A CPI do Cachoeira aprovou nesta quarta-feira (2) o plano de trabalhos
da comissão elaborado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Na
primeira etapa, Cunha limita as investigações da empresa Delta
Construções ao seu ex-diretor da regional Centro-Oeste Claudio Dias de
Abreu, sem propor a convocação do presidente licenciado Fernando
Cavendish. fonte: Folha.
Fernando Cavendish é o dono da empreiteira Delta Construções, ele é que tem todos os dados que levariam às contribuições não contabilizadas das campanhas do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) 2010, do então presidente Lula (PT-SP) 2006 e da atual presidente Dilma (PT-RS) 2010. Sem depoimento dele é como dar comida para leão o osso, sem a carne. Pela carruagem vai terminar numa tremenda pizza, com indiciamento dos 3 bodes da CPMI, que à rigor, já estão com processos correndo na justiça. Isto é chover no molhado. Os nomes dos bodes são: Cachoeira, Claudio Abreu da Delta e Demósteness Torres (DEM-GO).
Cachoeira vai depor na CPI no dia 15. Outros integrantes da suposta organização criminosa vão ser ouvidos em reuniões do dia 22 e 24 de maio. O dia 29 de maio seria dedicado ao depoimento de Claudio Abreu da Delta Construções à comissão. Demóstenes no dia 31 de maio.
Não vão meus leitores esperar depoimentos bombásticos, das personagens acimas. Vai ser uma frustração total, os depoimentos do Cachoeira, Abreu e Demóstenes. Os dois primeiros já estão presos e o terceio já está com denúncia no STF. Com certeza absoluta, todos 3 bodes da história, vão entrar com Habeas Corpus (HC) preventivos para relatar apenas aquilo que lhes convierem ou simplesmente ficarão calados, para não agravarem ainda mais as situações deles, que já estão mais do que difíceis. Circunscrever as investigações em torno dos 3 bodes, é como blindar as demais personagens, que em síntese são os verdadeiros beneficiários da Delta Construções.
Única dúvida que resta é como colher depoimento do Marconi Perillo (PSDB-GO) sem ter que colher os depoimentos do Agnelo Queiroz (PT-DF) e do Sérgio Cabral (PDMB-RJ). Como o indiciamento do Perillo é uma questão de honra do Lula (PT-SP), Márcio Bastos está a estudar a forma como poderá fazê-lo convocando tão somente o governador de Goíás. Lembrando que Márcio Bastos ex-ministro de justiça do presidente Lula, fora contratado pelo Cachoeira por honorário de R$15 milhões, segundo imprensa. Certamente, o custo de honorários, incluem a blindagem dos verdadeiros beneficiados do esquema Delta Construções.
No dia do depoimento do Demóstenes Torres, a CPMI, teria completado já 45 dias dos 180 dias de prazo para conclusão. Todo este tempo, as atenções do povo ficará na CMPI do Cachoeira e certamente vai esquecer de cobrar o julgamento do Mensalão que, segundo os ministros do STF, deverá acontecer à partir do mês de agosto. O objetivo do presidente Lula terá, em parte, atendido.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof UFPR. Twitter: @sakamori10
Um comentário:
Saka eu assisti aquela guerra essa madrugada quando vi o Collor pedir algo que eu teria vergonha se fosse ele , uma vez que ele foi expulso do poder por ser mal Presidente , ele pediu para que o sr Cachoeira comparecesse para prestar depoimento mediante aos senadores que estavam numa CPMI, ele não precisa estar ali e sim ser julgado por roubar nosso país pois e claro que ele tem muito argumento para não ser condenado , afinal o que os senadores chamados para esta CPMI muitos deles estavam defendendo o tal Cachoeira a troco de que , isso e uma pouca vergonha e muita safadeza da parte Presidente do Senado se o Cachoeira não for julgado.
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