terça-feira, 26 de agosto de 2014

Economia BR. A coisa tá feia!

Supermercado: Corredores vazios

Enquanto o foco das discussões está em eleições presidenciais devido a proximidade do evento, dentro de 40 dias, a atividade econômica está em compasso de espera. O Brasil parou parando. O quadro está com tendência de estabilidade para pior.  

O boletim Focus do Banco Central aponta o crescimento do PIB para 2014 em 0,7%. O orçamento da União elaborado em junho do ano passado previa crescimento do PIB de 2014 em 4,5%.  A tendência do PIB, apesar de segundo semestre tradicionalmente apresentar crescimento, a previsão é de estabilidade em torno do número apresentado pelo Banco Central.

Páteo das montadoras cheio

O índice oficial de inflação, o IPCA, continua no patamar do "teto" da meta de 6,5%.  Parece, se não houver reajustes de gasolina no período, a inflação permanecer dentro do índice apresentado.  Lembrando que inflação de 6,5% para crescimento do PIB de 0,7% é muito alta. O País não se sustenta assim. O real está desvalorizando mais a cada dia que passa.

No mesmo sentido, o Banco Central, tenta segurar a cotação do dólar no patamar entre R$ 2,20 e R$ 2,30. Justifica-se, porque o dólar é um componente que poderá influir decisivamente na inflação.  O Banco Central continua com a política equivocada da Dilma de valorização do real ou desvalorização do dólar.  Isto tem preço a pagar, nos próximos meses. 

Dólar desvalorizado

O Brasil está numa armadilha. O "erro sistêmico" da política econômica (sic) da Dilma, precisa urgentemente de ajustes à realidade. O câmbio precisa de ajustes para estimular as exportações e diminuir a dependência das importações. Os preços administrados, sobretudo das tarifas de energia elétrica e de combustíveis terão que encontrar patamar de equilíbrio sob pena de colocar as empresas como Eletrobras e Petrobras em risco.

Diante da queda de crescimento do PIB abaixo daquele previsto no Orçamento Geral da União, a situação fiscal está cada vez mais apertada.  O Tesouro vai sobrevivendo com recebimento de dividendos antecipado de estatais e de leilões, sendo a última deste ano, o Leilão do espectro 4G da telefonia móvel. Arno Augustin, secretário da política econômica, terá que fazer muitas gambiarras para fechar a conta do final do ano. 

O resultado de tudo isto, que a criação de emprego está muito abaixo da série histórica dos últimos anos. O índice de desemprego continua estável, porque a população economicamente ativa deixou de procurar emprego.  

Criação de emprego em queda

O número de inadimplentes da população endividada cresceu num patamar nunca antes alcançada. Segundo o número de julho, são 57 milhões de pessoas com inadimplência nos créditos. É um número assustador. Onde vamos parar, não sabemos. 

Esta situação reflete no ânimo da população. O reflexo da população vai influir no resultado das eleições. Certamente, na hora da decisão, a população vai apostar na alternativa mais viável do crescimento sustentável para o País. O povo quer mudança.  O povo quer proposta de mudança na política econômica.

Pesquisa: Dilma em queda livre!

Na Dilma presidente, o povo não votará!  

Ossami Sakamori

Um comentário:

rosaalegre0@gmail.com disse...

Acho seus comentários muito pertinentes. O diabo é que existe uma grande parte de aposentados que acham que devem pensar num governo em relação apenas ao que decide sobre nossos problemas particulares, sem pensar no todo. Não é apenas o fator previdenciário mas a inflação que nos aflige. Não é apenas o fato de não podermos decidir sobre o nosso fundo de pensão mas também as leisinhas oportunistas que nos impedem de adquirir plenamente os nossos direitos. Esta eleição vem a calhar para que possamos por para fora esta camarinha sindicalista sem vergonha que se apossou do país e não apenas de nosso fundo de pensão. Temos que pensar no todo. E votar todos juntos contra isso que aí está. Sem esquecer que Marina é petista de carteirinha.