quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Brasil da Dilma é pato manco de duas pernas!

Folha . A economia brasileira está andando com "duas pernas mancas", segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda). Para ele, a fraqueza vem dos efeitos da crise internacional e da falta de crédito para bancar o consumo. 

Comentário.

Até que enfim o ministro Guido Mantega reconhece que o Brasil está com problema.  Não só um problema, mas dois.  Definitivamente, o Brasil da bola de vez positivo, virou bola da vez, negativamente.  Como pato manco.

Ele, certamente, se referia ao reflexo do crescimento econômico positivo dos EEUU demonstrados nos últimos meses, quando se referia a crise internacional.  Todos os números indicam que a crise financeira internacional de 2008, já está saindo do fundo do poço.  Assim, inicia a revoada dos dólares na direção dos países com indicação de crescimento sustentável, como os EEUU.  

Explico.  Na falta de opção mais rentável, o capital financeiro internacional procurava países emergentes como o Brasil, mesmo correndo risco maior, atrás de rentabilidade maior.  O Brasil foi favorecido dentro deste quadro econômico mundial, de antes.

Com a demonstração de crescimento sustentável dos EEUU demonstrado pelo índice de crescimento, anualizado, do mês de novembro em 3,5% ao ano, o capital financeiro global está a procurar investimento no setor produtivo daquele país.  Ao contrário dos EEUU, o Brasil tem projeção de crescimento, revisado, de 2,3% no ano de 2013.  Adivinhem onde vão os investimentos estrangeiros produtivos?  Preciso responder?

Outro quadro dos EEUU, positivos para eles, traz reflexo negativo para o Brasil é a retirada do estímulo de crescimento, via injeção mensal de US$ 85 bilhões por mês.  Com retirada já anunciada, embora gradual, do estímulo ao crescimento da economia pelo FED (Banco Central Americano), o dólar vai apreciar ou valorizar.

A valorização do dólar significa desvalorização do real no Brasil.  Esta força que vem de fora do Brasil, isto é, saída da crise financeira internacional, tira o Brasil da situação de bola de vez positiva.  Com menos entrada de dólares no País, haverá tendência de valorização do dólar ou a mesma coisa que desvalorização do real.  

A Dilma autorizou Banco Central, a continuidade da emissão de títulos denominados de swap cambial tradicional, que nada mais é do que dólar fake, isto é, título que leva o nome de cambial, mas não é venda de dólares para entrega futura.  O governo até o final do ano de 2013 terá emitido título do Tesouro, equivalente a US$ 100 bilhões.  Dilma mandou sinalizar que o programa vai continuar no ano que vem, na tentativa desesperada de segurar o dólar no atual patamar.  Isto é uma forma de dolarização do País.  O próprio governo não confia  no real.

A Dilma, desde o início do seu governo, vem usando do artifício de manter real apreciado para dar "sensação de bem estar" (sic) ao povo.  A Dilma, vem utilizando o dólar depreciado como âncora para segurar a inflação, artificialmente,  O movimento de valorização do dólar, que vem de fora, romperá qualquer artifício que Dilma pretenda no sentido contrário.  Criou-se uma situação de paradoxo para o Brasil, devido à política faz de conta da Dilma.  O que é bom para os americanos é ruim para o brasileiro.  

Quanto à segunda perna do pato manco dito pelo ministro Mantega, sobre o crédito ao consumidor ou a falta de crédito para bancar o consumo (sic), a análise é muito simples.  O volume de crédito ao consumidor no País, chegou no incrível patamar de cerca de 60% do PIB.  Os bancos brasileiros estão mais seletivos na concessão de crédito para evitar a inadimplência generalizada e comprometer a saúde financeira deles próprios, os bancos.  Ademais, o governo pagando pelos seus títulos juros de 10% ao ano, com risco zero, as instituições financeiras redirecionam as suas aplicações ao títulos do Tesouro.  

