O Brasil virou um país de terceira categoria do mundo, apesar estar a reivindicar um assento na OCDE, no G7 e o assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, nós nos portamos como um país subdesenvolvido. A última decisão do TSE - Tribunal Superior Eleitoral, sobre a censura no Canal de TV e rádio Jovem Pan, que diz respeito às matérias veiculadas por aquela emissora de TV e rádio, confirma a insignificância que somos. Através do TSE, com a eleitoral imposta àquela emissora, independente da análise sobre o conteúdo da matéria divulgada demonstrou quão frágil é a democracia no Brasil
O normal seria o Tribunal Superior Eleitoral conceder "direito de resposta" ao eventual atingido, reservando o mesmo espaço e no mesmo horário do conteúdo, dito atingido. No caso considerado, a vítima seria o candidato Lula da Silva. A suspensão imposta ao meio de comunicação, no caso, a emissora de rádio e TV, Jovem Pan, o ministro presidente do TSE, Alexandre Moraes exorbitou do poder. Com esta decisão de "censura" à uma emissora de TV, os outros veículos poderão sofrer censura prévia, como acontecia nos tempos duros do Regime Militar.
O que há é uma desavença pessoal entre o Presidente da República Jair Bolsonaro e o ministro do TSE, Alexandre Moraes. Ambos desceram dos seus púlpitos para atingirem o outro. Infelizmente, o público, assiste a dantesca briga pessoal entre o Presidente da República e um ministro do STF. Por um lado, o Presidente da República, a cada 4 anos, se submete às eleições para continuar ou não à frente do Poder Executivo da República. O presidente do TSE, um membro do STF - Superior Tribunal Federal, tem mandato garantido até aos 75 anos de idade, conforme a legislação conhecido como PEC da Bengala.
Num eventual descumprimento de seus encargos, um membro do STF e em consequência, também, o membro do TSE, somente o Senado Federal poderá, eventualmente, "cassar" um membro do STF. Dificilmente, os membros do Senado Federal, com muitos deles com o "rabo preso", não cassariam o mandato de qualquer ministro infrator, no caso o Alexandre Moraes. O que temos visto é o STF ditando regras próprias de comportamento, de salários (extra tetos) e de benefícios que vão além do razoável para um país pobre, tais como lagostas nas suas "marmitas".
Finalmente, este que viveu os "anos de chumbo", o período do Regime militar, vê-se uma "nova ditadura", desta feita do STF e do TSE. Penso, eu, que uma qualquer ditadura, seja donde vier, do Executivo, Legislativo ou do Judiciário, deverá ser condenado com veemência.
Tem um ditado popular que diz: "Quem cala, consente". É o caso, eu penso. Assim, sendo, eu como cidadão brasileiro, no cumprimento do meu dever, repudiando veementemente, o episódio narrado acima, fazendo coro aos protestos que merecem o ministro do TSE, Alexandre Moraes, pelo episódio da "censura à imprensa".
Ossami Sakamori
Um comentário:
Olá amigo Sakamori, concordo com a sua maneira de agir e de pensar, pois esse tal de Alexandre de Moraes e outros ministros se julgam Deus, com direito a privar de liberdade a quem bem entender e pelo andar da carruagem até condenar seus adversários à pena de morte. Como advogado me sinto envergonhado desse judiciário corrupto e a OAB calada a tudo. Parabéns meu amigo. Conte sempre com meu integral apoio. Abraços.
Postar um comentário