A economia global está caminhando de mal a pior, influenciado pela inflação dos Estados Unidos, a mais alta dos últimos 40 anos e pela economia em frangalhos da Zona de Euro e no Reino Unido. Soma-se nesta situação, a economia chinesa, que está quase parando, devido à política de lockdown para livrarem-se da Covid-19 e também pela crise hipotecária que iniciou com a quebra da incorporadora Evergrande. Na contra mão, até o momento, desde 2021, o Brasil vem apresentando economia em crescimento e inflação em declínio.
Chamo atenção, no entanto, sobre a política econômica da atual equipe econômica, em praticar política extremamente ortodoxa, sem saber exatamente o que se pretende com algumas medidas tomadas e à tomar num ambiente de economia "em convalescência". Vamos lembrar que, a economia pós Covid-19, só está retomando ao "normal de antes" com medidas "heterodoxas" como injeção de R$ 571 bilhões em 2021, via Orçamento de Guerra, extra Emenda 95. Mesmo o PEC da Bondade, como é chamado, no valor de R$ 41,5 bilhões, foi aprovado como PEC Emergencial, extra Emenda 95. Um pouco de humildade não faria mal para ninguém, eu acho.
A nova conjuntura econômica, a de crescimento econômico que deverá terminar, segundo mercado em 3% e segundo minha previsão, próximo de 5% e inflação no final do ano, previsto pelo mercado financeiro em menos de 6%, comparado com às economias do primeiro mundo, citados no preâmbulo, considero como "estupendo". No entanto, medidas de extrema ortodoxia, apresentado nesta semana, com "corte linear" de rubricas orçamentárias, que chega ao extremo de "contingenciar" uma verba de R$ 3,4 milhões do DNIT para conclusão da BR 470 em SC, há anos esperando a conclusão, demonstra a insensibilidade total da equipe econômica do segundo escalão do Governo federal.
Um outro ponto que chamo atenção do Governo federal é sobre um possível reajuste dos combustíveis devido ao aumento de preço provocado pelo OPEC, comentado na matéria de ontem. O petróleo no mercado global estava sendo cotado a US$ 95 o barril, do tipo Brent e poderá chegar em US$ 100 cada barril. Se, obedecer, cegamente, o preço "paridade internacional", haverá novos reajustes nos próximos dias. Esta justificativa de "paridade internacional" é uma total falácia, uma conversa para "boi dormir", considerando que a Petrobras extrai o equivalente ao consumo diário de petróleo ao preço de custo, segundo a área técnica da Companhia, ao redor de US$ 40. Mesmo, considerando o "passeio do petróleo", porque produzimos o petróleo pesado, do tipo TWI e importamos o petróleo leve, do tipo Brent, o custo final não ultrapassa US$ 45. A diferença entre o preço internacional do petróleo ao redor de US$ 95 e o custo, equivalente, de produção, US$ 45, é ou deveria ser o lucro da Petrobras. Desta forma, impor ao consumidor brasileiro, o preço "paridade internacional" é uma política equivocada! Só mesmo os burocratas de segundo escalão do Governo federal levam o Presidente da República ao equívoco imperdoável, visando dar lucro à Petrobras com ônus para o conjunto da população, seja ele pobre ou rico.
Alerto! O aumento de combustível está mais próximo do que possa esperar!
Ossami Sakamori
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