O programa Pró-Brasil lançado pelos ministros Braga Neto, Tarcísio Gomes de Freitas e Rogério Marinho, no dia 20 de abril, sem a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, está mais próximo de se naufragar. Há um tiroteio intenso e generalizado entre a equipe econômica e os ministérios fins como da Infraestrutura e Desenvolvimento Regional. Paulo Guedes é contra o plano Pró-Brasil. É por esse motivo é que apresentei ao governo federal, um plano denominado de "Ação pró-Brasil", um "Plano de saída" para depressão econômica que estamos a viver, grande parte, devido a pandemia "coronavírus".
O principal defeito do Pró-Brasil do ministro Braga Neto foi de não detalhar as fontes de financiamentos para o programa de investimento em infraestrutura e desenvolvimento regional previsto no programa. Uma questão de vaidade, a de autoria do Plano tem sido, o principal entrave para o Pró-Brasil sair do papel. Paulo Guedes não quer tutelar um Plano que não é conduzido por ele próprio. Ele quer marcar a sua passagem pelo governo, como "salvador da pátria" ou "mago da economia". Vaidade do ministro Paulo Guedes está acima do interesse do País.
"O programa Pró-Brasil, do Braga Neto, já foi alvo de intrigas no governo. Ele foi idealizado em um primeiro momento pelos ministros Braga Netto (Casa Civil), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), deixando a equipe econômica de fora. O ministro Paulo Guedes, na reunião ministerial do dia 22 de abril, disse que o governo Bolsonaro iria terminar igual ao governo Dilma Rousseff caso optasse somente por incentivar a retomada via obras públicas. A questão não é colocar o Pró-Brasil como prioridade ou não. O principal entrave para o Pró-Brasil é a vaidade do ministro Paulo Guedes, que não foi chamado para ser o protagonista do Plano.
Disse o Paulo Guedes, que a retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, pelo turismo, pela abertura da economia e pelas reformas. Segundo Paulo Guedes, o caminho "desenvolvimentista" (sic) foi seguido e o Brasil quebrou. Completou, o ministro da Economia, de que a política foi corrompida, e economia estagnou através do excesso de gastos públicos. No entanto, digo eu, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é autor e defensor do "Renda Brasil", um programa assistencialista aos moldes do Bolsa Família, com gastos ao redor de R$ 250 bilhões ao ano. Quem diria, o ministro Paulo Guedes, defensor intransigente da teoria liberal desenvolvida na Universidade de Chicago enveredar-se ao estilo "neoliberal" do professor britânico John Keynes. À essa altura quem deve estar rindo à toa é o ex-presidente Lula, que se soubesse disso, teria convidado Guedes para ser o seu ministro da Economia.
É por esse motivo, em confronto com a ideia do ministro Paulo Guedes, e à favor do ministro Braga Neto, é que apresentei aos ministros lotados no Palácio do Planalto, um plano denominado de "Ação pró-Brasil", cujo objetivo é fazer investimento em obras públicas num montante de R$ 1 trilhão no biênio 2021/2022, com o objetivo de transformar o País num "canteiro de obras", com criações de até 5 milhões de empregos diretos. Em macroeconomia, sabe-se que para tirar qualquer país de uma recessão profunda, só tem uma saída, investimento do Estado na economia. Foi assim com o programa de investimentos em obras públicas do presidente Roosevelt para tirar os Estados Unidos da depressão de 1929 e foi assim, também, o Plano Marshall, um programa de ajuda econômica dos Estados Undos aos países da Europa Ocidental, destruído que estava pela II Guerra Mundial.
Uma depressão econômica, projetada pelos organismos de fomento econômico, ao redor de 10% do PIB, devido a pandemia "coronavírus" e considerando, ainda, que a economia brasileira está "quase parando", desde 2015, não tem solução mágica para mudar a situação. Não será a "Renda Brasil" e nem os subsídios generalizados, num gasto público estimado pelo próprio governo em R$ 800 bilhões, somente para o ano de 2020, tirará o País do "buraco" que se meteu. O plano "Ação pró-Brasil" prevê um investimento de R$ 1 trilhão no biênio 2021/2022 e criará cerca de 5 milhões de novos empregos, sem delongas.
A briga dentro do mesmo "chiqueirinho" é motivo para o atraso que o Brasil se encontra, apesar da vontade de mudança do presidente da República.
Ação pró-Brasil, já!
Ossami Sakamori
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