Reprodução integral da matéria postada em 15/2/2015.
Fazer previsão da economia para os próximos 12 meses é como avaliar o perfomance do atleta numa corrida de 10.000 metros nos primeiros 100 metros. Mas, todos querem saber a opinião de quem tem experiência naquela modalidade de esporte. Percebo que muitos dos leitores querem saber o que vai ocorrer na economia do País nos próximos 12 meses ou no mínimo até o final do ano.
Fazer previsão da economia para os próximos 12 meses é como avaliar o perfomance do atleta numa corrida de 10.000 metros nos primeiros 100 metros. Mas, todos querem saber a opinião de quem tem experiência naquela modalidade de esporte. Percebo que muitos dos leitores querem saber o que vai ocorrer na economia do País nos próximos 12 meses ou no mínimo até o final do ano.
Assim como o Ministério da Fazenda e o Banco Central fazem suas previsões, vou ensaiar as minhas.
Dólar.
A moeda americana deve sofrer valorização até o final do ano, por alguns dos motivos, quais sejam: o destino do investimento estrangeiro direto (IED) para outros países mais confiáveis do que o Brasil. Aliado à baixa credibilidade do governo Dilma haverá fuga de capital estrangeiro influenciado pelo aumento da taxa de juros dos títulos do Tesouro americano hoje em 0,25% para 2,5% até o final do ano. O dólar comercial deve fechar o ano, no mínimo, em R$ 3,20 e o turismo em R$ 3,45.
Selic.
A taxa Selic, hoje, de 12,25% ao ano, deve terminar o ano no patamar de 14% ao ano, em função do índice de inflação em processo de alta, devido também à desvalorização do real. Para conter a fuga dos dólares e manter a taxa de câmbio dentro do patamar de R$ 3,20 para comercial e turismo de R$ 3,45, o Banco Central terá inexoravelmente de aumentar a taxa Selic para garantir os juros reais no atual patamar de 5% ao ano.
Tarifa de energia elétrica.
O próprio ministro de Minas e Energia já acenou a possibilidade de aumento médio das tarifas de energia em média 40%. Para se ter ideia, o aumento de tarifa de energia em Roraima neste mês de fevereiro foi de 54%.
Gasolina.
O sistema Petrobras está com risco alto, conforme já comentei neste blog em matérias anteriores. O combustível ou a gasolina está estritamente condicionado ao preço internacional do petróleo e da própria variação cambial. Pelas condições já expostas, a Petrobras deverá aumentar o preço da gasolina, até o início do segundo semestre em cerca de 10% sobre o preço atual.
PS: O diesel só será reajustado à partir de 27 de agosto, conforme acordo do governo com os caminhoeiros grevistas.
PS: O diesel só será reajustado à partir de 27 de agosto, conforme acordo do governo com os caminhoeiros grevistas.
Inflação.
O índice de inflação oficial, o IPCA, deve terminar o ano próximo de dois dígitos, na minha avaliação no mínimo em 9% para o ano de 2015. A inflação do bolso, denominação usada por mim, deverá terminar o ano, não menos que 30% no final deste ano. Isto significa que o trabalhador terá seu salário comido em 30%. Isto é um fator grave que fará diminuição de consumo, levando o País para a depressão.
PIB.
Sobre o PIB, já comentei neste blog, já no primeiro dia do ano. A previsão do PIB em 2015 será negativo. Nada mudou o cenário econômico para que reverta a minha posição, pelo contrário, porque todas variáveis previstas por mim, vem confirmando. O País experimentará retração ou depressão de 2% no PIB. Em outras palavras, o Brasil vai encolher 2% no seu Produto Interno Bruto. Com inflação no patamar nesta matéria, configura a situação que denominamos de "estagflação".
Conclusão.
O que está por vir, nem se compara com o que vivemos. Que cada um, pessoa física ou pessoa jurídica faça o seu planejamento econômico e financeiro para o ano de 2015, dentro dos parâmetros anunciados aqui para não ser colhido na posição de calça curta ou na posição de calça arriada.
É inexorável a deterioração da economia daqui para frente!
Ossami Sakamori
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