O congresso partidário, o Partido Comunista da China, elegeu o atual presidente da República Popular da China, por mais um período de 5 anos no poder. É o terceiro mandato do atual dirigente da China, sendo que o mandato de 5 anos vai até 2027. Para poder se reeleger, o Partido Comunista da China mudou a Constituição que previa máximo de 2 mandatos para o Presidente da República Popular.
Em um conjunto de medidas colocados em prática, na reunião que durou uma semana, Xi afastou dois altos funcionários do governo com perfis moderados e manteve a equipe alinhado com a atual política econômica, diplomática e de segurança nacional. Singelamente falando, o atual presidente Xi (sobrenome) vai continuar governando com mão de ferro, não dando espaço para divergências internas. O mercado financeiro global respondeu, hoje, negativamente.
O que acontece na China, a segunda maior economia do mundo global, é importante por dois motivos principais. O principal deles é que a China passou a ser, nas décadas recentes, um parceiro comercial importante do Brasil, sobretudo dos nossos principais commodities, como minério, soja e proteína animal. O volume de exportação de commodities para China está longe de ser alcançado pelos Estados Unidos e ou países da União Europeia.
O segundo fator importante é de que a China, junto com África do Sul, Rússia e Índia fazem parte do bloco BRICS, junto com o Brasil. O bloco que compõe as maiores países em extensão territorial e de população, tem tudo a crescer, na minha visão. O bloco constituiu o Banco BRICS a exemplo do BID, uma instituição financeira voltado ao desenvolvimento regional.
Seja como for, o presidente Xijinping já deu recado aos Estados Unidos de que a anexação do Hong Kong e Taiwan, as antigas províncias serão anexadas ao território chinês e será questão de tempo. Estrategicamente, a China quer o domínio total sobre os mares que cercam ou separam aquelas antigas províncias do continente chinês.
Independe das colorações ideológicas daquele país, a China e o Brasil está umbilicalmente ligado aos demais parceiros dos países que compõe o BRICS. Brasil tenta, a passos lentos, sair do guarda-chuva dos Estados Unidos definido pelo, informal, consenso de Washington.
Ossami Sakamori
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