Ontem, a OPEC decidiu diminuir produção do petróleo dentre seus membros em 2 milhões de barris de petróleo por dia num consumo diário mundial, de aproximadamente 88,5 milhões de barris. Do total, o Oriente Médio produz cerca de 1/3 do total da produção. O objetivo foi para segurar o preço do petróleo ao nível de US$ 90 cada barril, do tipo Brent.
A OPEC - Organização dos Países Exportadores de Petróleo é uma organização intergovernamental de atuais 10 nações, fundada em 15 de setembro de 1960 em Bagdá pelos cinco membros fundadores, com sede desde 1965 em Viena, na Áustria. Os atuais membros da OPEC são: Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Iran, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Congo. E corre por fora, a Arábia Saudita, que detém maior reserva de petróleo do mundo, todos no solo, a custo baixo.
O Brasil tem uma situação inusitada. O País é autossuficiente em petróleo, em tese, em termos de volume. O País consome ao redor de 3,5 milhões de barris por dia, do tipo Brent, o petróleo leve produzidos pelos membros do OPEC e Arábia Saudita. E a produção da Petrobras é ligeiramente superior ao do consumo. No entanto, o nosso petróleo do tipo pesado, o TWI, é totalmente exportado porque o País não tem refinarias para processar o petróleo do tipo pesado, o nosso. Resumindo, os combustíveis que nós consumimos vem tudo do exterior. O Brasil detentor de uma boa reserva de petróleo, do tipo pesado, é obrigado a fazer um verdadeiro "passeio" de petróleo. Exportamos os nossos do "pré-sal" e importamos os deles, do tipo Brent da OPEC.
De qualquer forma, a Petrobras ganha com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional, mesmo sendo do tipo pesado. Assim sendo, o Brasil, apesar de autossuficiente em volume de produção de petróleo, o país como um todo, perde, em tese, porque a população paga o aumento dos combustíveis na "bomba".
No entanto, o aumento do preço do petróleo no nível verificado no mercado internacional, o tipo Brent valendo ao redor de US$ 90, não deve chegar na "bomba", pelo menos, antes das eleições do próximo dia 30. Até lá, muitas águas ou muitos petróleos deverão correr nos oleodutos de petróleo.
Ossami Sakamori
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