Crédito de imagem: Folha
Deu na grande imprensa de que o presidente Michel Temer reuniu-se com as lideranças dos partidos para agendar as reformas estruturantes que ficaram para trás, em função das duas denúncias que teve origem no STF para serem autorizadas pela Câmara dos Deputados. Livrado das denúncias, passado mais de três longos meses de desgaste político, Temer tenta retomar a agenda positiva traçada no início do seu mandado em maio de 2016. No entanto, há consenso entre os parlamentares de que a principal reforma, a da previdência, não passará na Câmara dos Deputados, se colocada em pauta.
O presidente Temer se encontra praticamente no fim do mandato, faltando exatamente 11 meses para o primeiro turno das eleições presidenciais. O clima na Praça dos Três Poderes é de "fim de feira". Os parlamentares que querem se reeleger nas próximas eleições e os partidos políticos que querem lançar candidato à presidência da República não querem a imagem de "fim de feira" de um governo Temer colados nas suas imagens.
Pois, a reunião de ontem no Palácio do Planalto, segundo a imprensa noticiou, esteve ausente as lideranças de alguns partidos de sustentação do governo Temer, prestes aos "desembarques". O governo Temer, próximo do fim e início do período de definição, não tem mais sustentação. Os "desembarques" do governo diante da aprovação pífia pela população, menos de 3% de avaliação ótimo e bom, passa a ser para parlamentares e partidos políticos uma questão de sobrevivência.
Dentro deste quadro de "fim de feira", o ministro da Fazenda Henrique Meirelles prepara Medidas Provisórias, que entram em vigor imediatamente, uma pífia reforma tributária para tentar aliviar o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" deste e do próximo ano. Meirelles optou pelas Medidas Provisórias porque estas entram em vigor imediatamente. Ministro da Fazenda está "desesperado" em tentar fechar as contas dentro dos limites de um déficit primário de R$ 159 bilhões para este e para o próximo ano.
Michel Temer, à essa altura do calendário eleitoral, com baixa popularidade, será tratado como "xepa" do fim de feira pelos deputados e senadores. D'agora em diante, um parlamentar tirar fotos com presidente Temer é como tirar votos de seus eleitores. A vida é feito de idas e vinda, inclusive para um presidente da República. Temer é considerado "xepa" do fim de feira!
Ossami Sakamori
2 comentários:
Medidas Provisórias são aprovadas imediatmente e tem efeito imediato. As Medidas Provisórias teriam que ser editadas só em último caso porém, os Presidentes da República as usam indiscriminadamente e aí é que mora o perigo pois o que Michel Temer não consegue normalmente na Câmara dos Deputados, consegue editando Medidas Provisórias.
Ditador de republiqueta, onde acha Deus...
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