Acalmem-se.
A presidente Dilma não vai fazer como Color fez, congelar a Caderneta
de Poupança. Que vai mexer, isto vai. Vai reduzir os juros reais de
6,17% ao ano, para patamar sem limite, em tese. Necessidade de compatibilizar
o rendimento do título do Tesouro. Pretende o governo Dilma baixar
SELIC em patamares menores do que o de hoje. Já comentei esta
necessidade há cerca de 2 meses, por este bloguista.
Hoje
a taxa SELIC está pagando 9% ao ano, menos Imposto de Renda sobre ganho
de capital. Isto dá um rendimento líquido de 7,65% ao ano. Para SELIC
empatar com o rendimento da Caderneta, basta SELIC baixar para 7,25% ao
ano, fazendo conta inversa. Se o governo pretende baixar a inflação
para 4,5% ao ano, como previsto no orçamento de 2012, há que baixar
SELIC para o patamar próximo da inflação, ou seja 4,5% ao ano. Esta
taxa para SELIC que este bloguista vem defendendo há tempo.
O
que fazer para resolver o nó da questão? A Caderneta de Poupança é
importante fonte de financiamento para diversos programas do governo,
tais como o programa Minha Casa Minha Vida. Se o governo pagar SELIC
menor, em termos líquidos que a Caderneta, não vai conseguir captar
recursos para refinanciar sua dívida interna, hoje em R$1,85 trilhões
líquidos. Se o governo pagar Caderneta menor que SELIC, não vai
conseguir viabilizar os diversos programas. Sem mudança na legislação,
confusão está armada! Estamos no mato sem cachorro!
No
meu entender. O governo deveria, primeiro, extinguir Imposto de Renda
sobre rendimento do SELIC, uma vez que a captação é para o próprio
Tesouro. Pagar imposto sobre aquilo que só o governo capta? Não tem
cabimento! Removido o entrave do Imposto de Renda, a Caderneta de
Poupança deveria pagar o mesmo rendimento do título do governo captado à
taxa SELIC.
Estão
falando em aplicar redutor para Caderneta de Poupança para compensar o
Imposto de Renda que incide sobre aplicação em título do Tesouro. Bem,
digamos que por teimosia, o governo não tire o Imposto de Renda sobre
SELIC. Neste caso, para manter equidade o rendimento da Caderneta
deveria ser de 85% da taxa SELIC, em tese.
A
coisa não é tão simples como parece. Tem muitos encargos públicos ou
privados que estão atualmente atrelados à Caderneta de Poupança ou ao
SELIC. Os depósitos judiciais por exemplo está atrelado à
taxa de rendimento da Caderneta da Poupança. A correção dos impostos
atrasados para com governo federal está atrelada à taxa SELIC. O
rendimento do FGTS e do FAT
está balizada ao rendimento da Caderneta da Poupança. A
discussão à primeira vista, seria simples, mas não é. Esperamos que o
Congresso normatize os demais índices de correções, quando este fizer os
do SELIC e da Caderneta de Poupança.
Para
o poupador de Caderneta de Poupança, fica a alerta de que o governo vai
mexer no rendimento da Caderneta. Creio que vai tender para equalizar
os rendimentos de ambos. Só a tropa de choque da Dilma no Congresso
poderá nos dizer. Dois fatos, porém, já são esperados. Não vai haver
congelamento dos depósitos como ocorreu com o Color. O rendimento da
Caderneta tende a baixar, para patamares próximo de 4,5%, que é a taxa
inflação esperada pela Dilma e sua equipe para o ano de 2012.
A
medida proposta pela Dilma é necessária. Mais cômodo para este
bloguista, meter o pau na medida proposta, mas não posso fazê-lo. Venho
defendendo esta medida de há muito tempo. Vocês verão que tudo é
ajuste para colocar o Brasil no mundo financeiro globalizado. É como
fazer dever de casa. Assim, não precisaria mais, Dilma eleger os
inimigos externos para justificar o fracasso da política econômica.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi professor da UFPR, aplicador em renda variável. Twitter: @sakamori10
4 comentários:
Mexer em tachas isso e aquilo,cortar orçamento, fazer novos impostos, economizar nada disso vai dar certo o que esta errado é o tamanho da despesa ou seja o tamanho do estado do cabide de empregos do custeio da maquina administrativa e sugadora do dinheiro suado do trabalhador. Se o gov fosse competente começaria a arrumar a propria casa cortando Ministérios cargos comissionados, ralo da Corrupção etc, o resto é conto de fada, acredito nas medidas informadas pelo Sakamori mas se não implementar medidas paralelas de contenção da inificiencia do estado nada mudará.
