segunda-feira, 27 de julho de 2020

Haverá aumento da carga tributária no Brasil


Por mais que tentem demonstrar que o governo do presidente Bolsonaro tem viés ideológico da direita, com falso dilema, de um governo com opção declaradamente evangélica, o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, está desviando cada vez mais, da economia liberal como prometera na campanha eleitoral. O ministro  Paulo Guedes abandonou o seu discurso inicial e envereda agora para o caminho do "neoliberalismo" da esquerda, que está deixando até o Lula e a Dilma envergonhados de terem avançado menos, nas suas teorias macroeconômicos de esquerda.

O ministro Paulo Guedes quer tirar o Brasil da profunda depressão que já se entrava, sem aplicar a teoria liberal ao estilo do professor Milton Friedmann da Universidade de Chicago e envereda para um perigoso caminho, sem volta, do assistencialismo com um programa "carro chefe", o "Renda Brasil".  Renda Brasil foi proposta de um programa de transferência de renda preconizada pelo Eduardo Suplicy, PT/SP, que nem Lula e nem Dilma ousaram em implementá-lo, devido a alto custo.   O programa Renda Brasil deverá custar aos cofres da União, mais do que saúde pública, educação e segurança pública, individualmente.  O custo do Renda Brasil será ao redor de R$ 250 bilhões/ano.  Vamos lembar que o Bolsa Família tem orçamento de cerca de R$ 35 bilhões/ano.

Ministro Paulo Guedes tenta aprovar a "reforma tributária" com a criação de IVA federal, um conjunto de medidas para simplificar a apuração do tributo, para fechar portas para a sonegação.  Ao mesmo tempo, quer ressuscitar a "nova CPMF" para financiar a "desoneração de folha de pagamento" e o maior programa de redistribuição de renda do mundo, denominado de "Renda Brasil".  Como não tem almoço grátis, haverá aumento da carga tributária ao redor de 10% sobre gravames atuais.  

Não sei se tem alguma relação com a mudança na direção da política econômica, mas muitos da equipe econômica, engajados com a economia liberal, estão deixando os cargos com alegações diversas.  A principal perda para o Ministério da Economia, é sem menor dúvida, a do economista do IPEA, Mansueto Almeida, que deixou a função de Secretário do Tesouro Nacional neste mês. 

Assim, podemos afirmar, sem nenhuma dúvida de que haverá aumento da carga tributária para as empresas e consequentemente, isto vai refletir no custo dos produtos ao nível de consumidor.   É matemática pura: 2 + 2 nunca dará 5.  

Ossami Sakamori

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