sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Dilma usa Pedrinhas para vender sua "boa imagem".

Folha, ontem.  Na última vez em que esteve com o filho, há sete meses, o vendedor de frutas Domingos Pereira Coelho, 58, ouviu a promessa: "Boa noite, pai, amanhã eu volto".  O reencontro entre pai e filho só aconteceu em dezembro. Dyego jazia na mesa do IML (Instituto Médico Legal) de São Luís, capital do Maranhão. A cabeça estava separada do corpo. 

Comentário.

Este é o retrato fiel dos últimos acontecimentos no presídio de Pedrinhas em São Luis, Maranhão.  Não sou repórter, nem jornalista, por isso não ia comentar sobre o tema, tão nefasto, tão vergonhoso para brasileiro e para a própria humanidade.  Mas, cá estou a comentar rapidamente, até porque a área judicial não é minha praia.  Sou um reles engenheiro.

De pedacinho de notícias, em notícias, fui me apercebendo de pelo menos algumas situações que passo a comentar.

A primeira observação é de que no presídio de Pedrinhas, estado de Maranhão, governado pelo clã Sarney, somente no ano de 2013, houve 60 assassinatos dentro do presídio.  Parece que o número de homicídios praticados, debaixo do nariz, dos que tem obrigação de dar pelo menos condição mínima de segurança, não é regra naquelas paradas.

Segundo comentário é que enquanto a governadora Roseana Sarney reclama da falta de recursos para manter o presídio, tanto quanto em outros estados, ela é capaz de fazer licitações de compra de bebidas de poderosos e iguarias de gente da nobreza.  Pode ser, pode assim pensar os clãs Sarney.  Pode sim, assim pensar, os Sarneys, que tem um patrimônio invejável em Maranhão, incluído retransmissora da Rede Globo, a TV Mirante.  

A terceira constatação é aquilo que já comentei aqui neste blog.  No Brasil a justiça é feito para os ladrões de galinhas.  Não só em Pedrinhas, Maranhão, os presos comuns, são tratados como lixo humano, neste Brasil.  Dizem que as cadeias foram feitos para "re-socialização". Como? Re-socialização?  Será que a idade não me permite entender o significado exato das palavras?

Uma outra observação que choca são tratamento diferenciado aos condenados do Maranhão e os condenados do mensalão em Brasília.  Enquanto os de lá, vivem situações sub-humanas, situações de degradação humana, os de cá, os da Penitenciária da Papuda, tem tratamento "vip".  Os de lá são decapitados, os de cá, tem até regime prisional diferenciado, isto é, cumprir pena na residência de familiar.  Pergunto, os de lá são "bichos" e os de cá são "nobres"?  

O último comentário é que, houve intervenção do governo federal, prometendo mundos e fundos, como se à partir de amanhã, o sistema prisional, pelo menos de Maranhão estaria resolvido.  Houve distribuição de fotos e vídeos, dando destaque à ministra Maria do Rosário, dando de dedo em mais de 20 assessores, prometendo providências.  Em entrevista, no primeiro plano, o ministro José Eduardo Cardozo da Justiça, anunciou que à partir de amanhã, vai haver parceria entre Maranhão e o governo federal, para dar solução ao caso.  Foi assim, o último capítulo desta nefasta notícia.

Chega! Leia de novo, o primeiro parágrafo escrito pela Folha e indigne-se!  Indigne-se do "establishment" que se estabeleceu no País.  Sai governo, entra governo, seja de que partido for, sempre é mesma história, a mesma desculpa.  Pior, aproveitam da tragédia para vender a imagem da presidente da República que atua ou que faz.  Comigo, esta tentativa de distinguir o bem e do mal, não cola!  São todos farinha do mesmo saco!  Utilizam-se da tragédia humana como produtos de marketing.  Chega!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


Um comentário:

Anônimo disse...

Já leu esta nobre Ossami?
http://istoe.com.br/reportagens/paginar/342813_O+CONFISCO+SECRETO+DA+CAIXA/10