sábado, 8 de outubro de 2022

Meirelles não é mais o czar da economia

Crédito da imagem: Veja

Segundo a revista Veja, na manhã de ontem, dia 7, o ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer e ex-presidente do Banco Central do governo Lula, que declarou apoio ao candidato da oposição e levanta dúvidas sobre se será convidado para um eventual governo de oposição.  Meirelles não é mais o influenciador da economia no Brasil.

         O apoio do Henrique Meirelles, autor da Emenda 95, o do "teto dos gastos públicos", que continua defendendo o limite dos gastos públicos, está defasado no tempo.  Ele é bom para gerir sua própria fortuna, amealhada com a venda da fatia do Banco de Boston para o Banco Itaú, antes de assumir as funções públicas.  O Banco de Boston que foi presidida por Henrique Meirelles é acusado de sonegar R$ 509 milhões em impostos federais, segundo a grande imprensa.  Atualmente, Henrique Meirelles é um dos acionistas importantes do Banco Original em sociedade com o JBS, o maior processador de carnes do mundo.

         Vamos falar da Emenda 95, que limita os gastos públicos ao do Orçamento Fiscal de 2016, corrigido pelo IPCA do ano anterior.  Para a azar da população brasileira, o ano de 2016 foi um dos piores anos, com a "quebra do Brasil" no ano anterior, 2015, ainda no governo Dilma Rousseff, PT/MG, o "pau mandado" do Lula, atual candidato à Presidência da República.   Para manter credibilidade perante o mercado financeiro internacional e manter o fluxo de capital estrangeiro no País, Henrique Meirelles editou ou mandou presidente Temer editar a Emenda 95, que limita os gastos públicos ao nível de 2016, um dos piores anos da recessão, com revisão prevista em 2026.  

         Para quem não entende da macroeconomia, a Emenda 95, serviu como suporte para dar credibilidade do Brasil no mercado financeiro "especulativo" internacional e evitar a "fuga destes do mercado financeiro.   A Emenda 95, evitou a quebra da Bovespa, mas engessou o "crescimento econômico" do País ao nível de 2016.  Os gastos públicos ainda são as locomotivas para o crescimento do País.

           Este modelo econômico, baseado em gastos do Governo federal ao limite da Emenda 95, a falsa dogma, está chegando ao fim.   Se o Brasil quer continuar crescendo, terá que haver, não pode haver limite de gastos do Governo federal, sobretudo, "investimentos" em infraestrutura na área de educação, segurança pública e saúde público.   Os países que estão no topo do mundo, fizeram investimentos em educação formal em 3 níveis e na tecnologia de ponta do seu parque industrial.   A Emenda 95, do Henrique Meirelles, limita os investimentos na área pública e sinaliza desinvestimento na área privada.  

     Chamar para a equipe econômica, os formuladores econômicos do início do século, como está a fazer o candidato da oposição, é regredir ou voltar ao passado do início deste século.   Tanto faz, candidato da situação ou da oposição, terá que se ajustar aos novos tempos, do avanço tecnológico deste século.   Neste quesito, os países do oriente, como China, Japão e Coreia do Sul, estão a alguns quilômetros à frente do nosso tempo.  

        Este recado que estou a transmitir, tanto vale para o futuro governo, de direita ou de esquerda.   Chega de portar-se como países do terceiro mundo!   Estar fora do OCDE é o diagnóstico para retratar a situação do atraso do Brasil no contexto mundial.   Vamos pensar grande ou continuamos comportar-nos como "cachorro magro" à espera de um pedaço de "osso  carcomido", debaixo da marquise.   Lula se alia aos ultrapassados e o  Bolsonaro se alia aos liberais da direita.  

            Ossami Sakamori

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