segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Temer: a pinguela da desesperança!

Crédito da imagem: Estadão

Já estamos no final do ano. As reformas estruturantes almejadas pelo Michel Temer vai ficar para o próximo presidente. Não há tempo e nem clima política para aprovar qualquer Emenda Constitucional, que requer voto de maioria absoluta dos parlamentares. Com desgaste político decorrente das duas denúncias votadas na Câmara dos Deputados, presidente Temer não tem "cacife" para bancar qualquer reforma importante ainda na sua gestão. Brasil vai nos trancos e barrancos tocando a vida, com a tímida retomada de crescimento.

O último suspiro das reformas, a reforma tributária, será encaminhado pelo presidente Temer em forma de Medidas Provisórias para produzir efeito imediato. A mais importante dentre elas é o aumento do PIS/Cofins, de princípio, linearmente para todos os produtos e serviços. O governo Temer vai engordar a receita ou vai impor "aumento" de tributo para população em cerca de 1%. A segunda medida trata-se dos aumentos concedidos aos servidores, que de princípio iria entrar em vigor no ano que vem que vai ser postergado para o ano de 2019, aliviando os gastos de 2018.

Michel Temer vai deixar para o próximo presidente a difícil tarefa da "reforma da previdência". Presidente Temer vai entregar ao próximo presidente, os enormes "déficit primário" e o cavalar "déficit nominal". De positivo, Temer conseguiu aprovar tão somente a "reforma trabalhista". A Emenda Constitucional do "teto dos gastos" aprovada no final de 2016, é uma excrecência. Ao contrário do que se apregoa, a Emenda Constitucional do "teto dos gastos", simplesmente sepultou a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000. 

A tarefa do próximo presidente da República é construir plano para crescimento sustentável do País que tire o Brasil do "atraso" ou do "fosso" que se criou na gestão desastrada do governo Dilma/ Temer. Infelizmente, a "ponte da esperança" imaginado pelo presidente Temer terminará em "pinguela da desesperança" para o povo brasileiro. 

Faltando menos de um ano para eleições de 2018, a agenda econômica foi para o "espaço". D'agora em diante a agenda econômica será substituído pela agenda política. Ao povo só restou a tarefa de levar o Brasil aos trancos e barrancos.

Ossami Sakamori

2 comentários:

joao trindade disse...

Triste sina do povo brasileiro.
Se nada for feito, para ontem, teremos que aprender mandarim...

Oledir Silva disse...

Tudo graças ao Janot e a Globo que sabotaram as reformas, na tentativa de creditarem ao Temer o caos do país e não ao desgoverno do PT