Se o Brasil está andando com duas pernas mancas (sic), como disse o ministro Mantega, o Brasil não é mais o cisne do lago, mas apenas um pato manco.  Pior, pato manco de duas pernas!  Depois, vem me dizer que eu é que sou o pessimista ou que eu sou torcedor da teoria do caos.  Nesta avaliação, estou em concordância com o ministro Mantega, o Brasil é pato manco de duas pernas!

PS: Agradeço pelas manifestações recebidas, ontem, com referência à matéria anterior.   Continuamos na luta!

Ossami Sakamori


 

4 comentários:

Unknown disse...

- Professor Saka;entre o vôo de galinha da economia e agora a do Pato manco,dificil;pois o Pato é tudo mais ou menos:voa mal;corre mal,com uma perna manca pior ainda.Portanto quando estávamos com economia baseada na Galinha acho que era melhor,galinha voa melhor que o Pato manco e quando bota um ovo,faz um baita estardalhaço...Volta Dilma volta para a politica da galinha,a gente era feliz e não sabia!

Magalhães disse...

Ohayoo sen-sei.
O que acha deste conceito econômico? Teria a sua aprovação?
Um forte abraço mestre e amigo!

Incentivar o consumo ou a poupança para estimular o crescimento econômico?

Sabemos que uma das identidades básicas da economia é que a poupança deve igualar o investimento. Logo, se a intenção for investir 25% do PIB, é necessário que haja uma poupança também equivalente a 25% do PIB. Sabe-se também que a poupança total é a soma da poupança doméstica (poupança das famílias e do governo) com a poupança externa. Ocorre que a poupança doméstica brasileira tem se situado em torno dos 17% do PIB. Logo, seria necessário tomar emprestado uma poupança externa de uns 8% do PIB para sustentar investimentos de 25% do PIB.

Aí começa a dificuldade, pois a poupança externa corresponde ao saldo em transações correntes (TC) no balanço de pagamentos. Assim, mantidas as condições atuais, precisaríamos de um déficit em transações correntes equivalente a 8% do PIB para financiar o investimento. Ou seja, precisaremos ter um déficit nas transações com os outros países, o que exigiria a entrada de moeda estrangeira no país, decorrente de empréstimos e investimentos estrangeiros, para que tivéssemos divisas internacionais para cobrir o tal déficit em transações correntes (afinal, os parceiros externos não aceitam o Real como meio de pagamento, pois a nossa moeda não tem curso no mercado internacional).

Fonte: < http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/12/02/incentivar-o-consumo-ou-a-poupanca-para-estimular-o-crescimento-economico/ >

Magalhães disse...

Economista critica atração de capital especulativo. “O Brasil corre risco de ficar de fora das cadeias internacionais”

O futuro do Brasil na China - Desatracar do bolivarismo e do kirchnerismo faria bem ao Brasil.

É preciso abandonar o atual modelo fechado e medíocre o que faria bem ao Brasil.

< http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com/2013/12/economista-critica-atracao-de-capital.html …>

Magalhães disse...

China: a terceira via para o capitalismo.

Da receita de pudim de Lenine a China usa apenas o tocante a dinheiro só o $P e o M$, o fóssil fica para os bitolados que se conservam vivos pelos antigos e novos leninistas, através de doações, perdões de dívidas e empréstimos sem volta.
Na França, berço dos ideais da solidariedade políticos NÃO são iguais. Lá política é política e ideologia é ideologia!

Hollande convidou Sarkozy para ir em seu avião presidencial à cerimônia de enterro de Mandela e Sarkozy prontamente rejeitou o convite...
Disse-lhe que iria com seu grupo...

O povo é politizado, educado e sabe o que é o melhor, para cada momento da sua história!

Não existe saudosismo de nenhum deles embora 25% da população os admire!

No Brasil os políticos não se amam nem se odeiam buscam apenas os seus interesses em especial quando têm a oportunidade de conviverem muito bem dentro da Situação... Danem-se os que estão de fora da porteira fechada que não se vendem...!
Quando um Líder realmente ganha uma batalha ou uma guerra, jamais vira um herói para o mundo ! - São os que ficam com as riquezas que os fazem ser !...