Quando vejo entrevistas dadas aos principais meios de comunicação pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e pela Simone Tebet, ministra do Planejamento, fico a pensar se eles estão em outro planeta ou que estão no século passado, precisamente, na depressão econômica de 1929. Isto faz-me arrepiar com o resultado das medidas que ambos querem implementar na economia brasileira. Nas matérias precedentes, comentei que ambos poderiam "extrapolar" a consagrada política econômica e fiscal, vigentes nos países do primeiro mundo, mas não imaginei que pudesse colocar em prática o modelo de política fiscal totalmente "fora da curva".
De início, para enganar à população e aos agentes econômicos, nos quais incluem investimentos diretos e especulativos, nacionais e internacionais, ambos utilizam termos pouco comuns, que até poderiam servir aos estudantes de economia, mas não seriam admitidos em conversas de cunho eminentemente empresarial e no mercado financeiro. Refiro-me aos "arcabouço fiscal", que estou entendendo que ambos ministros, se referem à "política fiscal" ou "Fiscal Policy" em inglês. O "arcabouço fiscal" é invenção de ambos ministros para se fazerem de entendidos.
Para quem é leigo em macroeconomia, a "política fiscal" é um ramo da política econômica que define o orçamento e componentes dos gastos públicos e impostos e tarifas como controle para garantir e manter a "estabilidade econômica", contornando diversas variáveis dos ciclos econômicos e ajudando a manter uma economia crescente, o nível de emprego aceitável e uma inflação baixa. Assim sendo, o "arcabouço fiscal" de ambos ministros, dá-me a impressão de que é uma tremenda "armadilha" para manter a popularidade do Presidente da República, Lula da Silva, um notório arrombador de cofres da estatal Petrobras.
Deixando de lado, o termo que eles usam, o arcabouço fiscal, o que me preocupa é o nível de "déficit primário", o dinheiro que falta para equilibrar as contas públicas, alicerçado em uma nova teoria do "arcabouço fiscal". Ambos ministros me fez entender que reajustado de acordo com o índice da inflação passada e de crescimento do PIB e de alguma forma atrelado ao nível de endividamento público. Receio que ambos ministros, utilizem a Reserva cambial brasileira, acumulado ao longo dos anos, pelo desempenho do comércio exterior, seja disponibilizado em "real" para cobrir o "rombo fiscal" ou o "déficit primário", uma manobra contábil "criativa". Vejo sinalizações que isto ocorra nas entrevistas concedidas nos meios de comunicações, nos últimos dias.
A minha esperança é que todas medidas, de alteração nos Orçamentos fiscais, deverão ser aprovada pelo Congresso Nacional, dependendo sobretudo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, PP/AL, cuja liderança deste é inconteste, "com cabeça no lugar". Convém sugerir aos dois ministros fazerem "curso rápido" de "macroeconomia" para não ficarem abrindo boca como dois "sapos" fora d'água. Se quiserem, que os façam no ambiente privado.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Você não entende de economia. Tem ué prognóstico é não criticar o que não lê . Até parece que você é contra
I think you are paid to criticize.
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