contrasta com a propaganda do governo de país bombando.

Agora, vou explicar como o País tapa o buraco do déficit da balança de conta corrente para equilibrar a balança de pagamentos (conta corrente). 

O déficit da balança de conta corrente de 2014 foi coberto com o dinheiro do investimento estrangeiro direto (IED) de multinacionais, nos setores industriais, comerciais e serviços do Brasil, num montante de US$ 62,4 bilhões. Este montante de investimento, o direto, vem perdendo força nos últimos anos, devido a falta de credibilidade do governo Dilma. A administração irresponsável da Dilma se faz notar entre os investidores estrangeiros para arrefecer os ânimos em relação ao Brasil.

O problema brasileiro, hoje, está evidente nos resultados da balança comercial. O Brasil não consegue gerar superávit na balança comercial e aliviar o déficit da balança de conta corrente, porque o dólar é artificialmente desvalorizado para produzir a "sensação de bem estar" e a sensação de "poder de compra" da população como parte da estratégia de permanência no poder, com os votos dos menos favorecidos. É como dar o estimulante Red Bull ao povo, permanentemente, para garantir os votos necessários para ganhar eleições.

A diferença entre o déficit da balança de conta corrente e o investimento estrangeiro direto (IED), de US$ 28,5 bilhões, foi coberto pela atração de capital especulativo estrangeiro, isto é dinheiro dos agiotas internacionais. O governo poderia optar em gastar parte da reserva cambial brasileira para pagar a diferença, mas não o fez, porque tem medo de rebaixamento da classificação de riscos.  Dilma prefere pagar muito bem os juros para os banqueiros e  agiotas internacionais. 

Assim, pagamos os juros reais mais alto do mundo junto com a Turquia.  A taxa Selic alta não tem função de segurar a inflação, como diz o governo Dilma, mas tem o único fim de financiar a "dívida interna bruta" do País, de cerca de R$ 3 trilhões. Eu disse, dívida interna bruta, para não confundir com a "dívida interna líquida" que é de pouco acima de R$ 2,2 trilhões. 

Vocês podem ir tirando cavalo da chuva, que o ministro Joaquim Levy não vai resolver problemas estruturais do País. Levy não tem poder para traçar política econômica de crescimento sustentável do Brasil. Ele foi contratado para tomar conta da tesouraria, do caixa do Brasil. Isto pode o Levy fazer muito bem, porque trabalhava no Bradesco, mas não tem o conhecimento do Armínio Fraga para traçar a política econômica visando o crescimento sustentável. 

É uma pena que a imprensa não explica isto tudo. A grande mídia brasileira, acompanha e divulga apenas o release distribuído pelo Palácio do Planalto, à frente a Rede Globo.  

Ossami Sakamori


3 comentários:

Anônimo disse...

Sr.Sakamori,

Levantar-se às 6 horas da manhã,no domingo,quando a esmagadora maioria dos brasileiros dorme,para trazer um comentário de tão profundo significado,aliás,como são todos os seus dados à nós passados,merece o mais profundo respeito e agradecimento de todos nós,que,reféns desse governo maquiador de fatos e dados,só sabemos o que a mídia comprada quer que saibamos.Muito,mas muito obrigado por nos dar uma janela para podermos enxergar um pouco dessa triste e difícil realidade.Que será desse país,com tanta gente sem comprometimento com seu povo?
Mestre,que Deus sempre o ilumine e guarde.Saúde e paz.

Anônimo disse...

Li que o Levy está maravilhado com seu cargo de ministro da fazenda. Logo nem está aí para resolver os problemas, esse problema é com bulgara e como esta louca, essa psicopata nada sabe de política econômica, estamos simplesmente nos afundando de um modo irrecuperável já que o nosso déficit de US$ 90,9 bilhões, o maior desde 1947, se torna incompatível com a qualidade da nossa política econômica.

David disse...

Cadê meu comentário? Contra a Rede Globo não pode?