Por uma Política Econômica Inteligente:
Menos Impostos e Mais Educação
O estímulo à iniciativa privada é a base de toda política desenvolvimentista. O homem de iniciativa cria trabalho para si e para outras pessoas. Às classes trabalhadoras se deve dar oportunidade de trabalho e iniciativa. Todo assistencialismo é pernicioso por acomodar o assistido, como a esmola que vicia, paralisa, entorpece.
Uma política econômica inteligente deveria estimular a iniciativa privada. Juros e impostos em ascensão desestimulam a produção gerando desemprego, estagnação e inflação.
Um governo mal gerido e endividado toma dinheiro no mercado para pagar sua ineficiência gerando inflação. Ao invés de estimular a educação e a iniciativa, promove o assistencialismo, aumenta sua dívida e encobre seus rombos através da desinformação e da tergiversação.
Para manter-se como governo indefinidamente, os partidos no poder negociam alianças que garantem votos através de gastos públicos indevidos, utilizando o dinheiro que lhes chega através de impostos crescentes e juros exorbitantes. Em outras palavras, o bolso do povo é subtraído legalmente através de conluios que aqueles partidos arquitetam.
Mas se é o próprio povo quem elege os governantes, onde está o problema?
Não podemos nos conformar com a crença retrógrada de que o voto implique democracia. O governo do povo para o povo deveria representá-lo cumprindo seus anseios e a Lei Maior que não pode ser letra morta. Educação, saúde, trabalho, segurança e proteção ao meio ambiente deveriam ser os temas que ocupassem as mentes do homem público e não a forma de se chegar ao poder e ficar nele indefinidamente. Enquanto a política for encarada como a profissão na qual os interesses pessoais estão acima do interesse público, os políticos não merecerão outro conceito que o que têm na atualidade e muito pouco diz em seus favores.
O absolutismo partidário impõe os candidatos que lhes são convenientes para que se perpetuem. O eleitor é obrigado a votar por imposição. Prova disto é o eterno retorno daquelas figuras histriônicas que estão sempre a se reeleger e não para servir o povo, senão a si próprios. A política, que deveria ser a arte de gerir o bem comum, transformou-se na arte de chegar ao poder e permanecer nele indefinidamente, até que uma força maior leve o político deste mundo para sempre, mas logo é substituído por outro igual, como uma praga que nunca se extingue.
O bem estar comum depende do incremento constante à livre iniciativa para o que os governos se tornaram grandes obstáculos. O desestímulo à produção gera inflação, aumento do custo de vida.
Uma fórmula básica de incremento à iniciativa é a educação que amplia a inteligência das pessoas e sua capacidade de produção e boa convivência. Mas os governos são muitos caros e gastam muito para se manter no poder, não lhes sobrando quase nada para a educação.
Menos impostos e mais educação é a ordem do momento.
Nagib Anderáos Neto
neto.nagib@gmail.com
www.nagibanderaos.com.br
mexer na poupança, isso poderá acarretar para os trabalhadores um prejuízo muito grande fazendo com o que o FGTS, seja cada vez desvalorizado , isso não seria um bom negócio, para um país que se diz esta em emergente , e quanto ao congelamento isso e papo furado,verdade ao que o amigo disse , enquanto ele continuarem vendo a política como profissão o país continuará sofrendo com a preguiça parlamentar...mas quanto a educação, saúde , minimização na cesta básica isso ninguém se fala nada .
que esse bando de covardes comecem a tomar vergonha na cara e comecem a fazer cada um o seu papel, se não dias piores virão.
marciohp31@hotmail.com
@marciopossaitti
Só espero que não haja congelamento da poupança.
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