Crédito da imagem: portalviu
Nem sei por onde começar a matéria de hoje, resposta ao pedido de uma leitora deste blog. A Marina, pseudônimo, pede que eu a oriente o que fazer com os pequenos negócios que ela tem no interior deste imenso País. Quer saber se continua ou não continua; se manda os funcionários embora ou não; se devolve o ponto para o senhorio ou não; e enfim, quer saber "o que fazer da vida", diante dos efeitos econômicos devido a pandemia "coronavírus". E este parece ser a dúvida de muitos micro e pequenos empresários do Brasil a fora. Embora não seja a minha especialidade, porque o pouco que entendo é sobre "macroeconomia" e não "microeconomia", mas vamos lá, assim mesmo...
No início do mês de abril, escrevi neste blog, que a "coronavírus" teria o seu "pico" no mês de julho e que o número de vítimas fatais seria de 50 mil. A afirmação foi feita baseada em histórico de outros países como a Itália, Espanha e Estados Unidos. Dito e feito. Infelizmente, o meu prognóstico está a confirmar. Neste momento, estou atento ao que acontece nos Estados Unidos, com referência a curva de incidência e número de vítimas fatais para tentar fazer "ilação" ao Brasil. Os Estados Unidos tem sido uma boa referência porque está a cerca de um mês na frente sobre a propagação da "coronavírus". A conclusão que eu chego é que a pandemia vai atravessar o ano, tanto nos Estados Unidos como no Brasil.
Diante dos fatos que estamos a vivenciar, não espero grandes alterações no quadro da economia, pelo menos, nos próximos três meses e na pior hipótese, a "coronavírus" deverá estar presente nas nossas vidas até o final do ano. Apenas, o "epicentro" da "coronavírus" está deslocando para o interior do País, deixando os grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. É bem real o que diz o estatístico da UFPR: "A gente não atingiu o mesmo nível da pandemia de outras regiões, mas resta saber até quando vai esse aumento, se referindo ao seu estado (PR). A única certeza é a incerteza sobre o período e a intensidade da evolução da "coronavírus" no Brasil.
Pois, Marina, o que poderei dizer a você, à essa altura? O momento requer cautela em suas atividades empresariais. Não espere nenhuma novidade no curto prazo (90 dias). A situação da "coronavírus" só vai mudar de rumo quando da vacinação em massa, previsto para iniciar somente em dezembro deste anos, na melhor das hipóteses. Então, Marina, se você aguenta manter "em equilíbrio", com a atividade funcionando à "meia boca", então continue insistindo. Mas, se a atividade empresarial já está no "vermelho", creio estar na hora de "fechar" e "esperar" a retomada de atividade econômica do País, que na melhor das hipóteses só virá no próximo ano.
Marna, cautela e caldo de galinha não faz mal para ninguém!
Ossami Sakamori
Um comentário:
Creio que o momento é de todos fazer economia, não importa se o consumidor final seja classe alta, média ou baixa o que quer dizer que a comercialização dos produtos depende da rotatividade do estoque. Por exemplo o trigo: a rotatividade começa no campo, do tempo e da semeadura à colheita e seu Beneficiamento, a distribuição e o transporte e na transformação e sua industrialização e comercialização da massa ou pão. A rotatividade do pão é alta, na empresa pequena, digamos uma padaria familiar, compra-se um saco de farinha para fazer pão para vender no dia e depois vai comprar outra saca de trigo. Aí a pequena economia já deu um passo. A rotatividade depende do consumidor final: o consumo é diário? Então onde está encaixado a sua empresa? A rotatividade do estoque do empresário vai dizer se vai haver para quem vender, caso a rotatividade seja baixa e não sobra para manter a atividade, é melhor fechar! S.m.j. (salvo melhor juizo)
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