Exceptuando o estado de São Paulo que possui 28.500 Km de rodovias pavimentadas, em bom estado de conservação, o restante do país, com raríssimas exceções, as condições das estradas pavimentadas num total aproximado de 200.000 Km, estão em péssimas condições de trafegabilidade. As estatísticas demonstram isto, sem mesmo entrar em análise mais detalhada sobre o tema. Morrem no Brasil, cerca de 40.000 pessoas por motivo de acidente de trânsito, sendo a sua maior parte em rodovias Brasil a fora.
Segundo os estudos, Brasil possui uma malha rodoviária de cerca de 1.800.000 Km de estradas, das quais pouco mais de 10% pavimentadas. Para um país que optou pelo transporte rodoviário em detrimento do transporte ferroviário, torna-se muito mais importante considerar as estatísticas aqui expostas. O número de vítimas pelo acidente de trânsito tem um custo hospitalar incalculável, além da perda que devemos fazer, considerando o que cada uma das vítimas deixam de produzir ao país.
O estado de São Paulo, de sucessivos governos, desde os governo Carvalho Pinto para cá, vem realizando investimentos em rodovias, pesadamente. Vejam o resultado destes anos de investimentos em rodovias. 28.500 Km de rodovias pavimentadas, sendo 11.000 Km em rodovias municipais. As rodovias duplicadas mais conhecidas no estado de São Paulo são: Dutra (BR), Ayrton Senna, Castelo Branco, Anhanguera, Bandeirantes, Raposo Tavares, Fernão Dias, BR 116 sentido Paraná, Imigrantes, Anchieta, Washington Luíz, Dom Pedro I, Marechal Rondon, Carvalho Pinto, Rodoanel, entre outras.
E o que o PAC tem produzido Brasil a fora? Praticamente nada. Do meu conhecimento, porque moro aqui do Sul do Brasil. BR101, trecho Florianópolis - Torres (RS), inconcluso. Obra prometido pelo Lula há 8 anos + 16 meses da Dilma. BR 116, próximo da cidade de São Paulo, ainda, inconclusa. BR 277 trecho Palmeira - Foz do Iguaçú, pista simples, mesmo pedagiada. BR 116, pedagiada, em pista simples Curitiba - Porto Alegre. BR 280, pista simples, em má condição de trafegabilidade. BR151 e BR153, em pista simples, em péssimas condições de trafegabilidade. E por aí, vai. Isto só nos estados da região Sul, que é considerada rica em comparação com o restante do país.
As condições expostas, ditas em poucas palavras, já é de entendimento da população, porque convive diuturnamente com as situações precárias das rodovias, mal conservadas, com as famosas nossas conhecidas "curvas da morte" em todo território nacional, com exceções já colocadas aqui. E para sintetizar as obras rodoviárias são importantes fontes de financiamento de campanhas eleitorais em todos os níveis de governo, sempre com dinheiro não contabilizado, conhecido como Caixa 2. Vide DNIT e DERs estaduais.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
2 comentários:
Obras rodoviárias são importantes fontes de financiamento de campanhas eleitorais em todos os níveis de governo, sempre com dinheiro não contabilizado, conhecido como Caixa 2. Vide DNIT e DERs estaduais.JUSTAMENTE POR ESSE MOTIVO NOSSAS ESTRADAS SÃO O VERDADEIRO caus.O tipo de asfalto que é feito no Brasil é infinitamente inferior ao Europeu,por esse motivo citado acima, um asfalto feito pra durar 30% do que deve durar! E a matéria prima usada na Europa nós temos no Brasil aos montes.Que nada mais é do q a borracha!Sérgio L Buchmann!
Sueli Fernandes
O povo brasileiro.deveria ter acesso ao sua brilhante e elucidativa máteria.Um articulista de tamanha grandeza tem o poder de abrir a mente dos incautos. Ñ é a primeira vez que visito.seu bllog, aqui alguém fala por mim.Obrigada! A proposito.vc ñ poderia colocar um botão do Twitter p/ q possamos compartilhar com.todos os twieteiros de plantão.Aceite meus agradecimentos e meu carinho, por falar o que não consigo expressar. É uma honra dividir a mesma epoca com vc. Sou nova na net e ainda.estou aprendendo a lidar com o Twitter e afins. Ñäo me deixe só, preciso mto de alguem c/ sua sabedoria.
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