Vi com muita preocupação uma "carta aberta" subscritos pelos empresários e ministros da área econômica de governos passados sobre a retomada do desenvolvimento econômico, pós pandemia "coronavírus". A iniciativa parece de boa fé, mas cita expressamente, o desenvolvimento "sem desmatamento". Uma clara referência ao desmatamento da região Amazônica. A referida carta aberta veio à esteira de uma manifestação de investidores estrangeiros, sob mesmo teor. Ambas iniciativas, coincidem com a discussão em paralelo, sobretudo pelos europeus, em transformar o bioma Amazônica em "pulmão do mundo", com interferência direta na "soberania brasileira" sobre o território que contém o bioma Amazônica e o bioma do cerrado.
O documento foi assinado por um grupo de empresários, entre eles, o Armínio Fraga, Nelson Barbosa, Joaquim Levy, Pedro Malan, Eduardo Guardia, Gustavo Krause, Luis Carlos Bresser Pereira, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira, Rubens Ricúpero e Zélia Cardoso de Melo, Ilan Goldfajn, Alexandre Tombini e Gustavo Loyola, após pressões dos investidores internacionais para transformar o bioma Amazônia em um "patrimônio da humanidade". O documento, à primeira vista, é de natureza econômica, mas tem como "pano de fundo" a entrega do bioma Amazônica e do bioma cerrado para serem administrados pelos países do primeiro mundo, como que fossem seus. Na prática, o Brasil perderia o "domínio" sobre os biomas citados, deixando à mercê dos estrangeiros a "política ambiental" sobre cerca de 2/3 do território brasileiro.
Curiosamente, os signatários da carta aberta, em sua maioria compostos pelos importantes integrantes dos governos passados, sobretudo da "esquerda". Pode ser pura coincidência, mas vejo na "carta aberta" o início de um movimento "orquestrado" pelos países do primeiro mundo que ao longo de séculos não fizeram os "deveres de casa" em seus próprios territórios. Por outro lado, o bioma florestal na União Européia está completamente exaurido. E para seu desfavor, a União Européia é grande consumidor de combustíveis fósseis e de energia nuclear. Preocupados que estão, os países europeus, pelo aquecimento global, quer a todo custo, transformar o bioma Amazônica como "pulmão do mundo" tornando-o verdadeiros "proprietários".
Segundo Greenpeace, o desmatamento na Amazônia brasileira registrou um aumento de 13,7% entre agosto de 2017 a julho de 2018, uma área correspondente a 7.900 km², ínfimo em relação do total do bioma Amazônia que corresponde a cerca de 40% do todo território nacional ou equivalente a cerca de 3.400.000 Km², em sua maior parte composto de "terras devolutas" do governo federal. De outro lado, o setor agropecuário brasileiro ocupa cerca de 2.500.000 km² em áreas totalmente fora do bioma Amazônica. Para orgulho de todos brasileiros, a agropecuária brasileira, atende a todos requisitos ambientais e sanitários exigidos pelos consumidores do mundo global. Brasil orgulha de apresentar o "selo verde" em seus produtos agropecuários.
O País sofre do síndrome do cachorro magro, igual aquele que "abana o rabo" para ganhar o resto de "osso carcomido" tal qual faz os países da primeiro mundo em relação ao Brasil. É exatamente o que fazem os nominados empresários brasileiros ao assinarem a "carta aberta" direcionados aos "agiotas" nacionais e internacionais.
Amazônia é nossa!
Ossami Sakamori
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