sábado, 4 de julho de 2015

Agrava quadro de recessão e desemprego no País.



Segundo Anfavea - Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores, neste semestre, o pior desde 2007, a indústria automobilística brasileira vendeu 1,318 milhão de veículos novos, correspondente a 20,6% a menos em comparação ao de 2014. O mês de junho também registrou a queda de 19,4% em relação ao ano anterior, acompanhando tendência para esse semestre.

Na outra ponta a taxa de desemprego subiu no primeiro trimestre deste ano para 8%, segundo IBGE. O índice faz parte do da Pnad - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. A mesma pequisa aponta o número de pessoas ocupadas estimadas em 92,2 milhões, número 0,7% maior do que o ano anterior, devido ao novo contingente de trabalhadores que disputam o número de vagas, em função do crescimento populacional. Segundo o índice, cerca de 8 milhões de trabalhadores estão desempregados no País.


Não há indicadores que apontem a molhara do quadro de economia no neste semestre, pelo contrário, indicam tendência de recrudescimento da tendência da retração da economia. Não há economia que resista à inflação próxima de 9% ao ano somados à taxa de juros do Tesouro Nacional beirando nos 14% ao ano. É um quadro clássico de economia que denominamos de "estagflação".

Os ajustes fiscais e as medidas de correção na economia, não estão dando resultados esperados, tamanha a distorção criada pelo equívoco da política econômica praticada pelo governo do PT, pós crise financeira mundial de 2008. O equívoco da política econômica é admitida pelo próprio governo Dilma, denominado de "medidas anti-cíclicas". Na minha opinião, as novas medidas não darão resultados, por estar insistindo nos mesmos equívocos do primeiro mandato da Dilma.

O agronegócio vai sobrevivendo, mas os setores industriais amargam prejuízos enormes, em função do equívoco da política econômica. O setor industrial que respondia por 26% do PIB, quando governo do PT se instalou no poder, hoje responde por apenas 12% do PIB. Brasil regrediu aos tempos de fornecedor de commodities do mundo. Brasil retrocedeu. Brasil regrediu. Enquanto países emergentes como a China e Índia crescem a uma espantosa taxa de 7% do PIB. É de dar inveja para o Brasil, que vai amargando PIB negativo.

Estamos a viver grave crise social nos próximos meses, em função da alta taxa de desemprego e inflação em alta. Com a política econômica equivocada, só mesmo o setor bancário vai ganhar. O setor bancário ganha tanto dinheiro que nunca dantes viu, na história recente do País. Esta distorção decorre em função da obediência cega da fórmula clássica do FMI - Fundo Monetário Internacional, defendido pelos articulistas econômicos de renomes e pelos formuladores da política econômica que vai de esquerda à direita.


É urgente a mudança da política econômica que dê prioridade ao setor produtivo em detrimento ao setor bancário. Brasil tem que retomar a sua dignidade, rompendo com velhas dogmas do FMI e adotando fórmulas que atenda aos reais interesses do País. Brasil precisa de desenvolvimento sustentável do crescimento. O governo Dilma pratica política econômica que atende os setores já privilegiados da sociedade. É chegado a hora de tomar atitudes.

O governo Dilma, do mês de agosto, não pode passar!

Ossami Sakamori






6 comentários:

Anônimo disse...

O pessoal do agronegocio aplica seu dinheiro em imóveis e fica especulando o mercado.Depois da classe política e dos banqueiros é quem está ganhando dinheiro,com tantos subsídios tirados do povo e dado a eles.
O resto do povo,que não tem colheita,nem gado, nem imóveis alugados está literalmente f...

Anônimo disse...

O pessoal do agronegócio , cujo setor tem salvado o PIB, conta com o lobby da bancada ruralista para rolar suas dívidas e, quando a paga, o faz parcialmente, com rebates e com o direito de levantar mais empréstimos/financiamento, que,na prática, nunca serão liquidados. Ademais, os agentes financeiros, BB e CEF, emprestam aos mesmos à taxa de juros subsidiados, nos moldes da Bolsa Empresa do BNDES, e é óbvio que em ambas modalidades o governo equaciona os juros com o dinheiro do nosso bolso para nos beneficiar com o retorno social de tal política: o preço do tomate, da carne, da batata, etc., nas alturas.

virginialeite.blogspot6.com. disse...

Tudo nesse país, deteriorado pela ganância e corrupção , agrava-se cada dia mais e , no entanto esse infame desgoverno permanece como se tudo estivesse "às mil maravilhas ", sem se importar com o destino da população .

Monica Maria Ventura Santiago disse...

Professor,
Vossos artigos são clamores de alerta para despertar os cidadãos.
Estamos torcendo para que haja uma conscientização geral!!
Se o Povo de bem voltar para as ruas, fortalecerá as iniciativas da oposição.
Acredito que veremos uma grande mudança, a transformação política que o Brasil precisa. Paz e bem!!

Unknown disse...

Estamos caminhando para a pobreza e desnutrição em massa, afetamdo principalmente a classe média.

Anônimo disse...

Não existe oposição.
O PT se julga (e,parece que é),dono do Brasil.
Faz o que quer e sempre se imuniza contra qualquer levante.
O país acabou.