Há cerca de 3 anos atrás, escrevi um texto sobre a política brasileira e minha amiga Renata Ramiro produziu vídeo com a competência de sempre, produziu vídeo com o título: "Dignidade Já!", postado no site YouTube. Na mesma linha de pensamento, escrevo esta com pesar na alma.
Que País é este?
Que País é este que a Câmara dos Deputados tem bancada dos presidiários da Penitenciária de Papuda?
Que País é este que os condenados pelos crimes comuns de roubo de dinheiro público e de operações bancárias fraudulentas, são ovacionados como presos políticos?
Que País é este que a presidente da República, no seu programa de rádio, manda recado para o preso na Penitenciária de Papuda?
Que País é este que o extraditado pelo STF ganha identidade de residente, sendo tratado como se o extraditando, assassino na pátria de origem, merecesse o tratamento digno?
Que País é este que o presidiário exerce função relevante na iniciativa privada, para continuar com a sua atividade de lobista?
Que País é este que os processos de investigação sobre superfaturamento das obras, são arquivados?
Que País é este que o estelionatário que causou rombo de R$ bilhões ao banco de fomento federal, é tratado apenas como empresário mal sucedido?
Que País é este se gasta R$ bilhões na realização de Copa de Mundo, mas morrem doentes nos corredores de hospitais.
Que País é este que se aplica 5 vezes mais em universidades do que em ensino fundamental?
Que País é este que gasta-se mais do que arrecada?
Que País é este que continuamos, em pleno século XXI, exportando commodities para poder importar os manufaturados?
Que País é este que a inflação oficial é diferente da inflação do bolso de cada cidadão brasileiro?
Que País é este que a indolência é priorizada antes da meritocracia?
Que País é este que os políticos priorizam o bolso próprio do que as prioridades para a população?
O Brasil tem solução! Brasil é País do presente! Brasil é potência mundial. Basta dar solução às perguntas feitas, aqui.
Vamos apostar no Brasil, com dignidade, vamos?
Ossami Sakamori
5 comentários:
Não gosto de falar sobre o que eu sinto sobre o Brasil porque posso despejar o meu pote, prá lá de cheio, de mágoas... Não quero virar um muro de lamentações ambulante falando daquilo que me incomoda e é óbvio: a desigualdade... Esta semana assisti, na Globo News, a um debate, mediado por William Waack, em que os participantes disseram que o Brasil perdeu para a China, Índia e Rússia o papel de protagonista na política e na economia mundiais. Hoje, o Brasil optou por ser uma espécie de mediador diplomático dos BRICs, o que é uma bobagem, já que o país não tem e nem terá uma cadeira permanente da ONU. O Brasil se contenta em ser o primo pobre dos três países já citados e o primo rico de países menos cotados, como México, África do Sul, Turquia, Indonésia e Argentina.
China, Índia e Rússia já são vistos como grandes potências pelos países hegemônicos enquanto o Brasil parou no início do caminho, propositalmente. Insisto em dizer que o papel político do Brasil no mundo é programático. Somos assim por opção. Não somos débeis mentais, subraça ou qualquer coisa do tipo, nosso papel político, menor, no contexto mundial, é uma escolha. O Brasil nada mais é do que um arlequim da diplomacia mundial, vive de aparências.
Já foi tempo em que achei que o Brasil seria uma nova China, não será, disso, tenho certeza, tenho de olhar o Brasil e sua sociedade com os pés no chão. O Brasil é um país periférico, cosmopolita, que se restringe a uma cidade rica, contraditória, que é São Paulo, e a uma vitrine charmosa, ainda sedutora, que é o Rio de Janeiro, e só isso. O Brasil se contenta em ter apenas duas cidades importantes - e o "resto" dos estados servem apenas como reservas eleitorais - esta é que é a verdade, infelizmente. Nossa diplomacia e importância política, cultural e econômica se restringem, repito, a Rio e São Paulo - Brasília tem dinheiro, público, mas só isso.
Que país é este, Sakamori? Bem, o Brasil é um país com apenas duas capitais: o cérebro, São Paulo e o rosto/traseiro, lindo, Rio de Janeiro. E onde fica o coração? Acho que o Brasil não tem coração... Só isso.
Que País É Esse?
Legião Urbana
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na baixada fluminense
Mato grosso, Minas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte o meu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis e documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
O Meu País
João de Almeida Neto
Um país que crianças elimina;
E não ouve o clamor dos esquecidos;
Onde nunca os humildes são ouvidos;
E uma elite sem Deus é que domina;
Que permite um estupro em cada esquina;
E a certeza da dúvida infeliz;
Onde quem tem razão passa a servis;
E maltratam o negro e a mulher;
Pode ser o país de quem quiser;
Mas não é, com certeza, o meu país.
