sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Brasil deve US$ 263 BI em títulos atrelados ao dólar.


O Tesouro Nacional divulgou ontem o montante da dívida interna líquida do mês de agosto. A dívida interna líquida encolheu, ligeiramente, para R$ 2,17 trilhões. O que chama atenção, é o aumento da participação do capital estrangeiro que representava 18,5% para 18,8%.

O número passa batido entre os analistas econômicos. Mas, o artifício usado para atrair participação do capital estrangeiro oferecendo taxa Selic alto, esconde a realidade dos fatos.  O fato é que o Tesouro Nacional tem uma dívida de 18,8% do total da dívida interna líquida para com o capital especulativo estrangeiro que a qualquer momento pode dar revoada para países de origem.

Eu já comentei aqui, há poucos dias, de que o Banco Central do Brasil tem estoque de swap cambial tradicional no montante de equivalente a US$ 96 bilhões. Este montante da dívida do Banco Central não entra no cômputo da dívida interna líquida do Tesouro Nacional. Mas esta emissão de dólar "fake" é uma anomalia quando se torna como política permanente do Banco Central. 

O montante da dívida interna líquida do Tesouro Nacional devido ao capital especulativo estrangeiro em dólares equivalente é de US$ 167 bilhões, calculado com a cotação de do dia de ontem de R$ 2,43. As dívidas do Tesouro Nacional em reais, na revoada para país de origem é comprado em dólar, por isso, minha consideração do estoque da dívida interna devido ao estrangeiro em equivalente em dólares. 

Somado a dívida do Tesouro Nacional mais a dívida do Banco Central em swap cambial tradicional representa total US$ 263 bilhões financiado em dólares equivalentes. Tanto os títulos do Tesouro Nacional quanto o do Banco Central, mesmo os títulos de longo prazo, o próprio Tesouro Nacional e o BC dá liquidez imediato para poder atrair o capital estrangeiro especulativo. Portanto, o estoque das dívidas atrelados ao dólar é de no mínimo preocupante. 

A reserva cambial ontem estava em US$ 367 bilhões, o que dá uma certa garantia de liquidez ao capital estrangeiro especulativo. No entanto, o Banco Central do Brasil, na sua administração do dólar, que em tese é flutuante, faz intervenções firmes mantendo a taxa Selic em 11% e lançando mão de expediente não tão ortodoxo vendendo no mercado títulos swap cambial com garantia de remuneração baseado na variação do dólar. Isto tem custo adicional enorme ao País. Enfim, esta conta vem para nós, contribuintes. 

É verdade que o governo Lula pagou a dívida brasileira com o FMI no montante de US$ 16 bilhões, mas é verdade também que o governo Dilma tem compromisso com os especuladores estrangeiros e nacionais em US$ 263 bilhões, no valor de ontem. 

Podemos dizer que o Brasil mantém represado este volume monstruoso de dólares tão somente para "engessar" o dólar, com intuito de segurar a inflação. Esta política econômica equivocada do governo Dilma que venho combatendo desde inauguração deste blog em 15 de fevereiro de 2012. Quando abrir a represa, um dia inexoravelmente ocorrerá, haverá explosão de cotação do dólar. Vai acabar a festa do dólar barato promovido pelo Lula e Dilma, tão somente para dar sensação do "poder de compra" aos brasileiros. 

Resumindo, o governo Dilma tem dívida em dólares de US$ 263 bilhões, maior parte para capital especulativo estrangeiro.

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


Um comentário:

Anônimo disse...

A compras da refinaria de Pasadena pela Petrobras, superfaturada em mais de um milhão de dólares)stá sendo apelidada de Refinaria PASSADILMA.