terça-feira, 20 de novembro de 2012

EIKE BATISTA TOMA MAIS R$ 2,7 DO BNDES



Uma sociedade entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e um pool de empresas privadas investirá R$ 1 bilhão na construção de uma fábrica de semicondutores (chips) em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Para a construção e operação da unidade, foi criada a SIX Semicondutores, companhia resultante de sociedade entre os bancos BNDES e BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) e as empresas privadas SIX Soluções Inteligentes, do grupo EBX, de Eike Batista, a IBM, a Matec Investimentos e a Tecnologia Infinita WS-Intecs. Fonte: Folha. 

A MPX Energia, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, firmou contrato de empréstimo de R$ 892,4 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a termelétrica de Parnaíba. O valor é referente à segunda fatia de uma linha de crédito que a MPX tem com o banco para o projeto. Para a usina de Parnaíba I, que deve entrar em operação até o fim de novembro, a companhia já tinha contratado um financiamento de R$ 825 milhões com o banco estatal. Fonte: Folha.

O menino Eike Batista, levou somente nestas duas operações, nada menos que R$ 2,717 bilhões.  Os empréstimos fazem parte do pacote de Bolsa Empresário do BNDES, que aquinhoam os mais chegados aos presidentes Lula e Dilma.  Os empréstimos, a maioria, são subsidiados pelo governo da União.  Basicamente, as operações consistem em o Tesouro tomar empréstimos à taxa Selic no mercado, repassa para o BNDES e este empresta aos empresários chegadinhos no Palácio do Planalto, à juros TJLP ou menor.  

O governo federal escalou o menino Eike como "playeres" do mercado, junto com outros mega beneficiário do Bolsa Empresário, o outro Batista, o do grupo JBS, atualmente sob comando de fato do banqueiro Henrique Meirelles. Os dois grupos econômicos, o do Eike e do Meirelles, são tomadores de mais de 10% do Bolsa Empresário.  Os dois grupos devem ser, imagino, melhores que o grupo Votorantim, o grupo CSN, o grupo Gerdau, o grupo Camargo Correis, o grupo Klabin e tantos outros tradicionais "players" cujos donos são brasileiros. 

A diferença entre os grupos comandados pelo Eike Batista e Henrique Meirelles, é que eles estão na corda bamba.  Precisando, sempre de "dinheiro novo" subsidiando as suas expansões.  Quando não der certo mais, entregarão as empresas quebradas para o BNDES e pronto.  Como sempre, o contribuinte paga o pato.  Agora que deram o dinheiro, só resta a nós contribuinte que o menino Eike e o banqueiro Meirelles, consigam contornar as maresias e cheguem no porto seguro, para o bem de todos nós.  Os "players" estão com as cartas na manga ou poderão simplesmente estar blefando.  Você, leitor, escolhe uma das duas opções.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12  

Um comentário:

Unknown disse...

Nos últimos 10 anos foi extraordinário o crescimento financeiro do Sr. Eike Batista. Assim, até eu!