O maior inimigo da campanha de reeleição do Presidente Bolsonaro, PL/RJ, não é o Lula, PT/SP, mas é o "posto Ipiranga", o ministro da Economia do seu governo. Ele, o "posto Ipiranga", fala demais, não se contém em ficar com a boca fechada, mesmo na reta final da campanha do Presidente Bolsonaro, a apenas 3 dias das eleições. A última ideia, a de ontem, a de extinguir os impostos como PIS, IPI e ICMS, reunindo todos eles num único imposto, um novo Imposto sobre transações financeiras, a exemplo do famigerado CPMF.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez o Presidente da República anunciar que dará um "aumento real" do salário mínimo e reajuste real dos salário aos servidores públicos federais, sem dizer o valor absoluto do salário mínimo e nem o percentual, incluído a inflação e reajuste real em percentual, para os servidores públicos. O "posto Ipiranga" fez o Presidente da República com o cara de "bobão" e prometer, enquanto não apresentar os números, uma "fantasia" ou um "balão de ensaio", para ver se pega, igual o jogo que faz o candidato da oposição.
É sabido que, oficialmente, o Presidente da República deve anunciar o novo salário mínimo no dia 31 de dezembro, para vigorar à partir do dia seguinte, 1º de janeiro do ano seguinte. Provisoriamente, até a data, a LDO prevê o salário mínimo em R$ 1.274,00. Se confirmar a inflação prevista de 6,5% neste ano, o valor reajustado, sem o aumento real, será de R$ 1.291,00. Se o Presidente da República optar em dar um aumento real, arredondando para o valor para R$ 1.300,00 para o salário mínimo, o impacto fiscal do aumento do salário mínimo para os beneficiários de diversos Programas Sociais do Governo federal, 56,4 milhões de pessoas, o impacto "adicional" no Orçamento Fiscal de 2023, seria na ordem de R$ 6,6 bilhões e estaria cumprindo a promessa de conceder o aumento real do salário mínimo.
Da mesma maneira, o aumento real aos servidores públicos federais ativos e inativos, cerca de 1,05 milhão de funcionários federais, que terá gastos de cerca de R$ 208 bilhões em 2022, o adicional de aumento de 2% representaria cerca de R$ 4,1 bilhões de adicional no Orçamento Fiscal de 2023.
Ministro Guedes, corre lá e passa os números para o Presidente Bolsonaro e mostra que continua sendo o seu "posto Ipiranga" !
Ossami Sakamori
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