Crédito da imagem: Estadão
Estamos chegando ao final do ano e é natural que os agentes públicos e privados comecem a fazer projeções dos indicadores econômicos para o próximo ano. O mercado financeiro considera o ano de 2017, já ganho. O País está a respirar aliviado a saída da depressão após dois anos de sucessivas quedas do PIB. Fala-se em crescimento de 0,7% do PIB em 2017 e projeção de crescimento da economia para o ano de 2018 em 3,5% do PIB. Certamente, o Brasil experimentará expansão da economia no próximo ano.
O economista José Ronaldo de Souza Júnior, coordenador do IPEA, segundo Estadão, que os investimentos em máquinas e equipamentos está crescendo bastante e de forma consistente. Sua previsão, ainda segundo Estadão, de que a taxa de investimentos na economia no terceiro trimestre tenha crescido 1,6%. A indicação de investimentos no setor produtivo é o primeiro sinal de retomada do crescimento.
É crível o crescimento de 3,5% em 2018, dito pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles e aceito como consenso pelo mercado financeiro. O País está saindo de uma depressão que afundou o PIB em 7,5% nos últimos dois anos. Para retomar o PIB do nível de 2014 há um espaço perdido nos dois anos subsequentes. Só não chegaremos ao PIB de 2014, pelo alto número de desempregados e desalentados que juntos somam a marca de 40 milhões de trabalhadores. A criação de empregos para atender os contingentes de trabalhadores, novos e antigos não ocorrerá num "piscar de olhos". O Brasil é como carro velho, demora para pegar no tranco.
O governo Temer está no fim. O ano de 2018 será marcado de eleições para presidente da República e governadores dos estados, sem contar com as eleições de parlamentares na esfera federal e estaduais. Digamos que o País que estava andando de ré, experimentará a primeira marcha, mas vai andar com cuidao. Os investidores produtivos estão com dois pés atrás. Os investidores estão com dois olhos na eleição presidencial. Por enquanto estão torcendo nariz com os dois candidatos mais cotados.
De tudo isto, vamos apostar que o ano de 2018 deverá crescer os 3,5%, previsto pelo governo, pelos investidores institucionais e pelo mercado financeiro.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Professor, o mercado vive de expectativas. Penso que eleições de dois em dois anos atrapalham os INVESTIMENTOS. Penso ainda que essas eleições nos moldes brasileiros onde elegemos o LEGISLATIVO junto do EXECUTIVO tem sido a cerne de tanta suruba...
Toda vez que o carro velho chamado Brasil pega no tranco, vem um um morro para fazê-lo perder forças e morrer...
O país por ele mesmo consegue andar e até andar bem. O problema é que o Estado consegue estragar quase tudo em que põe a mão. Hoje precisamos de menos Estado e mais população e empresários corretos que realmente fazem este país andar.
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