Um país onde as leis são descartáveis;
Por ausência de códigos corretos;
Com noventa milhões de analfabetos;
E multidão maior de miseráveis;
Um país onde os homens confiáveis não têm voz,
Não têm vez,
Nem diretriz;
Mas corruptos têm voz,
Têm vez,
Têm bis,
E o respaldo de um estímulo incomum;
Pode ser o país de qualquer um;
Mas não é, com certeza, o meu país.
Um país que os seus índios discrimina;
E a Ciência e a Arte não respeita;
Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;
Um país onde a Escola não ensina;
E o Hospital não dispõe de Raios X;
Onde o povo da vila só é feliz;
Quando tem água de chuva e luz de sol;
Pode ser o país do futebol;
Mas não é, com certeza, o meu país!
Um país que é doente;
Não se cura;
Quer ficar sempre no terceiro mundo;
Que do poço fatal chegou ao fundo;
Sem saber emergir da noite escura;
Um país que perdeu a compostura;
Atendendo a políticos sutis;
Que dividem o Brasil em mil brasis;
Para melhor assaltar, de ponta a ponta;
Pode ser um país de faz de conta;
Mas não é, com certeza, o meu país!
Um país que perdeu a identidade;
Sepultou o idioma Português;
Aprendeu a falar pornô e Inglês;
Aderindo à global vulgaridade;
Um país que não tem capacidade;
De saber o que pensa e o que diz;
E não sabe curar a cicatriz;
Desse povo tão bom que vive mal;
Pode ser o país do carnaval;
Mas não é, com certeza, o meu país!
"Impossível governar com este Congresso. É mister que ele desapareça para a felicidade do Brasil."
- Deodoro da Fonseca'Palavras de Deodoro, justificando a tentativa de dissolução do Congresso Nacional, em novembro de 1891.
"República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. O único sustentáculo do Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela"
- Deodoro da Fonseca Trecho de uma carta de Deodoro para um sobrinho, escrita no dia 13 de setembro de 1889
No Brasil há excesso de vírgula. Antes pecar pela falta do que pelo exagero.
- Nélida Piñon
"Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita"
- Tim Maia
"Vamos dar um não à desordem, à bagunça, à baderna, à bandeira vermelha. Vamos dar um sim à bandeira do Brasil, verde, amarela, azul e branca."
- Fernando Collor de Mello Referindo-se a Lula, no último debate dos presidenciáveis antes do segundo turno, em 14 de dezembro de 1989.
"Futebol não se aprende na escola! Por isso o Brasil é pentacampeão!"
- Gabriel o Pensador'
"Infelizmente o livro não resolve, o Brasil só me respeita com um revólver."
- Carlos Eduardo Taddeo também conhecido como Eduardo. Compositor e intérprete no grupo de Rap Facção CentralNa música Isso Aqui é uma Guerra, gerou a prisão dos cantores pelo conteúdo da letra por apologia ao crime.
"Novo porque surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiça, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada pela redefinição de traços culturais delas oriundos. Também novo porque se vê a si mesmo e é visto como uma gente nova, um novo gênero humano diferente de quantos existam. Povo novo ainda, porque é um novo modelo de estruturação societária, que inaugura uma forma singular de organização sócio-econômico, fundada num tipo renovado de escravismo e numa servidão continuada ao mercado mundial. Novo, inclusive, pela inverossímil alegria e espantosa vontade de felicidade, num povo tão sacrificado, que alenta e comove a todos os brasileiros." (1996, p. 19)
"A urbanização, apesar de criar muitos modos citadinos de ser, contribuiu para ainda mais uniformizar os brasileiros no plano cultural, sem, contudo, borrar suas diferenças. A industrialização, enquanto gênero de vida que cria suas próprias paisagens humanas, plasmou ilhas fabris em suas regiões. As novas formas de comunicação de massa estão funcionando ativamente como difusoras e uniformizadoras de novas formas e estilos culturais." (1996, p. 21)
"A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela é que encandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, seviciar e machucar o pobres que lhes caem às mãos."
Só existe uma saída pacifica para toda esta situação. NINGUÉM COMPARECE PARA VOTAR EM 2014. Isto vai deixar os governantes loucos. O POVO do lado de fora das zonas eleitorais pedindo o fim de toda esta palhaçada que virou o Brasil. Sei que é utópico mas.....o que custa sonhar.
Abs.
Robertho Camillo
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