quarta-feira, 1 de julho de 2020

Se preparem que vem a CPMF !


O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou a prorrogação do programa "Auxílio emergencial" por mais dois meses, abrangendo mês de julho e agosto.  Ao invés de sugestão do Paulo Guedes de escalonamento de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, vai ser duas parcelas de R$ 600, como queria o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.  A solução adotada evitou votar uma nova lei de autorização pelo Congresso Nacional.  

No seu discurso, o presidente da República comentou o apoio da população ao "Auxílio emergência", sentido na sua última viagem ao interior de Minas Gerais.  O PR sentiu que a "sua popularidade" junto à população mais pobre, aumentou.  Isto é uma lógica cartesiana.  Que digam o FHC, o Lula e a Dilma, que mantiveram a popularidade junto à população mais pobre, grande parte, por conta da Bolsa Família.  Só falta, o nosso PR querer ser o "pai dos pobres".

O presidente da República, Jair Bolsonaro, se vangloria de que o "Auxílio emergencial" é maior programa de renda mínima do mundo.  Esquece o PR de que programa de renda mínima apenas expõe a falta de desenvolvimento de qualquer país.  Quanto menor programa de renda mínima, mostra que o país é mais desenvolvido.  Um programa de renda mínima, deveria atender população de extrema pobreza, como sugeria o então senador Eduardo Suplicy, PT/SP, o autor intelectual do programa de renda mínima.   

Vamos aos números que representa o alcance do "Auxílio emergencial".  O programa de renda mínima, que se chamará "renda Brasil" ou qualquer outro nome semelhante, atenderá 69 milhões de adultos, sem emprego formal e não participante de outros programas já existentes.  Os jornalistas de plantões e a equipe do próprio governo, são tão incompetentes, que "de repente" descobriram o número de pessoas vulneráveis.  Este blog já vinha apresentado este número que se chega por simples conta de "aritmética", como 2 + 2 = 4.  

O que chama atenção é que, em "tese", os beneficiários do programa "Auxílio emergencial", que vai se tornar em programa permanente denominado de "rendaBrasil", serão sustentados pelos trabalhadores formais, que somava antes da pandemia "coronavírus" em 33,4 milhões.  Basicamente, um trabalhador formal vai sustentar dois beneficiário do programa "rendaBrasil".  É um programa de deixar "ruborizado" o próprio idealizador original do programa que é o ex-senador Eduardo Suplicy, PT/SP.  Chamem o Suplicy!

Em termo de Orçamento Fiscal do governo federal, o impacto do programa "Auxílio Emergencial", é grosso modo R$ 41,4 bilhões ou anualizado R$ 496,8 bilhões.  Como termo de comparação, no Orçamento Fiscal de 2020, está previsto gasto de R$ 109 bilhões em Saúde Pública,  R$ 103 bilhões em Educação e R$ 572 bilhões em Previdência Privada.   Desta forma, o programa "rendaBrasil", se levado ao efeito pelo ministro Paulo Guedes, não se sustenta sem o correspondente "aumento" da carga tributária. 

Se preparem que vem a "CPMF". 

Ossami Sakamori

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