Enganam-se as pessoas que pensam que a crise econômica que abate o Brasil e o mundo está no fim. A pandemia "coronavírus", ao contrário do que apregoava o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, está formando um "platô" na curva de incidência, com o número de vítimas fatais em mais de 85 mil. Com a flexibilização do isolamento social, o número de mortes poderá alcançar 150 mil até final do ano, infelizmente.
Infelizmente, a expansão da incidência da "coronavírus" vai colocar as principais atividades econômicas do País em profunda depressão, acompanhando a evolução da economia dos países do primeiro mundo. Os nossos carros chefes da indústria, que sempre serviram de referência para indicar a atividade econômica do País, vão ficar em "compasso de espera", em níveis de 50% das suas capacidades produtivas, pelo menos, até o final deste ano. Mais de 1,3 milhão de pequenas empresas já fecharam as suas portas e esse número deverá subir para 2 milhões, o que corresponde a 50% das empresas do número total de empresas em atividades antes da pandemia "coronavírus".
Até o mês de agosto, o "Auxílio emergencial" e diversas formas de "subsídio" para empresas grandes e pequenas, estarão garantido, mas não se sabe até quando o governo federal poderá socorrê-los. O governo federal corre para tornar o "Auxílio emergencial" em um programa de "Renda Mínima" aos níveis de R$ 300,00 por mês. Certamente, as grandes empresas pressionarão o governo para prorrogar os atuais subsídios até o final deste ano. O governo federal, à toque de caixa, quer aprovar a reforma tributária para compensar a perda de arrecadação e manter os programas para as empresas e renda mínima para os trabalhadores informais.
O que está "segurando" a economia são os agronegócios, serviços essenciais e os gastos dos governos em todos os níveis. Esses gastos representam cerca de 50% na formação do Produto Interno Bruto. Assim, podemos concluir que o "recuo" do PIB do Brasil em 2020, será de 15%. Esta situação se torna dramática, quando se soma à "paralisação" da economia do País desde 2015 até a chegada da pandemia "coronavírus".
Recomenda-se à essa altura, aos empresários em geral, muita cautela ao planejar suas atividades, ao mínimo, até o final deste ano. Desta forma, concluo que é absoluta mentira o que se apregoa em redes sociais de que o País está "bombando". Ao contrário, o Brasil se encontra numa situação, no mínimo, delicada.
Ossami Sakamori
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