sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Amanhã será um dia diferente!


Curiosamente, no final de 1983, no dia 27 de novembro de 1983, ocorreu em frente ao Estadio do Pacaembu, na cidade de São Paulo, o movimento "Diretas já", a manifestação contou com apoio de diversos segmentos da classe econômica e política do País, incluído forças sindicais da época. A repressão contra o movimento pelo regime militar crescia comandada pelo então general presidente Figueiredo, que classificava o movimento como "subversivo". O crescimento do movimento coincidia com o agravamento da crise econômica, que o país atravessava.

No ano seguinte, precisamente no dia 25 de janeiro de 1984, mais de 1,5 milhão de pessoas se reuniram para declarar apoio ao movimento "Diretas Já". O ato foi liderado pelos políticos como Tancredo Neves, Franco Montoro, Mário Covas e Pedro Simon. A essa altura, o "regime militar" perdia prestígio junto à população e pelos militares de baixo escalão que estavam descontentes com os seus salários corroídos pela inflação.

Passado 34 anos dos primeiros eventos do "Diretas já!", curiosamente, uma grande massa de população pede a volta dos militares no poder, mediante frases de efeito como "intervenção militar constitucional". O quadro político, econômico e social do País é muito semelhante àquele vivido em 1983. Hoje, o Brasil convive com cerca de 40 milhões de desempregados e sub-empregados. Somado a isso, o Brasil convive com mais de 60 milhões de pessoas "negativadas" no comércio. Politicamente, o presidente Temer não foi diretamente eleito pela população. Nunca na história o povo brasileiro teve que "aturar" um presidente com 3% de aprovação entre ótimo e bom. 

Não creio que o "retrocesso" no quadro político seja a solução para a "grave" situação econômica que o País atravessa e nem tão pouco solução para "moralização" das instituições da República. Estamos na luta democrática para ver tornar a realidade: "Amanhã será um dia diferente!"

Os que pensam diferente poderão manifestar-se no quadro de comentários. Não há censura nos conteúdos. 

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


2 comentários:

Anônimo disse...

Acertadamente o Presidente Figueiredo advertiu que o povo sentiria saudade dos militares. Homem de extrema capacidade. Entretanto, experimenta dizer para a esquedopatia que o General foi mais capacitado do que o Apedeuta de 9 dedos?
Quem duvidar do quilate moral do General pesquise no google a última entrevista concedida por João Batista Figueiredo a Alexandre Garcia.
Outra coisa, apurem e divulguem o patrimônio dos Generais que presidiram o país, antes e depois do mandato.
Esses intelectualóides de porta de boteco, que são contra as reformas trabalhistas, são os primeiros a demitirem as empregadas domésticas quando essas conquistam FGTS, Licença-saúde e coisas afins. Repetem um mantra imbecil sem nunca terem lido Marx. Aliás, falar de leitura com sinicalista só se for a ata da assembleia da greve para continuar sem trabalhar que é só o que sabem fazer: nada

Anônimo disse...

SE QUEM PARTICIPOU DISSO EM 1983 ESTIVER SATISFEITO, MUDE-SE PARA A VENEZUELA