Mais uma vez, a presidente Dilma, adota a estratégia de blindar o seu nome dos escândalos que envolvem os seus auxiliares diretos. A Dilma fez de tudo para evitar convocação da Rosemary Noronha, chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo e o segundo na hierarquia da Advocacia Geral da União, José Weber Holanda Alves para serem ouvidos como convidados pelo Senado da República. Vamos tentar achar a justificativa.
Dilma, demitiu todos agentes públicos envolvidos na Operação Porto Seguro da PF, inclusive a Rosemary e José Weber. O caso ganhou notoriedade porque a chefe do gabinete Rosemary, segundo apurou a PF, é amiga íntima do presidente Lula. Segundo o levantamento do jornal Folha de São Paulo, ela, Rosemary teria acompanhado o presidente Lula em 23 países do mundo, durante o período da gestão Lula. Mostrou também, segundo a imprensa, a sua estreita ligação com o José Dirceu, chefe do mensalão.
O efeito Rosemary é mais para espuma do que para a faxina. Presidente Dilma, com a demissão da Rosemary matou 2 coelhos numa cajadada só. Expôs ao ridículo o presidente Lula e de quebra queimou o seu ex-aliado José Dirceu. O Planalto pode até fomentar as investigações sobre a Rosemary, até porque, ela era considerada, segundo se apurou "escaninho" particular do presidente Lula. Dilma fez a sua parte demitindo-a sem pestanejar, para desvincular o seu nome do Lula. O episódio, serviu para Dilma, decolar a sua carreira solo na política, queimando o seu antecessor Lula. Mas, as investigações não poderão se aprofundar, porque os irmãos da Rosemary foram defendidos com unhas e dentes pelo Planalto na indicação destes nas Agências reguladoras, ANA e ANAC.
Este vai ser, apenas, mais um escândalo que vem à tona, nesses 2 anos de mandato da presidente Dilma. Como fizera com os 9 ministros suspeitos de terem praticados ladroagem de dinheiro público, os agentes públicos serão penalizados com as demissões. A presidente, diz que não aceita os "malfeitos" e impõe penalidade que termina em demissão dos envolvidos. Nada mais. Preocupa-se em poupar e blindar o seu nome dos escândalos, não aprofundando em investigações que envolveram e envolvem os seus ex-auxiliares diretos. Assim, os marqueteiros do Planalto, tentam vender imagem da Dilma como "o paladino" da moralidade pública. Até que estão conseguindo, pois o povo enxerga como os marqueteiros querem.
O buraco está mais embaixo. Está ficando para trás, o escândalo Carlinhos Cachoeira, que envolve o destino de cerca de R$ 450 milhões de Caixa 2, da empreiteira Construtora Delta. Ficou para trás, também, o escândalo que envolveu o ministro Alfredo Nascimento dos Transportes e do Luís Antonio Pagot do DNIT, que teria movimentado R$ 47 bilhões, no ano eleitoral de 2010, com forte suspeita de superfaturamento. O Planalto não quer investigar o Fernando Cavendish da Delta para esclarecer sobre o destino do Caixa 2, e nem quer investigar os demais empreiteiros do DNIT com obras superfaturadas, apontadas pelo TCU. Pelo que parece, morreu na casca o escândalo do DNITduto. Muito estranho. Por que tem medo das investigações mais profundas? Muito estranho, mesmo!
Dilma tem chance de mostrar que não concorda com os malfeitos, mandando apurar, de verdade, todos os escândalos que vieram à tona e que mereceram demissões de agentes públicos. Demissões, só, não bastam. Se tomadas atitudes sugeridas, passarei do lado dos 77% que aprovam a Dilma como administradora pública. Até lá, permaneço do lado dos 23% que a desaprovam.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
2 comentários:
Dilma mandar Investigar Duvido, ela não tem coragem de desobedecer Lula o Chefão das Quadrilhas.
Já virou rotina, neste desgoverno demite-se, mas apurar, aí seria demais, fazer com q a grana desviada seja devolvida, nem pensar!
Este é o sistema de governar do PT, seu projeto de poder está dando certo, pq o povão aprova! O povão acredita na propaganda do governo e gosta de receber as migalhas q sobram da roubalheira!
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